Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG
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lagos, e rios. A larva madura rasteja para fora da água e empupa sob pedras e outras<br />
coberturas na margem. Larvas de duas espécies de Odontomyia ocorrem em pequenos<br />
lamaçais em habitat de savana. Um espécime de Nyassamyia andreniformis foi criado de<br />
uma larva retirada de um oco de árvore. Larvas de Oxycerini são frequentemente<br />
encontradas em áreas de escoamento musgoso em habitats “madicolous”. A larva de<br />
Oxycera leonina foi coletada em solo úmido de floresta (Woodley 2001).<br />
Em um fragmento florestal na região metropolitana de Belo Horizonte, Stratiomyidae foi<br />
a quinta família mais abundante utilizando recursos florais, sendo três espécies<br />
encontradas todas da subfamília Stratiomyinae. Plantas das famílias Asteraceae,<br />
Boraginaceae e Salpindaceae foram utilizadas por esses dípteros sendo Bacharis trinerves<br />
a espécie de planta mais visitada. Hoplitimiyia mutabilis (F.) a espécie de Stratiomyidae<br />
mais abundante (Souza-Silva et al. 2001). A família foi nesse trabalho considerada mais<br />
especialista do que a maioria.<br />
Biologia de Nemotelinae: Adultos de Nemotelus e Lasiopa são comumente encontrados<br />
em flores. Adultos de Brachycara são encontrados em habitats litorais marinhos, e suas<br />
larvas provavelmente se encontram em áreas similares. As larvas de Nemotelus são<br />
encontradas em poças e pântanos, freqüentemente com uma química altamente alcalina<br />
ou salina. A larva de Lasiopa villosa foi coletada sob folhas no solo, e o seu<br />
desenvolvimento é imaginado que leve três anos (Woodley 2001).<br />
Condições climáticas, principalmente temperatura e pluviosidade, podem afetar o<br />
desenvolvimento larval e conseqüentemente o número de adultos emergentes. Uma<br />
grande série temporal, de vários anos, pode ser utilizada para estimar o comportamento<br />
das populações de insetos em cenários climáticos futuros. Moscas soldado do gênero<br />
Inopus são pragas de plantações de cana de açúcar na Austrália. Suas larvas levam de um<br />
a três anos para se desenvolver. O uso de modelos construídos a partir de uma série de 23<br />
anos demonstrou que o aumento nos danos causados por essas moscas está<br />
correlacionado em parte com o clima. Quando a temperatura e a pluviosidade de<br />
determinados meses do ano são mais baixas ocorre provavelmente um retardo na<br />
formação da pupa e aumento no número de larvas para o ano seguinte (Allsopp 1990). A<br />
ocorrência dos adultos é em varias espécies marcadamente sazonal. Na Nova Zelândia<br />
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Inopus rubriceps, possue dois períodos de ocorrência de adultos um de outubro a