ESPAÇOS DE LEITURA SUMÁRIO - TV Brasil
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especificidades a informação, a leitura, a cultura e a educação são pontos comuns a todos que atuam<br />
na escola, os processos para as negociações desses referidos programas tendem a ser menos difíceis.<br />
. Os protocolos<br />
A ida de alunos à biblioteca pública, acompanhados por professores ou enviados por estes para a<br />
realização de determinadas práticas, implica acordos preliminares - negociações -, uma vez que se<br />
trata de trabalho especial, demandando planejamento prévio para o uso do espaço, recursos<br />
informacionais e atividades que contemplem a recepção adequada dos alunos e/ou grupos e os<br />
objetivos a serem atingidos. Apenas para dimensionar a questão, as exigências, por exemplo, para<br />
uma atividade de leitura livre com uma classe com 35 alunos serão distintas daquelas requeridas por<br />
um grupo de 8 alunos que vêm para assistir a um vídeo. Em outros termos, os ajustes específicos e<br />
de ordem prática, se não são os únicos elementos a serem considerados, devem, entretanto, ser<br />
vistos com seriedade, dado que atuam sobre a qualidade e sobre resultados objetivos do trabalho.<br />
Durante vários anos, na biblioteca em que eu atuava, professores, bibliotecários e outros<br />
responsáveis pela educação dos alunos reuniam-se para planejar ações destinadas à exploração e<br />
uso do equipamento cultural, com saldo positivo na formação de vínculos entre os alunos das<br />
escolas da região e a biblioteca pública infanto-juvenil.<br />
Dessa experiência, levada a efeito por mais de uma década, aspectos relativos à gestão das relações<br />
entre os responsáveis pelo programa merecem ser destacados, uma vez que se desconsiderados<br />
comprometem os processos e finalidades da cooperação.<br />
Embora o programa a ser planejado vá acontecer no "território" da biblioteca pública, com os<br />
recursos ali existentes, a formalização dos protocolos da cooperação deve pautar-se por objetivos,<br />
se não idênticos entre escola e biblioteca, partilhados por ambas instituições, condição que cria co-<br />
responsabilidade para as ações propostas. Assim, tais programas devem seguir o princípio da<br />
parceria efetiva, da co-autoria entre as partes, não devendo a escola colocar-se apenas como<br />
beneficiária dos recursos a serem usufruídos por seu grupo ou a biblioteca como instância<br />
definidora das práticas a serem realizadas. Esta modalidade de trabalho cooperativo exige, assim,<br />
que escola e biblioteca estejam afinadas na perseguição dos objetivos de educar o aluno para a<br />
informação, para a apropriação efetiva desses espaços culturais.<br />
<strong>ESPAÇOS</strong> <strong>DE</strong> <strong>LEITURA</strong>. 66 .