Baixar - Brasiliana USP
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reunião que caracterisa a physionomia, da têz da hrancura<br />
e do unido da pelle, etc; essas diversas apparencias, são menos<br />
Bellezas reaes, que signaes reconhecidos, como annunc.io<br />
ordinário das disposições do corpo ou do espirito, do caracter<br />
dominante, das paixões, das inclinações e dos costumes,<br />
por conseqüência, como signaes de perfeições amáveis<br />
ou de deffeitos reprováveis. O mesmo dá-se com a<br />
fôrma e a côr das fruetas e de certos animaes. Julgo que<br />
ninguém, negará os diversos factos que acabamos de expor,<br />
e nem desconvirá, que nos differentes objectos de que vimos<br />
de fallar, o effeito da Belleza nãosejft, como teníos observado,<br />
a perfeição percebivel e destinem, quer por seus próprios<br />
caracteres, quer pelos signaes, coar que a natureza a annuncia.<br />
Porém onde irmos nós apre/der á julgar dessas perfeições<br />
? Já ensinuado lambem/temos, que não será poia,<br />
como a maior parle dos auloref, que lem escripto sobre o<br />
bello, na supposição de um gosf) innato que não existe, ou<br />
que não é mais que Uma expeiencia começada com a nossa<br />
vida; nem será também nas ioréas vagas d'uma unidade original<br />
e sobrenatural, ríuma combinação de verdade e uniformidade,<br />
do que a razão composta fôrma a Belleza; n'uma<br />
variedade, ríuma regularidade ríuma ordem, ríuma uniformidade,<br />
ríuma proporção, d'onde nasce, urna qualidade<br />
que exerce o espirito sem mortifica-lo; na obscura propriedade<br />
de despertar em nós idéas abstractas de relações; e<br />
nas regras eternas e immulaveis da geometria.<br />
A pesar de todas essas noções, nós ignoraríamos sempre<br />
o que é a Belleza, e ficaríamos sem regras fixas para julgar<br />
de sua existência. Porém tomamos á natureza observada<br />
por mestre, o conhecimento do destino das cousas, por guia,<br />
e acharemos, que tudo quanto faz distinetamente perceber<br />
a perfeição d'uma cousa; tudo quanto sobre ella traça ca<br />
racteres claros e inlelligiveis, constitue a Belleza; que emquanto<br />
n'um ente, nada ha pintado em nosso espirito a<br />
perfeição e não nos torna sensíveis, por mais perfeito, todavia,<br />
que realmente seja, esse ente não é Belleza pira nós;<br />
que ao contrario, quando nosso espirito nelle distingue um<br />
grande numero de gráos de perfeição e quanto mais distinetamente<br />
os percebe separadamente, mais Belleza lhe encontra.<br />
Entretanto, ha dons objectos muito susceptíveis de