Língua portuguesa - Wikimedia
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Invasões bárbaras<br />
Entre 409 A.D. e 711, enquanto o Império Romano entrava em colapso, a Península Ibérica foi invadida<br />
por povos de origem germânica, conhecidos pelos romanos como bárbaros. Estes bárbaros<br />
(principalmente os suevos e os visigodos) absorveram rapidamente a cultura e língua romanas da<br />
península; contudo, e como as escolas romanas foram encerradas, o latim foi libertado para começar a<br />
evoluir sozinho. Porque cada tribo bárbara falava latim de maneira diferente, a uniformidade da península<br />
rompeu-se, levando à formação de línguas bem diferentes (Galaico-Português, Espanhol e Catalão).<br />
Acredita-se, em particular, que os suevos sejam responsáveis pela diferenciação linguística dos<br />
portugueses e galegos quando comparados com os castelhanos. As línguas germânicas influenciaram<br />
particularmente o português em palavras ligadas à guerra e violência, tais como "Guerra". As invasões se<br />
deram em duas ondas principais. A primeira com penetração dos bárbaros e a assimilação cultural<br />
Romana. Os bárbaros tiveram uma certa "receptividade" a ponto de receber pequenas áreas de terra. Com<br />
o passar do tempo, seus costumes, língua, etc. foram se perdendo, mesmo porque não havia uma<br />
renovação do contingente de pessoas. Uma segunda leva foi mais vagarosa, não teve os mesmos<br />
benefícios dos ganhos de terra e teve seu contingente de pessoas aumentado devido a proximidade das<br />
terras ocupadas com as fronteiras internas do Império Romano<br />
Invasão dos mouros<br />
Ver artigo principal: Invasão árabe<br />
Desde 711, com a invasão dos mouros na península, o Árabe foi adaptado como língua administrativa nas<br />
regiões conquistadas. Contudo, a população continuou a falar Romano; logo que os mouros foram<br />
expulsos, a influência exercida na língua foi pequena. O seu efeito principal está no léxico: o português<br />
moderno ainda tem um grande número de palavras de origem árabe, especialmente relacionadas com<br />
comida e agricultura, o que não tem equivalente noutras línguas latinas. A influência árabe é também<br />
visível nos nomes de locais no sul do país, tais como "Algarve" e "Alcácer do Sal".<br />
O despertar da <strong>Língua</strong> Portuguesa<br />
Ver artigo principal: Reconquista<br />
A antiga província romana da Lusitânia dividiu-se em duas províncias, a Lusitânia a sul e a Galécia a<br />
norte. A língua <strong>portuguesa</strong> se desenvolveu principalmente no norte de Portugal e na Galiza, mas é<br />
largamente influenciada por dialectos romanços falados no sul de Portugal. Por bastante tempo, o dialecto<br />
latino dessa região desenvolveu-se apenas como uma língua falada.<br />
Os registos mais antigos de uma língua <strong>portuguesa</strong> distinta aparecem em documentos administrativos do<br />
século IX, mas com muitas frases em latim à mistura.<br />
O vernáculo escrito passou gradualmente para uso geral nos séculos seguintes. Portugal tornou-se um país<br />
independente em 1143, com o rei D. Afonso I. A separação geográfica e política entre Portugal e Castela<br />
(mais tarde, Espanha) permitiu que os dois países desenvolvessem os seus latins vernáculos em direcções<br />
opostas. Em 1290, o rei D. Dinis criava a primeira universidade <strong>portuguesa</strong> em Lisboa (o Estudo Geral) e<br />
decretou que o português, que então era chamado de "<strong>Língua</strong> vulgar" ou "Latim Vulgar" fosse usado em<br />
vez do Latim Clássico e conhecido como "<strong>Língua</strong> Portuguesa". Em 1296, o português é adotado pela<br />
Chancelaria Real. Usado agora não só em poesia, mas também quando escrevendo leis e nos notários.<br />
Até 1350, a língua Galaico-Portuguesa permaneceu apenas como língua nativa da Galiza e Portugal; mas<br />
pelo século XIV, o Português se tornou uma língua madura com uma tradição literária riquíssima, e<br />
também foi adotado por muitos poetas Leoneses, Castelhanos, Aragoneses e Catalães. Durante essa<br />
época, a Galiza começou a ser influenciada pelo Castelhano (basicamente o Espanhol moderno), e a<br />
variante do sul tornou-se a língua de Portugal.