48No que concerne ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais e <strong>da</strong>s estruturas, de interesse <strong>à</strong>s análisesestruturais e <strong>à</strong> introdução <strong>da</strong> segurança, destaca-se, ao longo <strong>da</strong> história, conformerelata<strong>do</strong> por Cremonini 22 , <strong>da</strong>s obras retrospectivas de Blockley 69 e Ran<strong>da</strong>ll Jr 70 , asseguintes referências, considera<strong>da</strong>s “emblemáticas”, cronologicamente: numaprimeira época remota, a obra de Aristóteles (384 – 322 a.C.) denomina<strong>da</strong>“Mechanika”, ti<strong>da</strong> como a mais antiga <strong>da</strong> engenharia, na qual há citações sobrerupturas de peças de madeira; seguin<strong>do</strong>-se os livros escritos pelo arquiteto romanoVitruvius 46 , no século I, sobre a arte de construir, traduzi<strong>do</strong>s, como cita<strong>do</strong>anteriormente, diretamente <strong>do</strong> latim.Numa segun<strong>da</strong> fase, aparecem, os estu<strong>do</strong>s de Leonar<strong>do</strong> <strong>da</strong> Vinci (1452-1519) sobreo comportamento de vigas em flexão e sobre o comportamento experimental embarras de ferro. Em 1570, o compêndio <strong>do</strong> também arquiteto italiano Palladioreferin<strong>do</strong>-se <strong>à</strong> construções de pontes de pedras e de madeira, e, em 1638, a obra deGalileu : “Discorsi e dimonstrazioni matematiche intorno <strong>à</strong> due nuove scienze”,abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> o cálculo de tensões em diversas peças estruturais. Timoshenko 71 emseu livro “History of strength of materials”, enfatiza os trabalhos publica<strong>do</strong>s porHooke “De potentia restitutiva”, em 1678, e por Coulomb, em 1777, intitula<strong>do</strong> “Surune aplication des régles de maximis et minimis <strong>à</strong> quelques problemes destatique relatifs <strong>à</strong> l’architeture”, consideran<strong>do</strong>-os como marcos para odesenvolvimento <strong>da</strong> mecânica e <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>s materiais na construção civil,conforme comenta Cremonini 22 . O primeiro estu<strong>da</strong>va as proprie<strong>da</strong>des elásticas <strong>do</strong>smateriais, relacionan<strong>do</strong> as tensões e as deformações; e no segun<strong>do</strong>, Coulombapresentava os resulta<strong>do</strong>s de rochas submeti<strong>da</strong>s a esforços de tração, cisalhamentoe flexão, estabelecen<strong>do</strong>, segun<strong>do</strong> Timoshenko, as premissas para os projetos de<strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Em retrospecto sobre a mecânica <strong>da</strong>s estruturas, Cremonini 22relaciona, ain<strong>da</strong>, com pertinência, em seqüência histórica as contribuições de:Mariotte (1620-1684), que estu<strong>do</strong>u as vigas em balanço, com base na teoria <strong>da</strong>elastici<strong>da</strong>de, Euler (1707-1783): que promoveu diversos estu<strong>do</strong>s sobre a <strong>resistência</strong><strong>do</strong>s materiais, relaciona<strong>do</strong>s <strong>à</strong> flambagem <strong>do</strong>s pilares, que constituem a base <strong>do</strong>processo de cálculo atual; Poisson (1781-1840): que verificou a contração lateral debarras traciona<strong>da</strong>s, estabelecen<strong>do</strong> uma relação constante dentro <strong>do</strong> limite elástico<strong>do</strong> material e, finalmente, Saint Venant (1797-1886): que desenvolveu estu<strong>do</strong>s <strong>à</strong>respeito esforços cortantes em vigas, analisan<strong>do</strong> as deformações e chegan<strong>do</strong> aestabelecer tensões admissíveis para os materiais, como enfatiza Cremonini 22 . São
49relevantes ain<strong>da</strong>, conforme Blockley 69 e Ran<strong>da</strong>ll Jr. 70 , as publicações de Young, em1807, introduzin<strong>do</strong> o conceito <strong>do</strong> módulo de elastici<strong>da</strong>de, e de Navier, em 1826,abor<strong>da</strong>n<strong>do</strong> os conceitos <strong>do</strong> limite elástico <strong>do</strong>s materiais e <strong>do</strong> processo <strong>da</strong>s tensõesadmissíveis. Segun<strong>do</strong> Cowan 72,73 , esta publicação de Navier, em 1826, intitula<strong>da</strong>“Résumé des lençons <strong>do</strong>nnées <strong>à</strong> L’École des Ponts et chaussés sur l’application dela mécanique <strong>à</strong> l’établissement des constructions et des machines”, que apresenta aanálise <strong>da</strong> flexão, como resulta<strong>do</strong> de uma ação conjunta de tração e <strong>compressão</strong>;teve como base a teoria <strong>da</strong> elastici<strong>da</strong>de de Hooke. Navier é considera<strong>do</strong> porPeters 63 como o precursor <strong>da</strong> estática analítica.Em sequência refere-se Ran<strong>da</strong>ll Jr. 70 , ao livro publica<strong>do</strong> por Rankine, em 1883,denomina<strong>do</strong> “Manual de engenharia civil”, fazen<strong>do</strong> alusão ao “fator de segurança”aplica<strong>do</strong> tanto <strong>à</strong>s cargas atuantes quanto aos materiais resistentes.Do ponto de vista <strong>da</strong> contribuição de caráter científico <strong>à</strong> análise estrutural <strong>do</strong><strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, Dorfman 52 aponta, como um significativo passo, a publicação em1877, <strong>do</strong> já cita<strong>do</strong> Thaddeus Hyatt: “An account of some experiments with Portland-Cement-Concrete combined with iron as building material with reference to economyin construction and for security against fire in the making of roofs, floors and walkingsurface”, trabalho este, também referencia<strong>do</strong> por Vasconcelos 60 . Neste estu<strong>do</strong>, Hyattchegou a seguinte conclusão: que a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong> <strong>da</strong> massa de <strong>concreto</strong>localiza<strong>da</strong> acima <strong>da</strong> linha neutra de uma viga seria suficiente para equilibrar a<strong>resistência</strong> <strong>à</strong> tração <strong>da</strong> porção localiza<strong>da</strong> abaixo <strong>da</strong> linha neutra. Ao mesmo temposugeria a colocação de barras de ferro na porção inferior <strong>da</strong> viga, abaixo desta linhapara garantir-se a <strong>resistência</strong> <strong>à</strong> tração <strong>da</strong> peça. Refere-se Vasconcelos <strong>à</strong>excepcional sensibili<strong>da</strong>de de Hyatt na percepção <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> nosensaios que realizava. Faz menção ao caso de duas vigas ensaia<strong>da</strong>s por Hyatt,comentan<strong>do</strong>, a propósito, que: “se pode apreciar sua notável intuição ao ancoraradmiravelmente bem os estribos e prever a inflexão <strong>da</strong> armadura inferior na direção<strong>do</strong>s apoios”. Outra contribuição importante de Hyatt, enfatiza<strong>da</strong> por Dorfman foi averificação <strong>da</strong> <strong>resistência</strong> <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> ao fogo, a qual ele atribuiu estarbasea<strong>da</strong> na semelhança entre os coeficientes de dilatação de ambos os materiais.Com respeito ao trabalho supracita<strong>do</strong> de Thaddeus Hyatt, Collins 65 chama a atençãosobre a fun<strong>da</strong>mentação, com base nos cálculos matemáticos e desenhos, <strong>da</strong>scitações e conclusões nele conti<strong>da</strong>s, valorizan<strong>do</strong> o seu caráter científico, fato estetambém aponta<strong>do</strong> por Dorfman. Este último autor se refere também, aos relatórios
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