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Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG

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4.2.1- INTRODUÇÃO<br />

403<br />

A Mata Atlântica é considerada como um dos biomas prioritários para a<br />

conservação da diversidade biológica em nível mundial. As estimativas preliminares<br />

para a Mata Atlântica como um todo sugere uma diversidade botânica mínima de<br />

10.000 espécies, sendo que 53% das formas arbóreas, 74% das bromélias e 64% das<br />

palmeiras são endêmicas. Além da grande diversidade vegetal, a Mata Atlântica possui<br />

uma elevada riqueza de espécies de aves (940, sendo aproximadamente 214 de<br />

distribuição restrita) e mamíferos (mais de 260 espécies, das quais 73 são endêmicas).<br />

Os níveis de endemismo são ainda maiores para os anfíbios, sendo que 92% das 183<br />

formas não são encontradas em nenhum outro bioma (Rylands, 1994).<br />

O Parque Estadual do Rio Doce (PERD), assim como a Estação Biológica de<br />

Caratinga (EBC), áreas situadas na região da Mata Atlântica no estado de Minas Gerais<br />

e abrangidas pelo Vale do Rio Doce, têm sido objeto de várias pesquisas de curta e<br />

média duração (até 18 meses de monitoramento contínuo) enfocando as comunidades de<br />

pequenos mamíferos. Esses estudos tratam de aspectos ligados à composição e<br />

estruturação de comunidades, além de parâmetros populacionais de algumas das<br />

espécies mais abundantes (Fonseca & Kierulff, 1989; Stallings, 1989; Fonseca &<br />

Robinson, 1990; Stallings et al., 1990a e 1990b; Grelle, 1996; Fonseca, 1997). Outros<br />

estudos na mesma região têm também acrescentado informações relativas à variação<br />

espaço-temporal de comunidades e populações de roedores e marsupiais, além de dados<br />

sobre a composição da mastofauna abrangendo diversas ordens (Hermann, 1991;<br />

Aguiar, 1994; Costa & Fonseca, 1995; Grelle et al., 1996), incluindo predadores de<br />

grande porte e mamíferos semi-aquáticos. Portanto, já existe uma boa base de<br />

conhecimento sobre características básicas dessas comunidades, que se mostram<br />

bastante ricas em número de espécies e diversidade de guildas. Além disso, a<br />

composição das comunidades se mostra bastante variável entre localidades (i.e., a região<br />

também apresenta alta diversidade beta para mamíferos). Muitos desses estudos também<br />

corroboram o elevado nível de endemismo.<br />

Por outro lado, essa miríade de estudos relativamente recente tem ressaltado a<br />

existência de variações espaço-temporais bastante significativas na estrutura das<br />

comunidades de pequenos mamíferos, assim como flutuações demográficas notáveis de

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