O misterioso caso de Styles - Agatha Cristie.pdf
O misterioso caso de Styles - Agatha Cristie.pdf
O misterioso caso de Styles - Agatha Cristie.pdf
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Eu contei a ele da surpresa <strong>de</strong> Poirot ao ouvir que o Dr Bauerstein havia estado na<br />
mansão naquela noite, e disse:<br />
-Ele disse duas vezes: "Isso muda tudo!", e eu estive pensando. Você sabe que Alfred<br />
disse ter <strong>de</strong>ixado o café na sala? Bem, isso foi quando o Dr Bauerstein chegou. Não seria<br />
possível que o Dr Bauerstein, ao passar pela sala, <strong>de</strong>ixasse cair algo <strong>de</strong>ntro do café?<br />
-Bem, - disse John - isso seria muito arriscado.<br />
-Sim, mas é possível.<br />
-Mas como ele iria saber que aquele café era <strong>de</strong>la? Não, meu amigo, essa é uma idéia<br />
muito absurda.<br />
Mas eu lembrei <strong>de</strong> algo.<br />
-Sim, você está certo. Não foi assim que tudo foi feito. Ouça. - então contei a ele sobre<br />
a amostra do côco que Poirot havia mandado analisar.<br />
John interrompeu assim que acabei <strong>de</strong> falar.<br />
-Mas o Dr Bauerstein já não havia analisado um amostra?<br />
-Sim, sim, esta é a questão. Se o Dr Bauerstein é mesmo o assassino, não teria<br />
problema algum em substituir uma amostra por outra, e assim não seria encontrada<br />
estricnina alguma na amostra! Mas ninguém iria suspeitar do Dr Bauerstein nem retirar<br />
outra amostra, a não ser Poirot.<br />
-Sim, mas o gosto do veneno não seria reconhecido?<br />
-Bem, por enquanto é só o que eu tenho a dizer. Mas existem muitas outras<br />
possibilida<strong>de</strong>s, e o Dr bauerstein é realmente um gran<strong>de</strong> toxicologista.<br />
-É realmente um gran<strong>de</strong> o quê?<br />
-Ele conhece mais sobre venenos do que qualquer um, - expliquei - então não teria<br />
gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> para ocultar o gosto característico da estricnina. Ou talvez ele tenha<br />
usado outra droga não tão i<strong>de</strong>ntificável, mas que tivesse efeito similar.<br />
-Bem, po<strong>de</strong>ria ser. - disse John - Mas como ele po<strong>de</strong>ria ter colocado isso no côco? Ele<br />
não subiu as escadas!<br />
-Sim, isso é verda<strong>de</strong>. - admiti.