GUIA DE ORIENTAÇÕES PARA A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA ENSINO FUNDAMENTAL ANO II
Guia de Orientações para a Intervenção Pedagógica - Sedu
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criança é sumamente importante para falar de si mesma e, sobretudo valorizar-se,<br />
independentemente de qualquer situação de fracasso. Avaliação é um processo coletivo,<br />
feito por nós.<br />
Portanto, a criança e o jovem são, através da avaliação de todos nós, reconhecidos<br />
no seu valor e encorajados a perceber suas dificuldades e trabalhar para corrigi-las,<br />
mas todos juntos. E nessa abordagem, seja qual for nosso procedimento ou método<br />
avaliativo, um fator crucial é a atitude do avaliador. Tirar o aluno da sala? Mandá-lo<br />
embora? Suspendê-lo? Expulsá-lo? Essas são geralmente atitudes de desespero de<br />
um professor ou gestor que, de fato, perdeu a esperança do resgate. Por que não<br />
tentarmos, sempre nós, a solução para o nó?<br />
Interação e responsividade são imprescindíveis na avaliação.<br />
Estudos sobre autoestima (SearseSherman, 1964; Penna Firme, 1969) e a experiência<br />
profissional têm destacado o papel crucial dessa apreciação do autoconceito<br />
no ajustamento pessoal e no desenvolvimento harmonioso dos grupos<br />
humanos e das organizações, enfatizando que autoestima está relacionada com<br />
autoconfiança e tolerância à autocrítica e à frustração. O aumento da autoestima<br />
eleva o nível de aprendizagem e de competência profissional. Ao contrário, as<br />
pessoas tendem a não atuar bem quando se espera menos delas. É necessário,<br />
portanto, descobrir meio efetivos de elevar a autoestima dos alunos, de outros<br />
atores envolvidos no processo educativo e das organizações simultaneamente,<br />
tornando públicos os sucessos alcançados, o que, por certo, resultará em contínuo<br />
aperfeiçoamento. Além disso, quanto mais elevada for a autoestima de um<br />
indivíduo, mais positivos serão seus sentimentos em relação a outros indivíduos<br />
e mais positivamente ele será capaz de perceber os sentimentos de outros a seu<br />
respeito.<br />
Em síntese, a avaliação apreciativa, nesse contexto tradicional e conservador da avaliação,<br />
é um desafio. É desfazer o nó, ou seja, o bloqueio da decepção e da desesperança<br />
e abrir caminhos desobstruídos de crescimento individual e social. Para isso,<br />
precisamos abraçar o “patinho feio” e, junto com ele, descobrir o cisne deslumbrante<br />
que está dentro dele. É preciso levar conosco o que foi deixado de lado, excluído,<br />
abandonado e resgatá-lo. É necessário incluir, apreciar e, sobretudo, amar antes de<br />
ensinar. Avaliação é isso.<br />
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