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Elisabeth Évora Nunes<br />
Universidade Nova de Lisboa. Conferência proferida no dia 14 de Maio de 2003.<br />
Caminhos do Urbanismo em Portugal.<br />
Em primeiro lugar quero agradecer o convite à Sandra Leandro, porque, quando<br />
alguém nos convida, há qualquer coisa de gratuito. É bonita a amizade que, no fundo<br />
se estabelece, entre Alunos e Professores, ao longo de várias décadas: é que nós já<br />
nos conhecemos, assim, há alguns tempos! Em segundo lugar, porque é sempre uma<br />
ocasião de reflectirmos sobre o que é isto de viver e como é que eu profissionalmente<br />
me tenho encaminhado. Por acaso, (que coincidência!), eu tenho o apelido<br />
de Évora, da parte materna, e trabalhei, em especial de 1973 a 1979, intensamente<br />
com esta zona, estando integrada na Direcção Geral de Urbanização, depois de<br />
transitar dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Agora estou a trabalhar no Ministério<br />
do Trabalho e Segurança Social, portanto, estou a faltar ao meu serviço, para<br />
ter o gosto de voltar a Évora e estar convosco!<br />
Ora, a coisa mais importante nas Artes é o objecto de Arte em si mesmo. Não é<br />
propriamente a representação, é ele, tudo mais são representações. Como fazemos<br />
parte de um sistema coloquial, ia só lembrar-vos de dois legados que existem neste<br />
cantinho da Europa chamado Portugal, e ainda por cima aqui no Alentejo, temolos<br />
de uma maneira intensa. Um é o legado romano. Costumava dizer-se, quando<br />
alguém falava com um pastor alentejano, que se estava falando com um patrício<br />
romano, pela maneira como ele tratava de igual para igual, fosse quem fosse. Eu<br />
acho que é um legado cultural intensíssimo! Mas o grande legado romano, foinos<br />
dado por três vias: pela língua que falamos; pelo direito escrito que tem uma<br />
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