Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG
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4.1.1.2. Dinâmica clonal de Heliconia episcopalis (Vellozo)<br />
(Heliconiacea) e variação sazonal de sua fauna associada<br />
318<br />
Introdução<br />
O Parque do Rio Doce é um importante remanescente de Mata Atlântica sem<br />
nenhum similar no estado de Minas Gerais e apresenta características bastante<br />
adequadas para estudos de associação de espécies animais à estrutura vegetacional. A<br />
área apresenta um complexo padrão de tipos vegetacionais ocasionado por diferenças<br />
edáficas, diferenças no histórico de impacto antrópico e pela fragmentação natural<br />
ocasionada pelo grande número de lagos presentes no seu interior (GILHUIS, 1986).<br />
Apesar de toda importância do Parque do Rio Doce, pesquisas sobre sua a<br />
entomofauna são escassas e pontuais. O Instituto Estadual de Florestas fez um<br />
levantamento bibliográfico dos trabalhos realizados no parque até 1994, onde foram<br />
encontrados apenas 11 trabalhos sobre entomofauna, destes somente dois sobre Diptera<br />
- Culicinae e Chaoboridae (IEF, 1994b). Muitos destes trabalhos, não foram publicados,<br />
são na verdade apenas relatórios, e os que foram publicados são principalmente<br />
descrições de espécies coletadas durante rápidas expedições, objetivando, em geral, um<br />
grupo específico de insetos.<br />
O Gênero Heliconia é o único da família Heliconiaceae, mas possue cerca de<br />
200 espécies, que ocorrem na América tropical e Melanésia. São ervas rizomatosas,<br />
freqüentemente muito altas. Seus caules aéreos podem ser bastante curtos e então as<br />
bainhas das folhas formam um pseudocaule, ou então podem ser alongados com<br />
internós distintos, firmemente envolvido pelas bainhas das folhas. As inflorescências<br />
são terminais, e ocorrem usualmente em brotos foliares, mas algumas vezes em brotos<br />
especializados. As flores são subtendidas por bractéolas carinatas, perfeitas, e têm seus<br />
elementos fundidos formando um tubo com nectários (ANDERSSON, 1988).<br />
Heliconia episcopalis (Vellozo) conhecida como caeté ou chapéu-de-frade,<br />
ocorre naturalmente na América do Sul na Amazônia e no Sudeste, e é cultivada na<br />
Florida, Havaí e Costa Rica tem entre 0,76 a 2,13 metros de altura. Desenvolve-se em<br />
locais totalmente ensolarados ou com até 70% de sombra, floresce durante todo o ano.<br />
Sua inflorescência possui de 18 a 24 brácteas, com vermelho nos 2/3 proximais