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ESPAÇOS DE LEITURA SUMÁRIO - TV Brasil

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apropriada pelos estudantes. E tal objetivo não pode ser deixado ao acaso, mas, ao contrário, deve<br />

ser perseguido metodicamente. É importante, neste sentido, que a Escola inclua em seus planos<br />

novas aprendizagens indispensáveis à construção de conhecimento e à participação cultural na<br />

época atual, uma vez que tais aprendizagens não são meramente espontâneas, mas construídas<br />

socialmente, razão pela qual torna-se necessária ação sistemática e contínua da escola.<br />

Nesta perspectiva, a participação de grupos de alunos em programações articulando escola-<br />

biblioteca pública constitui-se em forma de promoção de aprendizagens culturais a que a escola<br />

atual deve estar atenta, não apenas em atividade à parte, "diferente", ou então, mero recurso para<br />

complementar informações dadas pelo professor em sala de aula.<br />

Este uso diferenciado da biblioteca pública pode ser iniciado de diferentes modos. A partir da<br />

iniciativa pessoal, em especial do professor ou da biblioteca. A partir de iniciativas institucionais de<br />

programas de atividades, formais e/ou não-formais, entre escola e biblioteca pública, visando à ida<br />

regular de classes ou grupos de escolares para práticas específicas. A segunda alternativa é<br />

seguramente a ideal, mas as iniciativas individuais não devem ser desprezadas como ponto de<br />

partida. Nesses casos, às vezes, uma "andorinha pode fazer verão". Ou seja, dar o pontapé inicial<br />

para a instituição escolar acordar. Além do interesse no uso dos recursos existentes na biblioteca<br />

pública, a prática de visitas permanentes e sistemáticas favorece a proximidade entre<br />

mediadores/educadores e alunos, permitindo-lhes o reconhecimento do espaço, de seus serviços, a<br />

invenção de formas de participação em atividades culturais distintas daquelas realizadas na escola,<br />

fatores que se mostram fundamentais ao estímulo e à criação de confiança para atuação num espaço<br />

que pode ser estranho à boa parte dos alunos, mas que, entretanto, é cada vez mais indispensável à<br />

sua formação como leitores.<br />

As interações entre escola-biblioteca, capazes de atuar a favor dos processos de apropriação e<br />

participação cultural do aluno, são múltiplas e diferenciadas e, em muitos casos, elas cumprirão<br />

tanto as funções voltadas às aprendizagens culturais que lhe são pertinentes, como aquelas ligadas<br />

às aprendizagens pedagógicas, quando não houver bibliotecas escolares nas escolas.<br />

A seguir, são relatadas algumas experiências neste sentido, realizadas entre biblioteca pública<br />

infanto-juvenil e escolas de Educação Infantil e Fundamental, na cidade de São Paulo, processo do<br />

qual tenho participado, desde 1977, como bibliotecária e responsável pela gestão de serviços e<br />

<strong>ESPAÇOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>LEITURA</strong>. 64 .

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