50apresenta<strong>do</strong>s <strong>à</strong> Socie<strong>da</strong>de de Engenheiros Civis <strong>da</strong> França, em 1894, por EdmondCoignet e N. de Tedesco, intitula<strong>do</strong>: “Le calcul des ouvrages en ciment avecossature métallique”. Neste trabalho, segun<strong>do</strong> Cowan 72,73 e Emperger 74 ,depreendem-se duas conclusões importantes; que também, segun<strong>do</strong> Dorfman 52 ,pelos seus significa<strong>do</strong>s, contribuíram para a formulação de uma teoria <strong>do</strong> cálculo deestruturas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. A primeira dessas conclusões é que: é possível seconsiderar o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> como material homogêneo, e, a segun<strong>da</strong>: é, que, paratanto, se introduza no méto<strong>do</strong> de cálculo, um fator que representa a relação entre osdiferentes coeficientes de elastici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> e <strong>do</strong> metal. Conforme os autoressupracita<strong>do</strong>s, a segun<strong>da</strong> destas conclusões tornou possível corrigir o erro cometi<strong>do</strong>por Mathias Koenen, em um artigo publica<strong>do</strong> em 1886 na Alemanha na “Zentralblatder Bauverwaltung” (Folha Central <strong>da</strong> Administração de Obras), sobre a posiçãoequivoca<strong>da</strong> <strong>da</strong> linha neutra na metade <strong>da</strong> altura <strong>da</strong> seção resistente de uma viga de<strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Apesar deste fato, Koenen é unanimemente aponta<strong>do</strong> naliteratura, como um <strong>do</strong>s responsáveis pela fun<strong>da</strong>mentação teórica-científica <strong>do</strong>cálculo de estruturas de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Vasconcelos 60 comenta que foi MathiasKoenen, encarrega<strong>do</strong>, como engenheiro de órgão público na Alemanha, de conduziros trabalhos de provas de carga, promovi<strong>da</strong>s por Gustavo Wayss, com a finali<strong>da</strong>dede provar que existiam vantagens econômicas ao se colocar armaduras de ferrodentro <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>. Com base nestes trabalhos, Koenen, então, concluiu que afunção <strong>do</strong> ferro deveria consistir em absorver as tensões de tração, fican<strong>do</strong> para o<strong>concreto</strong>, sozinho, a responsabili<strong>da</strong>de de resistir <strong>à</strong>s tensões de <strong>compressão</strong>.Em seqüência, Emil Mörsch, publicou em 1902 o trabalho “Der BetoneiserbaunseineAnwendung end seine Theorie” (“A construção com <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>- suaaplicação e sua teoria”), considera<strong>do</strong> por Peters 66 como a primeira teoria completasobre o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. Esta obra teve o mérito, enfatiza Dorfman 52 , de difundir oconhecimento <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> e divulgar os resulta<strong>do</strong>s de uma série de testesque Mörsch havia realiza<strong>do</strong> referente aos coeficientes de elastici<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>concreto</strong>submeti<strong>do</strong> <strong>à</strong> <strong>compressão</strong>. Por fim, relata que o lançamento <strong>da</strong>s primeiras normas deprojeto e cálculo de construções de <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>, na primeira déca<strong>da</strong> <strong>do</strong> séculoXX, foi lidera<strong>do</strong> pela Suíça, em 1903, com a publicação <strong>da</strong>s normas provisórias <strong>da</strong>“Schweizerischer Ingenieur und Architektverein” (União de Engenheiros e ArquitetosSuíços), seguin<strong>do</strong>-se, conforme Straub 75 , na Europa, pela Alemanha em 1904,França em 1906 e Itália e Áustria em 1907.
51Com relação <strong>à</strong> introdução <strong>da</strong> normalização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> no Brasil, alinhamse,cronologicamente, com base na obra de Vasconcelos 60 :1905 – A primeira iniciativa no Brasil no tocante a normalização se deve ao notávelEng. Saturnino de Brito, com a publicação de suas “Cadernetas de Instruções eEspecificações para a Construção <strong>do</strong>s Esgotos”, em número de seis, para aComissão de Saneamento de Santos; considera<strong>da</strong>s pelo Eng. Ary Torres como asprimeiras realizações notáveis no campo <strong>da</strong>s especificações e normas;1929 – “Código de Obras Arthur Saboya”, conheci<strong>do</strong> como “Código Saboya”,desenvolvi<strong>do</strong> pelos engenheiros Arthur Saboya e Silvio Cabral de Noronha, seconstituiu no primeiro passo em direção <strong>à</strong> normalização <strong>do</strong> <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> noBrasil; posto em vigor em São Paulo, em 19/11/1929, pela Lei nº 2427. Este código éabrangente sen<strong>do</strong> o <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> nos artigos 378 a 403;1930 – O passo seguinte na evolução <strong>da</strong>s normas se deu com a criação em janeirode 1930 no Rio de Janeiro <strong>da</strong> revista denomina<strong>da</strong> “Cimento Arma<strong>do</strong>” de proprie<strong>da</strong>de<strong>do</strong>s Engenheiros Mário Cabral e José Furta<strong>do</strong> Simas, ten<strong>do</strong> o Eng. HumbertoMenescal no cargo de re<strong>da</strong>tor responsável, que se constituiu na primeira publicaçãotécnica brasileira especializa<strong>da</strong> em <strong>concreto</strong> arma<strong>do</strong>. A partir desta revista surgiu aAssociação Brasileira de Concreto – ABC, com a publicação em 1931 <strong>do</strong> 1ºRegulamento para Estruturas de Concreto Arma<strong>do</strong>;1937 – Surge pela primeira vez a denominação de “norma”, com a publicação pelaAssociação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 1936, no Rio deJaneiro, <strong>da</strong>s “Normas para Execução e Cálculo de Concreto Arma<strong>do</strong>”, que passariaa ter âmbito nacional. Comenta Vasconcelos 60 , que essa norma <strong>da</strong> ABCP evoluiubastante em relação <strong>à</strong> anterior <strong>da</strong> ABC, corrigin<strong>do</strong> distorções existentes, entre asquais a eliminação <strong>da</strong> exigência <strong>da</strong> apresentação <strong>da</strong>s matrizes na resolução deestruturas hiperestáticas. Também, por iniciativa <strong>do</strong> Engenheiro Telêmaco VanLangen<strong>do</strong>nc, foram introduzi<strong>do</strong>s novos termos em substituição aos galicismosanteriores: cambamento em lugar de “flambage”, mísula em lugar de “voûte”, cinta<strong>do</strong>em lugar de “freta<strong>do</strong>”;1940 – Em 1940 foi cria<strong>da</strong> a Associação Brasileira de Normas técnicas – ABNT queresultou <strong>da</strong>s famosas reuniões <strong>do</strong>s Laboratórios Nacionais de Ensaios de Materiais,em número de três. Inicia<strong>da</strong>s em 1938 no Rio de Janeiro, em 1939 em São Paulo,culminan<strong>do</strong> na 3 a reunião, no Rio, com a fun<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> ABNT, em 24 de setembro de1940 por iniciativa <strong>do</strong> Eng. Paulo Sá. Este engenheiro havia apresenta<strong>do</strong> um
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