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ESPAÇOS DE LEITURA SUMÁRIO - TV Brasil

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Apesar dos temores de uma iniciante, com erros e acertos, fui percebendo que a aprendizagem está<br />

ligada a relações verdadeiras, que a troca de emoções e afetos contribui para a expressão viva do<br />

que se apreende do mundo enquanto realidade a nos provocar os sentidos e também do mundo<br />

representado pelas linguagens simbólicas. "A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que<br />

a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele..." 2 nos lembra<br />

Paulo Freire. E é essa leitura que o aluno traz consigo, como patrimônio de sua singularidade, como<br />

ser cultural, com impressões e reações, que tem que ser intercambiada a todo o momento para gerar<br />

novos saberes, novas informações.<br />

Por isso, o momento da roda de conversas e histórias era festejado com apresentações de novidades,<br />

que podiam ser objetos, fotos, livros, até pequenos animais de estimação... Era, enfim, o que tinha<br />

significado e que podia ser trocado com os outros. As expressões das crianças se traduziam em<br />

textos, desenhos ... Havendo material, se transformavam em artesanato, em massinha ou argila. A<br />

criança podia brincar, criar e expor suas produções que vão revelando a vida, gerando palavras,<br />

incitando novas leituras.<br />

Com isso, das várias atividades curriculares, seja de Matemática, Geografia ou de qualquer outra<br />

ciência, as informações se revelam em textos compreensíveis porque vividos. Um problema de<br />

Matemática pode ser ocasião para a leitura do enunciado, para a vivência da situação e até virar<br />

poesia, parlenda, trava-língua, ou vice-versa. Imaginem, por exemplo, “trinta tigres triturando três<br />

telas de acrílico, sendo que restou só um terço de uma delas”... E por aí se pode continuar a<br />

provocação de vários raciocínios, de várias dificuldades de linguagem, de várias leituras, várias<br />

informações e brincadeiras. Os conteúdos curriculares podem correlacionar-se de infinitas maneiras<br />

e as leituras terem vida, interesse, objetivos. Vamos concluir a pesquisa de algum projeto e ler as<br />

conclusões para a classe vizinha? Vamos arrumar a sala para mostrar às crianças de outra série o<br />

que estamos realizando e descobrindo neste mês? Essas perguntas e tantas outras podem incentivar<br />

procedimentos, avaliações, desejos de escrever e mostrar, de ler e dizer com expressão, com<br />

entusiasmo.<br />

E as leituras literárias, as audições de histórias, de músicas, o teatro, com ou sem bonecos, a<br />

projeção de vídeos para serem debatidos ... E as histórias recontadas, os livros retomados em<br />

diferentes versões, potencializando novas expressões, novos autores entre as próprias crianças ou<br />

jovens... E as músicas dançadas ou entoadas, enfim, que mundo esfuziante de vida pode dar "sabor<br />

<strong>ESPAÇOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>LEITURA</strong>. 31 .

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