O misterioso caso de Styles - Agatha Cristie.pdf
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-Eu não sabia. Era apenas uma suposição que tornou-se correta. Pensei que uma chave<br />
original <strong>de</strong>veria ser bem riscada e sem brilho, marcada pelo uso. Se ela fosse encontrada, a<br />
Sra Inglethorp iria logicamente <strong>de</strong>volvê-la ao seu maço <strong>de</strong> chaves. Mas ao invés da chave<br />
surrada pelo uso eu encontrei uma chave brilhante e sem marcas, que <strong>de</strong>veria ser<br />
logicamente e cópia. Sendo assim alguém havia tomado para si a original, para po<strong>de</strong>r abrir<br />
o estojo.<br />
-Sim, - eu disse - Alfred Inglethorp.<br />
Poirot olhou-me curiosamente.<br />
-Você tem certeza <strong>de</strong>ssa suspeita?<br />
-Bem, naturalmente. Todas as circunstâncias parecem apontar para ele.<br />
-Pelo contrário, - disse Poirot - temos vários pontos a seu favor.<br />
-É, - lembrei.<br />
-O quê?<br />
-Bem, vejo apenas um.<br />
-Qual?<br />
-O fato <strong>de</strong> ele não estar na casa na noite passada.<br />
-Péssimo chute! Você escolheu justamente um ponto que aponta contra ele.<br />
-Como assim?<br />
-Se o Sr Inglethorp sabia que sua esposa seria envenenada, nada mais lógico do que<br />
ele manter-se longe da casa. Temos então duas possibilida<strong>de</strong>s: ou ele sabia o que estava<br />
para acontecer, ou ele realmente tinha uma razão para não ter vindo para casa.<br />
-E que razão? - perguntei.<br />
Poirot parecia in<strong>de</strong>ciso.<br />
-O que eu po<strong>de</strong>ria dizer? Sem dúvida este Sr Inglethorp tem algo <strong>de</strong> trapaceiro, mas<br />
isso não faz <strong>de</strong>le um assassino.<br />
Balancei a cabeça, não convencido disso.