Edição Especial - Faap
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segurança e flexibilidade aos contratos de intercâmbio.<br />
Ampliação da interconexão elétrica Brasil/Argentina, hoje com capacidade<br />
limitada em 500 MW em Garabi.<br />
Complementação elétrica Brasil-Argentina para deslocar gás da geração<br />
elétrica na Argentina para o pico do consumo residencial, no inverno,<br />
compensada com um fornecimento de eletricidade de origem térmica em<br />
direção ao Brasil nos demais meses.<br />
Execução da Usina Hidrelétrica de Corpus AR/Paraguai, com 4.600 MW,<br />
no Rio Paraná, eventualmente numa formulação tripartite, em conjunto com as<br />
obras no Rio Uruguai.<br />
Dar urgência a uma revisão e consolidação dos estudos das hidrelétricas de<br />
Garabi, Roncador e S.Pedro no Rio Uruguai, totalizando mais de 2.000 MW,<br />
entre a Argentina e o Brasil, analisando a possibilidade de um canal de<br />
interligação entre as bacias do Paraná e Uruguai, dada a relativa proximidade e<br />
pouco desnível dos reservatórios: Garabi tem cota máxima de 94m enquanto a<br />
restituição de Corpus se situa entre 82,7m e 88,4m.<br />
Esforço para substituir as atuais diferenças no setor sucro-alcooleiro por<br />
uma colaboração no campo dos biocombustíveis.<br />
Tudo isso depende da remoção ou superação de uma série de assimetrias<br />
nos mercados, tornando o mercado brasileiro mais competitivo, tanto no gás<br />
como na energia elétrica, pela dinamização do planejamento e detalhamento<br />
dos projetos por ambos os governos e, principalmente, pelo equacionamento e<br />
promoção do financiamento e dos investimentos nos projetos por meio de<br />
licitações transparentes para a iniciativa privada. Simplesmente não é possível<br />
continuar sonhando com o financiamento estatal.<br />
É necessário levar em consideração que a condução de um processo de<br />
integração energética mais ampla e efetiva encontra, em ambos os países,<br />
dificuldades no conhecimento e reconhecimento dos desafios energéticos mais<br />
fundamentais e na formação da convicção quanto à necessidade, urgência e<br />
vantagens do intercâmbio nesta área. Além disso, sua concretização dependerá<br />
dos investimentos e da agressividade da iniciativa privada, hoje pouco valorizada<br />
e incentivada, a não ser no discurso, pelos governos de nossos países.<br />
Apêndice<br />
A importância e prioridade do desenvolvimento dos potenciais<br />
hidrelétricos no Brasil e na região<br />
As hidrelétricas são vistas com desconfiança por mobilizarem o interesse de<br />
grandes grupos empresariais, projetistas, empreiteiros e fornecedores de<br />
equipamentos, no que sempre foram apoiados pelos corporativismos das<br />
estatais contratantes. Isto tende a colocar sob suspeita quem pretenda defender<br />
as hidrelétricas, ato que não releva a responsabilidade de quem possa apresentar<br />
fortes razões a seu favor.<br />
Dada nossa extraordinária disponibilidade de recursos aqüíferos, ficando os<br />
Perspectiva de cooperação no mundo da energia, Peter Greiner, p. 45-55<br />
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