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O misterioso caso de Styles - Agatha Cristie.pdf

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No dia 15 <strong>de</strong> setembro John apareceu no banco dos réus do Old Bailey como "o<br />

selvagem assassino <strong>de</strong> Emily Agnes Inglethorp", e logo abaixo aparecia em letras<br />

<strong>de</strong>stacadas: "Ainda em liberda<strong>de</strong>".<br />

Sir Ernest Heavywether, um famoso advogado, ofereceu-se para <strong>de</strong>fendê-lo.<br />

O Sr Phillips abriu o <strong>caso</strong>.<br />

O assassino, ele disse, foi o mais frio e calculista possível. Aproveitou-se da confiança<br />

da mulher em seu enteado e a envenenou sem o menor escrúpulo. Ela o havia criado e<br />

suportado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> garoto, e ele e sua esposa viviam na mansão <strong>Styles</strong> com muito conforto,<br />

cercados pelo seu carinho e atenção. Ela havia sido a mais generosa benfeitora, sem<br />

sombra <strong>de</strong> dúvidas.<br />

Ele propôs que fossem chamadas testemunhas para provar como o acusado estava em<br />

sérias dificulda<strong>de</strong>s financeiras, e que também carregava uma intriga com uma certa Sra<br />

Raikes, esposa <strong>de</strong> um fazen<strong>de</strong>iro vizinho. Isso chegou aos ouvidos <strong>de</strong> sua madrasta que o<br />

repreen<strong>de</strong>u; assim abriga aconteceu, e parte <strong>de</strong>la foi ouvida. No dia anterior, o acusado<br />

havia comprado estricnina na farmácia da vila, trajado <strong>de</strong> tal forma a se passar pelo marido<br />

da Sra Inglethorp. Felizmente o Sr Inglethorp possuia um álibi inquestionável.<br />

Na tar<strong>de</strong> do dia 17 <strong>de</strong> julho, continuou Cunsel, imediatamente após a briga, a Sra<br />

Inglethorp fez um novo testamento. Este foi encontrado <strong>de</strong>struído na manhã seguinte na<br />

lareira do quarto da Sra Inglethorp, <strong>de</strong> acordo com evidências ele favorecia seu marido, o<br />

Sr Inglethorp. A falecida havia feito um testamento em seu favor antes <strong>de</strong> casar-se mas,<br />

pelo que parece, o prisioneiro não estava ciente disso. O que levou a falecida a fazer um<br />

novo testamento enquanto o anterior ainda existia ele não po<strong>de</strong>ria dizer. Ela era uma velha<br />

senhora e po<strong>de</strong>ria provavelmente ter esquecido do testamento ou - o que parecia mais<br />

sensato - através <strong>de</strong> alguma conversa ela <strong>de</strong>scobrira que ele havia sido revogado no<br />

momento <strong>de</strong> seu casamento. As senhoras nunca sabem direito como funciona a lei. Ela<br />

tinha um ano antes, feito um testamento em favor do prisioneiro. Ele quis chamar<br />

testemunhas para provar que o prisioneiro foi quem levou o café até o quarto <strong>de</strong> sua<br />

madrasta na noite fatal. Mais tar<strong>de</strong> da noite ele havia entrado no quarto e nessa ocasião,<br />

sem dúvida, tratou <strong>de</strong> <strong>de</strong>struir o testamento o mais rápido possível e assim tornar aquele em<br />

seu favor válido.<br />

O prisioneiro foi preso em razão <strong>de</strong> o <strong>de</strong>tetive Japp ter encontrado em seu quarto a<br />

nota fiscal da compra da estricnina, que havia sido feita supostamente pelo Sr Inglethorp.<br />

Ficou nas mãos do júri, então, a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> se aqueles fatos bastavam para a <strong>de</strong>tenção do<br />

acusado.<br />

E, percebendo que o júri não estava tão <strong>de</strong>cidido, o Sr Phillips dirigiu-se até o banco,<br />

sentou-se, e permaneceu <strong>de</strong> cabeça erguida.

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