Edição Especial - Faap
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No ano de 2004, o valor das exportações de carne atingiu US$ 2,4<br />
bilhões, 63% a mais que em 2003. Com um consumo interno praticamente<br />
estacionado em torno de 6,7 milhões de toneladas, as expectativas são de<br />
aumento do volume produzido e exportado em 2005 para 8,7 e 2,1 milhões de<br />
toneladas, respectivamente. A produção brasileira de carnes vem aumentando<br />
ao longo dos anos. Entre 1990 e 2004, a produção de carne bovina cresceu a<br />
uma taxa média anual de 3,3%, enquanto a de carne de aves cresceu 9% a.a.<br />
O objetivo do país é conseguir ganhar espaço nos mercados de países<br />
como Estados Unidos, Japão, México e Canadá, que representam 60% das<br />
importações mundiais (Exame, 2005).<br />
Uma situação semelhante vem se desenvolvendo para frangos no Brasil.<br />
Pela primeira vez, em 2004, o país foi o que mais exportou, atingindo uma<br />
participação de 43% no mercado internacional. Conforme se visualiza na Figura<br />
8, desde 1980 a produção e exportação brasileira representam um percentual<br />
mais alto no total que o da Argentina nesse mercado. A partir do ano 2000, essa<br />
diferença se acentua.<br />
Em 1996 o país produzia praticamente o dobro do que produziu em 1988.<br />
Em 2004, a produção de carne de frango teria mais que duplicado, novamente,<br />
passando de 4 milhões em 1996 para 8,5 milhões de toneladas, das quais, 2,4<br />
milhões de toneladas foram para mercados estrangeiros (USDA; WASDE).<br />
Para manter essa posição no mercado mundial, tanto para a carne como<br />
para frangos, o setor confronta desafios no âmbito da qualidade e sanidade dos<br />
produtos. Com o surgimento de inúmeros casos de doenças animais em outros<br />
países, passa a ser necessário investir na prevenção contra enfermidades,<br />
contaminações e outros tipos de problema.<br />
Diversos países já exigem certificados de sanidade para a carne a ser<br />
importada, em conformidade com padrões estabelecidos no âmbito<br />
internacional ou local. No caso dos países da União Européia, os produtos<br />
importados pelo bloco devem estar de acordo com as normas EurepGap IFA<br />
(uma associação de grandes varejistas europeus).<br />
O sucesso do agronegócio no Brasil e Argentina..., Carlos Faccina, p. 80-101<br />
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