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Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG

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Existem, entretanto, trabalhos que fazem muitas recomendações e estabelecem<br />

restrições ao uso de taxa superiores como substitutivos de espécies (veja p.e. GUEROLD,<br />

2000).<br />

Em escala regional, grupos com grande riqueza de taxa superiores, tais como aves e<br />

mamíferos, demonstraram uma menor relação entre a riqueza em taxa superiores e a<br />

riqueza em espécies (BAMFORD et al., 1996a). E mesmo nos casos em que existe uma<br />

forte relação entre riqueza de taxa superiores e a riqueza de espécies, o uso de níveis<br />

taxonômicos superiores pode resultar em perda de sensibilidade às mudanças regionais de<br />

biodiversidade, como o que ocorre com o uso de famílias de moluscos marinhos (ROY et<br />

al., 1996).<br />

Um estudo filogenético da família Syrphidae (Diptera) demonstrou que existe um<br />

grande desbalanceamento na árvore filogenética desta família: alguns nós são bem mais<br />

ramificados que outros, o que levou os autores a sugerirem que, nessa família, gêneros<br />

não são substitutos adequados para espécies em estudos de biodiversidade<br />

(KATZOURAKIS et al., 2001).<br />

Finalmente, a qualidade da informação produzida utilizando riqueza de taxa superiores<br />

depende muito do grupo analisado. Gaston e colaboradores (1995), por exemplo,<br />

descreveram os padrões globais de riqueza de famílias de plantas, besouros, anfíbios,<br />

répteis e mamíferos. O resultado obtido com besouros foi relativamente muito pobre. Os<br />

autores sugeriram que esta baixa qualidade do resultado se deveu a três motivos: a alta<br />

razão espécie por família (>2000:1), a alta proporção de famílias de Coleoptera que tem<br />

ampla distribuição geográfica e a ocorrência de picos de diversidade de famílias de<br />

Coleoptera em locais que possuem onde havia maior esforço de coleta.<br />

O uso de abundância de indivíduos, além da riqueza, é particularmente raro em<br />

estudos utilizando taxa superiores. Recentemente, o número de indivíduos em diferentes<br />

ordens de artrópodes foi utilizado para avaliar sete tipos de metodologias de coleta em<br />

florestas pluviais da Australásia; foram encontradas diferenças significativas em 40% dos<br />

testes de variação entre diferentes tipos florestais na abundância de onze ordens de<br />

artrópodes coletados com sete métodos diferentes de captura. A posição no “rank” de<br />

abundância das diferentes ordens foi avaliada e dentre as metodologias testadas, Malaise<br />

260<br />

foi a que obteve maior constância entre tipos florestais na posição de diferentes ordens

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