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Baixar - Brasiliana USP

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— 184 —<br />

maiores, sobre tudo, quando pela natureza de suas feições<br />

exigem, que sahiam do corpo principal; essas escóras devem<br />

ter uma grossura proporcionada ao peso, que devem carregar:<br />

todas as peças devem ligar-se e apoiarenwc, e sustenlarem-se<br />

de modo próprio á prevenir a separação, a destruição<br />

e a queda: tal é a regra da solidez; a da estabilidade,<br />

que consiste no que é destinado á sustentar-se em pó<br />

e não poder ser derrubado nem de um, nem de outro lado,<br />

não só exige uma exacta perpendicularidade observada na<br />

accumulação das peças; porém apoios cuja base seja proporcionada<br />

á altura do corpo principal :e além diss\), uma destribuição<br />

bem igual do peso de caqp lado, as massas mais<br />

grossas no centro, ao menos nos la/los, com dimensües e talhes<br />

iguaes. Muito peso d'um 'ido faria abater o todo;<br />

apoios mais longos, mais fortes e mais altos, que o corpo principal,<br />

não seriam apoios; tornar-se-hia o corpo principal,<br />

e contra "a natureza das oAusas o apoio mais baixo e<br />

majs pequeno ficaria no cenlrj), onde perderia a força e<br />

deixaria de ser apoio. E' esse o deffeito de muitos edifícios<br />

cujas alas, que são julgadas ser os apoios do corpo principal,<br />

são maiores e as vezes mais altos; é esse também o<br />

grande meio dos edifícios golhlcos, cujas extremidades são<br />

ordinariamente massas gigantescas, ao das quaes o corpo essencial<br />

do edifício só parece um lugar muito fraco para<br />

conter o que segundo o bom gosto, que não é mais que a<br />

lei da natureza, deveria servir de simples apoios destinados<br />

á sustentar a estabilidade do outro, que sendo o<br />

corpo principal deveria ser mais elevado do que seus apoios.<br />

Vamos procurar nos raciocínios vagos a essência da belleza;<br />

as proporções das quaes não sei dar a razão, o gosto do instincto<br />

do qual não conheço as regras, é que fica arbitrário,<br />

não poderia me instruir. Porém vemos a belleza, sentimol-a<br />

com prazer, quando sabendo o que deve ser uma cousa para<br />

ter todas as qualidades requeridas para sua perfeição, vemos<br />

em caracteres distinetosa expressão dessa qualidade, a prova<br />

de sua existência, e os traços essenciaes da perfeição do<br />

objecto. E' fácil agora fazer applicação destes princípios a<br />

todos os objectos imagináveis, que são susceptíveis de belleza,<br />

ás producções da natureza e ás obras d'arte. Em tudo<br />

que existe perfeição, si o ente é de natureza á poder ou<br />

pelos sentidos ou pela reflexão descobrir-se a perfeição,

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