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Download do livro em PDF - CHAIA - Universidade de Évora

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implantado nesta localidade, nestes séculos com regimentos políticos diferentes e<br />

com dinamismos diferentes. As Artes têm sempre qualquer coisa de futurologia,<br />

estão à frente na linha da sensibilidade, na linha daquilo que ainda há bocado vocês<br />

contaram, do que aconteceu com as gerberas do vosso colega, com a leitura, ou<br />

não leitura da realidade que ele tentou comunicar 1 . E isto que eu vos estou a falar,<br />

integra-se no quotidiano, é o homem a dizer: «- Vou gerir o meu dia».<br />

Queria que vocês fixassem os diferentes períodos: o primeiro de 1865 a 1934, com<br />

os melhoramentos urbanos; o segundo de 1934 a 1944, em que há uma regulamentação<br />

em que o plano já deixa de ser posto à consideração pública, está mais<br />

relacionado com as decisões políticas; dá-se a ruptura de 1974, fazem-se experiências<br />

diferentes, integra-se o que era considerado clandestino, renova-se, valoriza-se,<br />

dinamiza-se e usufrui-se.<br />

Estando a falar-vos destes dinamismos estou a falar-vos de memória, que é um dos<br />

sentidos internos. Nós falamos muito dos sentidos externos, mas fala-se pouco dos<br />

sentidos internos. «- É uma das coisas que eu costumo falar, aos meus alunos do<br />

primeiro ano em Comunicação Visual» [Intervenção de Sandra Leandro]. Ora, um<br />

dos sentidos internos é exactamente a memória. A memória para termos referências,<br />

para podermos criar, porque ninguém cria do nada, é necessário ter uma base<br />

material, instrumental, etc. A primeira coisa é, qual é o meu critério de valores e de<br />

vida, e como é que eu o corporizo ao longo dos meus vinte, vinte e cinco, trinta.<br />

Como é que a maiêusis continua a actuar, como é que eu continuo a dar-me à luz<br />

a mim própria. Como é que eu integro a minha vida profissional, a minha vida<br />

familiar, a minha vida relacional, de amizade, a minha vida afectiva, portanto, todas<br />

essas facetas das vidas de todos nós. Para ser feliz, para me sentir realizada, não como<br />

isolada, mas integrada numa comunidade a que pertenço, a comunidade fundamental<br />

é a família, depois temos o grupo de amigos, o grupo da família alargada, as amizades<br />

que se fazem na universidade, os Professores que se foram conhecendo…<br />

1 Referia-se a uma exposição que o, então aluno, Roberto Lopes organizou em Évora e que gerou alguma polémica.<br />

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