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Download do livro em PDF - CHAIA - Universidade de Évora

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isto é, eram antigas quintas que afinal já não eram quintas, mas que os trabalhadores<br />

que lá viviam continuavam a ocupar. O plano traçado foi um plano imagem, um<br />

plano estático, não tinha dinamismo no que iria ser o ordenamento do território.<br />

Houve uma certa desarticulação, entre o que estava previsto e o que existia. A grande<br />

diferença, de antes e depois do 25 de Abril, é a estaticidade das instituições ou o<br />

dinamismo delas, ou a tentativa de dinamismo, mesmo que seja por um crescimento<br />

um bocado perturbado, quando se dão as rupturas. Ora o que sucede, é que passaram<br />

a existir os chamados planos de gestão.<br />

A história de Évora, passou-me toda pelas mãos, e além das mãos, eu tenho aqui<br />

um testemunho, porque não havia computadores. Vocês sabem que o distrito tem<br />

catorze concelhos, (diga-se de passagem, que tudo isto ia para o lixo). Quando saí<br />

da Direcção Geral, consegui que não deitassem fora… A seguir ao plano do E. de<br />

Groër, temos um plano extraordinário do arquitecto Conceição Silva, que propôs<br />

um plano de urbanização, de toda a urbe, integrando os tais bairros clandestinos,<br />

que nasceram nas tais herdades e entretanto, havia uma expectativa de fixação de<br />

população na tal área onde estava prevista a zona industrial.<br />

Portanto, nós temos a área territorial de cada um dos catorze concelhos que constituem<br />

o distrito: Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo,<br />

Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas, Viana do<br />

Alentejo e Vila Viçosa. Isto são os diversos concelhos que constituem o distrito, ora<br />

o que é que nós aqui temos? Temos, uma classificação geral, chamada, código geográfico<br />

nacional, numérico, o nome do concelho, a área que cada concelho tem, o<br />

número de freguesias, e a população presente em 1970, não só do concelho, como<br />

da sede da freguesia, porque a sede da freguesia, é como que o coração, o pulsar<br />

da comunidade. Cada processo tem, o PDM, os planos de urbanização, o nome de<br />

cada uma das pessoas que trabalharam no plano. Todo um esquema: a função dos<br />

diversos organismos que tinham de opinar sobre os planos de urbanização, os pareceres<br />

técnicos do Conselho Superior das Obras Públicas, que era o órgão máximo<br />

do Ministério das Obras Públicas, que aprovava ou não o plano. Era de acordo com<br />

essa aprovação, que eram subsidiados parcial, ou totalmente, os equipamentos, por<br />

exemplo, a rede de electricidade. A Junta Autónoma de Estradas era autónoma, mas<br />

tinha que se integrar nos outros planos.<br />

Depois de desenvolvido o plano geral de urbanização, é necessário fazer os planos<br />

parciais. Em Évora quando se deu o 25 de Abril, estava em Tribunal Administrativo,<br />

o gabinete do arquitecto Conceição Silva, que na altura tinha feito o plano. Tinha<br />

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