Jornal das Oficinas 215
Na edição de fevereiro/março 2024 do Jornal das Oficinas Nº 215, o artigo de destaque é o sobre Big Data, um termo que se refere ao processamento e análise de conjuntos de dados extremamente grandes e complexos. A questão-chave será a capacidade de aceder ao veículo, assim como aos respetivos dados, para a oficina oferecer os seus serviços quando o veículo necessitar de manutenção. Nesta edição publicamos o Especial Lubrificantes, um trabalho completo sobre o mercado de lubrificantes em Portugal, com opiniões dos protagonistas, novidades e volumes de vendas. Lançada em 2016, a Automotive Data Publishers Association (ADPA) surge para garantir que a legislação europeia continua a salvaguardar os interesses e a competitividade de todo o mercado independente de pós-venda automóvel e dos consumidores finais. Para perceber mais sobre a atividade da associação nestes oito anos, falámos com o presidente, Ralf Pelkmann, e com o diretor-geral, Pierre Thibaudat. Transição para a mobilidade ecológica. Embora as projeções sugiram que os veículos elétricos possam representar mais de 50% dos veículos produzidos até ao final da presente década, os veículos com motor de combustão continuarão a representar dois terços da frota até ao final da próxima década.
Na edição de fevereiro/março 2024 do Jornal das Oficinas Nº 215, o artigo de destaque é o sobre Big Data, um termo que se refere ao processamento e análise de conjuntos de dados extremamente grandes e complexos. A questão-chave será a capacidade de aceder ao veículo, assim como aos respetivos dados, para a oficina oferecer os seus serviços quando o veículo necessitar de manutenção. Nesta edição publicamos o Especial Lubrificantes, um trabalho completo sobre o mercado de lubrificantes em Portugal, com opiniões dos protagonistas, novidades e volumes de vendas. Lançada em 2016, a Automotive Data Publishers Association (ADPA) surge para garantir que a legislação europeia continua a salvaguardar os interesses e a competitividade de todo o mercado independente de pós-venda automóvel e dos consumidores finais. Para perceber mais sobre a atividade da associação nestes oito anos, falámos com o presidente, Ralf Pelkmann, e com o diretor-geral, Pierre Thibaudat. Transição para a mobilidade ecológica. Embora as projeções sugiram que os veículos elétricos possam representar mais de 50% dos veículos produzidos até ao final da presente década, os veículos com motor de combustão continuarão a representar dois terços da frota até ao final da próxima década.
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ESPECIAL LUBRIFICANTES<br />
complexidade técnica dos motores térmicos, exige<br />
um maior rigor na qualidade dos produtos a aplicar,<br />
a qual muitas <strong>das</strong> vezes é negligenciada, fruto<br />
da elevada oferta e do desconhecimento de muitos<br />
operadores que tentam salvaguardar a rentabilidade<br />
do seu negócio, descorando a qualidade dos produtos<br />
oferecidos. Infelizmente, temos assistido também<br />
ao desvirtuar de algumas marcas premium, no<br />
que toca a qualidade dos produtos disponibilizados,<br />
recorrendo à produção em empresas externas com<br />
menor rigor de produção. Em suma, um mercado<br />
cada vez mais maduro, que requer regulamentação<br />
mais apertada e um maior rigor no momento da<br />
compra, por parte de quem aplica o produto.<br />
Rodrigo Pedroso, Distributor Business Manager<br />
Castrol Portugal, caracteriza o mercado como muito<br />
concorrencial e com oferta de diversas marcas.<br />
“As exigências <strong>das</strong> marcas automóveis obrigam a<br />
existência de diversos produtos e especificações originando<br />
da parte dos profissionais do sector a procura<br />
por produtos específicos e a necessidade de um<br />
acompanhamento técnico por parte dos fornecedores<br />
de lubrificantes. No contexto económico atual,<br />
a procura por soluções mais económicas afetam o<br />
desempenho de marcas premium como a Castrol.<br />
No entanto a realidade é que mesmo neste contexto<br />
a maioria dos profissionais procuram soluções que<br />
lhes garantam confiança no serviço prestado apresentando-se<br />
assim como uma oportunidade para a<br />
marca. Adicionalmente é crescente a preocupação<br />
<strong>das</strong> pessoas com a qualidade da manutenção <strong>das</strong><br />
suas atuais viaturas, onde a qualidade do lubrificante<br />
ganha importância, uma vez que o intervalo<br />
de troca <strong>das</strong> mesmas tem vindo a aumentar.”<br />
Para João Madeira, diretor comercial lubrificantes<br />
Cepsa “O mercado português é bastante dinâmico<br />
e competitivo, onde prevalece o elevado número de<br />
operadores e marcas disponíveis. Os novos modelos<br />
de comercialização e a sua adaptabilidade por<br />
OS LUBRIFICANTES<br />
LOW/MID-SAPS, FORAM<br />
GANHANDO IMPORTÂNCIA<br />
AO LONGO DO TEMPO,<br />
REGISTANDO UM DESTAQUE<br />
CADA VEZ MAIOR NO VOLUME<br />
GLOBAL DOS LUBRIFICANTES<br />
PARA MOTOR<br />
parte dos operadores é um dos grandes desafios na<br />
atualidade. A especialização dos clientes será uma<br />
<strong>das</strong> grandes oportunidades de normalização e geração<br />
de valor em toda a cadeia de fornecimento e<br />
consumo. A formatação do “mind set” dos clientes<br />
para produtos e soluções mais sustentáveis, “environment<br />
friendly” e rentáveis revelava-se como um<br />
grande desafio, mas também uma grande oportunidade<br />
de normalização do mercado. O fator da<br />
sustentabilidade ambiental, no que concerne à eletrificação<br />
ou outras dos veículos irá, pouco a pouco,<br />
afetar o mercado dos veículos ICE (Internal Combustion<br />
engine), o que obrigará os operadores a<br />
procurar fontes alternativas de consumo.”<br />
André Castro Pinheiro, Diretor da Divisão Automotive<br />
da FUCHS Lubrificantes, considera “O mercado<br />
de lubrificantes em Portugal altamente competitivo<br />
e caracterizado por uma evolução constante.<br />
Além dos players mais consolidados, assistimos à<br />
entrada de novas marcas que muitas vezes procuram<br />
conquistar o seu mercado unicamente através<br />
do preço, em detrimento da qualidade do produto<br />
e serviço. Felizmente, a nossa experiência diz-nos<br />
que os clientes começam a tomar consciência <strong>das</strong><br />
mais-valias de um bom lubrificante e boa parte<br />
desta perceção é resultado do trabalho que temos<br />
desenvolvido na comunicação. A alteração da mobilidade,<br />
nomeadamente a mobilidade elétrica, implica<br />
requisitos adicionais para lubrificantes. Esta é<br />
uma boa notícia para o futuro dos produtos de alto<br />
desempenho da FUCHS. Atualmente, o desenvolvimento<br />
tecnológico “galopante” dos veículos de combustão<br />
representa também uma oportunidade para<br />
as empresas como a FUCHS que, em conjunto com<br />
os fabricantes, desenvolvem motores mais eficientes<br />
e estão realmente prepara<strong>das</strong>, a nível de recursos e<br />
tecnologia, para se destacarem e assumirem como<br />
líderes de mercado na apresentação de soluções e<br />
lubrificantes compatíveis.<br />
Na opinião de Rui Pereira, Automotive Manager<br />
Moove Portugal “O parque automóvel cada vez mais<br />
envelhecido, associado às dificuldades económicas<br />
<strong>das</strong> pessoas, resulta muitas vezes numa maior procura<br />
por lubrificantes de qualidade duvidosa, assim<br />
como o aparecimento de marcas sem qualquer notoriedade<br />
e totalmente desconheci<strong>das</strong>. Por outro<br />
lado, a crescente conscientização ambiental pode<br />
criar oportunidades para lubrificantes ou embalagens<br />
mais sustentáveis e ecológicos, alinhados com<br />
regulamentações ambientais mais rigorosas. Neste<br />
tópico, e dentro da nossa oferta, destacaria as embalagens<br />
bag in box, cuja construção da caixa em<br />
papelão é “Amiga do Ambiente” e pode ser colocada<br />
no lixo comum. Creio também que há ainda uma<br />
16 Fevereiro I Março 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com