Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG
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Nenhuma característica apomórfica foi encontrada para definir a subfamília<br />
Stratiomyinae os Oxycerini (antes incluídos em Clitellariinae) foram incluídos em<br />
Stratiomyinae por terem larvas aquáticas e flagelo antenal composto de seis flagelômeros,<br />
apesar de terem a veia cruzada m-cu ausente.<br />
Os Nemotelinae já foram considerados uma tribo de Stratiomyinae, colocados em<br />
Clitellariinae, ou considerados uma subfamília separada. Woodley (2001) acredita que o<br />
fato da larva ser aquática e a presença de seis flagelômeros sugere uma relação com<br />
Stratiomyinae, e ele não encontrou nenhuma característica autapomórfica obvia repartida<br />
entre os gêneros incluídos nessa subfamília, mas preferiu manter seu status de subfamília.<br />
Sobre a relação entre as subfamílias: As subfamílias Parhadrestiinae, Chiromyzinae e<br />
Beridinae são as mais distintas dentro da família Stratiomyidae. Possuem características<br />
que são particulares a cada uma delas, distinguindo-as das demais e entre si. Em seguida<br />
a subfamília Antissinae também aparece um pouco isolada das demais subfamílias. As<br />
subfamílias restantes formam um grupo mais coeso, tendo quatro subgrupos, dois deles<br />
formados apenas por uma família cada, Pachygastrinae e Clitellariinae e dois outros<br />
formados por três subfamílias cada, um com Hermetiinae, Chrysochlorininae e Sarginae,<br />
essas duas últimas subfamílias bem próximas entre si e outro composto das subfamílias<br />
Stratiomyinae, Nemotelinae e Raphiocerinae.<br />
Entre 1997 e 2003 apenas quatro descrições de novas espécies de Stratiomyidae foram<br />
encontradas nos registros do “Zoological Record” na região Neotropical (Brown <strong>2005</strong>).<br />
Outras grandes famílias de Diptera também tiveram um número muito pequeno de<br />
espécies descritas entre esses anos, mas a média foi de 7,6 espécies por família por ano,<br />
acima, portanto, do número descrito para família Stratiomyidae (Brown <strong>2005</strong>).<br />
Em ambientes temperados como na Europa Central os adultos de Stratiomyidae emergem<br />
de larvas que passam o inverno freqüentemente em diapausa. Elas podem tolerar longos<br />
períodos sem alimento. As fêmeas começam a postura de ovos em meados de maio,<br />
continuando até julho em condições normais. Fêmeas de Stratiomyidae podem pôr muitos<br />
ovos, a espécie Stratiomys chamaleon, por exemplo, pode chegar a pôr mais de 600 ovos<br />
em cinco horas, o tempo de eclosão dos ovos varia de cinco a três semanas. É provável<br />
que as espécies européias tenham apenas uma geração por ano, e algumas espécies<br />
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podem ter o desenvolvimento larval de dois ou mais anos. O tempo de desenvolvimento