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Baixar - Brasiliana USP

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- 180 —<br />

reunião que caracterisa a physionomia, da têz da hrancura<br />

e do unido da pelle, etc; essas diversas apparencias, são menos<br />

Bellezas reaes, que signaes reconhecidos, como annunc.io<br />

ordinário das disposições do corpo ou do espirito, do caracter<br />

dominante, das paixões, das inclinações e dos costumes,<br />

por conseqüência, como signaes de perfeições amáveis<br />

ou de deffeitos reprováveis. O mesmo dá-se com a<br />

fôrma e a côr das fruetas e de certos animaes. Julgo que<br />

ninguém, negará os diversos factos que acabamos de expor,<br />

e nem desconvirá, que nos differentes objectos de que vimos<br />

de fallar, o effeito da Belleza nãosejft, como teníos observado,<br />

a perfeição percebivel e destinem, quer por seus próprios<br />

caracteres, quer pelos signaes, coar que a natureza a annuncia.<br />

Porém onde irmos nós apre/der á julgar dessas perfeições<br />

? Já ensinuado lambem/temos, que não será poia,<br />

como a maior parle dos auloref, que lem escripto sobre o<br />

bello, na supposição de um gosf) innato que não existe, ou<br />

que não é mais que Uma expeiencia começada com a nossa<br />

vida; nem será também nas ioréas vagas d'uma unidade original<br />

e sobrenatural, ríuma combinação de verdade e uniformidade,<br />

do que a razão composta fôrma a Belleza; n'uma<br />

variedade, ríuma regularidade ríuma ordem, ríuma uniformidade,<br />

ríuma proporção, d'onde nasce, urna qualidade<br />

que exerce o espirito sem mortifica-lo; na obscura propriedade<br />

de despertar em nós idéas abstractas de relações; e<br />

nas regras eternas e immulaveis da geometria.<br />

A pesar de todas essas noções, nós ignoraríamos sempre<br />

o que é a Belleza, e ficaríamos sem regras fixas para julgar<br />

de sua existência. Porém tomamos á natureza observada<br />

por mestre, o conhecimento do destino das cousas, por guia,<br />

e acharemos, que tudo quanto faz distinetamente perceber<br />

a perfeição d'uma cousa; tudo quanto sobre ella traça ca<br />

racteres claros e inlelligiveis, constitue a Belleza; que emquanto<br />

n'um ente, nada ha pintado em nosso espirito a<br />

perfeição e não nos torna sensíveis, por mais perfeito, todavia,<br />

que realmente seja, esse ente não é Belleza pira nós;<br />

que ao contrario, quando nosso espirito nelle distingue um<br />

grande numero de gráos de perfeição e quanto mais distinetamente<br />

os percebe separadamente, mais Belleza lhe encontra.<br />

Entretanto, ha dons objectos muito susceptíveis de

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