16.02.2024 Views

Jornal das Oficinas 215

Na edição de fevereiro/março 2024 do Jornal das Oficinas Nº 215, o artigo de destaque é o sobre Big Data, um termo que se refere ao processamento e análise de conjuntos de dados extremamente grandes e complexos. A questão-chave será a capacidade de aceder ao veículo, assim como aos respetivos dados, para a oficina oferecer os seus serviços quando o veículo necessitar de manutenção. Nesta edição publicamos o Especial Lubrificantes, um trabalho completo sobre o mercado de lubrificantes em Portugal, com opiniões dos protagonistas, novidades e volumes de vendas. Lançada em 2016, a Automotive Data Publishers Association (ADPA) surge para garantir que a legislação europeia continua a salvaguardar os interesses e a competitividade de todo o mercado independente de pós-venda automóvel e dos consumidores finais. Para perceber mais sobre a atividade da associação nestes oito anos, falámos com o presidente, Ralf Pelkmann, e com o diretor-geral, Pierre Thibaudat. Transição para a mobilidade ecológica. Embora as projeções sugiram que os veículos elétricos possam representar mais de 50% dos veículos produzidos até ao final da presente década, os veículos com motor de combustão continuarão a representar dois terços da frota até ao final da próxima década.

Na edição de fevereiro/março 2024 do Jornal das Oficinas Nº 215, o artigo de destaque é o sobre Big Data, um termo que se refere ao processamento e análise de conjuntos de dados extremamente grandes e complexos. A questão-chave será a capacidade de aceder ao veículo, assim como aos respetivos dados, para a oficina oferecer os seus serviços quando o veículo necessitar de manutenção. Nesta edição publicamos o Especial Lubrificantes, um trabalho completo sobre o mercado de lubrificantes em Portugal, com opiniões dos protagonistas, novidades e volumes de vendas. Lançada em 2016, a Automotive Data Publishers Association (ADPA) surge para garantir que a legislação europeia continua a salvaguardar os interesses e a competitividade de todo o mercado independente de pós-venda automóvel e dos consumidores finais. Para perceber mais sobre a atividade da associação nestes oito anos, falámos com o presidente, Ralf Pelkmann, e com o diretor-geral, Pierre Thibaudat. Transição para a mobilidade ecológica. Embora as projeções sugiram que os veículos elétricos possam representar mais de 50% dos veículos produzidos até ao final da presente década, os veículos com motor de combustão continuarão a representar dois terços da frota até ao final da próxima década.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

HEITOR SANTOS<br />

A MARCA PRÓPRIA EUROPart PREMIUM JÁ TEM 7.500 artiGOS<br />

E TEM SIDO UM SUCESSO EM PORTUGAL, COM as VENDAS<br />

A REPRESENTAREM 31% DO total DO Volume DE NEGÓCIO.<br />

A MÉDIA NO GRUPO EUROPart ESTÁ ENTRE OS 18-20%<br />

men<strong>das</strong>… e estamos a falar quase em<br />

30 anos”, confidencia-nos Heitor Santos,<br />

que frisa “no ano passado, 31% <strong>das</strong><br />

nossas ven<strong>das</strong> foram da nossa marca.<br />

A média no grupo Europart está entre<br />

os 18-20%. Se há 10/12 anos tínhamos<br />

que dizer ao cliente para comprar sem<br />

receio, hoje, é um orgulho quando temos<br />

ven<strong>das</strong> de baterias Europart ou<br />

Varta ao mesmo nível. Criou-se uma<br />

confiança na marca muito grande, um<br />

processo que custou, mas neste momento<br />

é pacífico. São já muitos anos<br />

de marca própria e isso deixa-me orgulhoso”.<br />

Por detrás deste sucesso está a qualidade<br />

do produto, pelo que o controlo<br />

de qualidade se revela de extrema<br />

importância. “Em Werl, no nosso armazém<br />

central, há um departamento<br />

de qualidade, e temos vantagens no<br />

tratamento de reclamações junto de<br />

grandes fornecedores ou de primeiro<br />

equipamento, pois a Europart faz<br />

muitas compras. O cliente envia para<br />

aqui e nós enviamos para a Alemanha.<br />

E cumprindo os tempos de garantia<br />

temos depois uma resposta da Alemanha.<br />

Temos uma percentagem de<br />

reclamações tão pequena, que antes<br />

da alteração da normativa europeia<br />

de dois para três anos na garantia, já<br />

a Europart na Alemanha fazia isso.<br />

Todos os artigos Europart têm três<br />

anos de garantia. Há confiança para<br />

isso», assegura. A marca própria em<br />

Portugal chega mesmo a ser “objeto<br />

de estudo dentro do grupo Europart”,<br />

tal é o seu sucesso. Apesar do grupo<br />

não ter presença física na China em<br />

termos de lojas, tem um gabinete da<br />

qualidade em Xangai: “Os auditores<br />

vão aos fornecedores, e tudo o que vem<br />

da China passa obrigatoriamente por<br />

um rigoroso controlo de qualidade. É<br />

o nome da empresa que está em jogo e<br />

com isso não se pode brincar”, defende<br />

Heitor Santos.<br />

No caminho da sustentabilidade<br />

Um dos passos que a Europart já deu<br />

rumo à maior sustentabilidade foi a<br />

alteração da frota de carros para veículos<br />

elétricos e híbridos, “ajudando a<br />

contribuir para a redução da poluição.<br />

É pouco, mas tem sido palavra de ordem”,<br />

constata o diretor-geral. Outros<br />

dos focos da empresa tem passado pela<br />

aposta nas novas tecnologias: «nos<br />

últimos 2/3 anos e para os próximos<br />

2/3 anos, o objetivo é ter o máximo de<br />

clientes a trabalhar no EWOS. Claro<br />

que se o cliente identificar a peça e tiver<br />

uma dúvida, tem aqui deste lado,<br />

como sempre teve, a pessoa a quem<br />

depois confia a encomenda para o<br />

ajudar. Esta é uma ferramenta cada<br />

vez mais moderna, com acordos com<br />

muitas empresas que têm as autorizações<br />

necessárias junto dos grandes<br />

fabricantes para divulgação de mapas<br />

de reparação, check lists, informação<br />

técnica… 11% <strong>das</strong> encomen<strong>das</strong> são feitas<br />

através desta plataforma e em termos<br />

de volume de ven<strong>das</strong> já representa<br />

15% do que é vendido”, refere.<br />

Ao longo destes 25 anos, a Europart<br />

aumentou o número de localizações,<br />

mas a estrutura mantém-se a clássica:<br />

“lojas com armazéns e grupos de<br />

vendedores técnicos a apoiá-las. Isto<br />

ainda é um mercado muito específico<br />

e precisamos de vendedores internos<br />

ou externos muito qualificados. Temos<br />

que manter as pessoas que temos,<br />

pois têm sido elas a principal razão<br />

para que 2023 tivesse sido excelente.<br />

O mercado de reparação para pesados<br />

só nos últimos 5 ou 10 anos em Portugal,<br />

é que tem ganho algum profissionalismo,<br />

as peças têm conhecido<br />

uma evolução muito grande, há sempre<br />

updates, os nossos vendedores têm<br />

de vender desde peças elétricas a peças<br />

mecânicas. A plataforma EWOS é um<br />

apoio, até para os nossos vendedores e<br />

não tem sido conflituoso”.<br />

Futuro e formação<br />

A empresa conta em Portugal com<br />

41 funcionários efetivos e aposta fortemente<br />

na formação para clientes.<br />

“Temos um calendário para formação,<br />

normalmente é em maio e em<br />

outubro, com temas diversos e atuais.<br />

Muitas vezes são os clientes mais fiéis,<br />

mais especiais, que queremos que não<br />

percam a «matéria». Realizamos os<br />

cursos com o apoio dos nossos fornecedores,<br />

designadamente a WABCO,<br />

que tem a universidade e o catálogo<br />

de formação há muitos anos, e nas ferramentas<br />

a Hazet. No caso da Green<br />

Energy, onze funcionários nossos foram<br />

à Dinamarca no ano passado,<br />

durante uma semana, para receberam<br />

o curso sobre os painéis solares. Os 25<br />

anos, no ano passado, ficaram marcados<br />

pela formação, tanto com clientes,<br />

como formação interna com produtos,<br />

pois temos que ter as pessoas seguras<br />

de que sabem realmente vender”, salienta<br />

o nosso interlocutor.<br />

A Europart tem cerca de 4.000 m2 de<br />

espaço físico dividido pelas cinco lojas<br />

e, para Heitor Santos, “É mais do que<br />

suficiente. Uma vez por semana vem o<br />

camião e em Werl, na Alemanha, são<br />

100 mil metros quadrados de armazenamento.<br />

Também temos entregas<br />

urgentes de avião, é uma questão de o<br />

cliente avaliar preços”. Para este ano,<br />

o responsável mostra-se expectante,<br />

“começámos com uma dinâmica que<br />

trazíamos de dezembro, que já foi<br />

atípico pela positiva, esperamos conseguir<br />

manter. Diz-se que 2024 será<br />

mais desafiante que 2023, é esse o<br />

cenário que, à partida, enfrentamos.<br />

Estou muito expectante porque em<br />

2024 iremos tentar fazer uma reestruturação,<br />

admitindo mais uma ou duas<br />

pessoas, mais para a parte de compras<br />

e de marketing, porque são áreas que<br />

estão a exigir um bocadinho mais e os<br />

últimos dois anos têm sido de crescimento.<br />

A perspetiva é de crescer mais<br />

e, para isso, precisamos de recursos.<br />

Temos que manter um nível de serviço<br />

top. Não quero que aquilo que se conquistou<br />

seja perdido com a tentativa<br />

de aumentar mais e mais. Aumentar<br />

sim, mas a nível local, tentar ter a estrutura<br />

que permita que o dia a dia<br />

esteja a funcionar tão bem junto do<br />

cliente como está agora”, finaliza. l<br />

70 Fevereiro I Março 2024 www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!