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Baixar - Brasiliana USP

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— 222 —<br />

cabeça, e um collar ao leu pescoço (1), porque eu fui lam-r.<br />

bem filho de meu pai, lenrinho, e unigenito diante de minha<br />

mãi. Filho meu.attende á minha sabedoria, e inclina^<br />

o teu ouvido para a minha prudência, afim de vigiares sobre<br />

a guarda dos teus pensamentos, para que os teus lábios conservem<br />

a disciplina. Não te deixes ir atrás dos artifícios da<br />

mulher {Salomão falia da má mulher); porque os lábios dameretriz<br />

são como o favo que destilla ornei, e a sua garganta<br />

é mais lustrosa do que o azeite; más o seu fim é amargoso,.<br />

como o absynthio.e talhante como a espada de doris gumes.<br />

Os seus pés descem á morte, e os seus passos penetram até<br />

aos infernos. Elles, não andam pela vereda da vida; os seus.<br />

passos são vagabundos, e inevitáveis.<br />

A tua veia seja bemdicta, e vive alegre-com a mulher que<br />

tomaste na tua adolescência; ella seja para ti a corça que mui-,<br />

to amas, e o teu engraçadinho veadinho-, os seus peilos te.<br />

embebedem em lodo o tempo; no seu amor busca sempre o.<br />

teu prazer.<br />

Conserva, filho meu, os preceitos de teu pai, e não lar-,<br />

gues a lei de tua mãi. Traze-os incessante a todos ao teu coração,<br />

e põe-os á roda da tua garganta. Quando andares,<br />

elles te acompanhem; quando dormires, elles le guardem, c<br />

em acordando, falia a elles; porque o mandamento, é uma<br />

candeia, e a lei uma luz, e a reprehensão da disciplina o caminho<br />

da vida, para que te guardem da má mulher, e da<br />

Jingua lisongeira da estranha. Não cobice o teu coração a<br />

sua formosura, nem le deixes prender dos seus acenos;<br />

porque o preço da meretriz, apenas é de um pão: mas a mulher<br />

capliva a alma do homem, a qual não tem preço. Acaso.<br />

tão a moda em todo o seu rigor. São todas as suas acções calculadas;<br />

se se levanta, é para lhe admirarem a svelta fôrma; se sorri, é para<br />

mostrar os lindos dentes. Reparae, que só borda ou concerta o cabello.<br />

para que lhe noteis as cândidas mãosinhas. Já lhe não servem as artes<br />

de enlevo, mas sim de casquelharia. O trabalho então deixa de ser occupação—-é<br />

mais um meio de agradar. Não gosta mais do baile por si,<br />

oecupa-se mais com o par do que com a dansa: nunca mais come<br />

diante dos homens. Vivia outr'ora de instincto, agora só vive pela cabeça<br />

e pelo coração.<br />

(I) Provérbios. Cap. 1, V. 8 e 9; Cap. li, V. 3; Cap. 5, V. 2, 3, A,<br />

5, 6,18 e 19; Cap. 6, V. 20. 21, 22, 23, 24, 25 e 26; Cap. 7, V. 13,<br />

14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 24 e 25; Cap. 10, V. 1; Cap. H, V. 22;<br />

Cap. 12, V. 4; Cap. 14, V. 1; Cap. 19, V. 14.

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