Relatório 2005 Diversidade Faunística - ICB - UFMG
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inferior, presas em troncos ou cipós numa altura média de 1,5m. Utilizou-se como isca<br />
algodão embebido em óleo de fígado de bacalhau e pedaços de bananas com aveia e<br />
canjiquinha.<br />
406<br />
As coletas foram realizadas bimestralmente entre os meses de novembro de 2000<br />
a dezembro de <strong>2005</strong>. Dos indivíduos capturados foram anotadas as seguintes<br />
informações: espécie, localização espacial (área, transecto, estação, tipo de armadilha<br />
em que foi capturado, estrato terrestre ou média altura), dados individuais<br />
(características, dados reprodutivos, sexo, peso) e medidas morfológicas. Os indivíduos<br />
foram marcados através de anilhas numeradas e soltos no próprio posto de coleta.<br />
Para a montagem da Coleção Testemunho alguns indivíduos de cada espécie<br />
coletada foram sacrificados, taxidermizados e depositados na Coleção de Referência do<br />
Laboratório de Mastozoologia do Departamento de Zoologia da <strong>UFMG</strong>.<br />
4.2.3.2- Abundância de onças-pintadas e inventário de demais mamíferos<br />
No PERD foram instaladas vinte estações de coleta (Figura 4.2.1), cada uma<br />
com um par de câmeras posicionadas uma de frente para a outra. O uso de duas câmeras<br />
é necessário para capturar os dois lados dos indivíduos. Com os dois lados de um<br />
individuo que possua marcações distintas, como as rosetas de uma onça pintada, é<br />
possível estimar a abundancia. As estações foram colocadas entre 2,52 km a 3,2 km de<br />
distancia entre elas. As localizações das estações foram baseadas em relatos de<br />
ocorrência de onças dentro do PERD, bem como nos locais que possuem estradas<br />
poucas movimentadas (i.e. estradas que dar acesso para lagoas), que freqüentemente são<br />
utilizadas por felinos. Nosso desenho experimental teve como alvo amostrar uma área<br />
de 100 km 2 , tendo como referência o padrão para estudos recentemente feitos na Bolívia<br />
para onça pintada (Maffei et al., 2004).<br />
O estudo durou de junho de 2004 a outubro de <strong>2005</strong>, porém o maior esforço<br />
amostral foi feito durante dois períodos de dois meses em <strong>2005</strong>. O primeiro período foi<br />
de fevereiro a abril, durante a estação chuvosa, e o segundo durante a estação seca, de<br />
agosto a outubro, cada um destes períodos sendo equivalente a cerca de 1.100<br />
armadilhas/noite. Cada estação foi visitada a cada 30 dias durante o tempo que as<br />
câmeras estiveram no campo. Estas visitas foram feitas para trocar filme e pilhas das<br />
câmeras. Após o segundo mês de cada período, as câmeras foram retiradas do campo.