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— 266 — Celeste medicina A nossa dor acalma; Propicia aos olhos d'alma A luz nos vem de vós. A luz da intelligencia, Crescente pelo estudo, Na claridade, em tudo Que a outra vale mais. A luz externa a tudo Concede a providencia; A luz cia intelligencia O Só loca aos racionacs; E esta vos elevemos. O cego desvalido Por vós hoje instruído Calcula, escreve e lê, Se em trevas tropeçando Só tem 110 mundo escolhos, Aos céos levanta os olhos, E vê o que alma vê. Monarcha no poder Monarcha na bondade. / Na dupla magestade Com que sois rei, senhor, Se tendes quem beijar-vos A mão de rei deseje,
— 267 — Mais tendes quem vos beije A mão de bemfeitor. E quanto as obras vossas Por Deus são estimadas, Na esposa e prole amadas Mais que patente está ; Nas ditas, na ventura Que tendes 110 seu grêmio, Dos bens que dais, em premio Na terra, o coo vos dá. Deste reinado a historia De gloria e f licidade, Para adorar-vos liade O mundo inteiro ler. Hão de escrevê-la sábios Deméritos subidos, Mas hão de os desvalidos A mór parte escrever. Então, lambem louvando Voss'alma bemfazeja, Um cego que mais veja, Dos muitos que aqui estão (Talvez em prosa altiva, Ou sublimado metro), Dira que o vosso sceptro Dos cegos foi bordão.
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ESTRAGOS DE AMOR Miseráveis insens
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Pisando por abrolhos sem sentil-os,
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Si a visse, desdenhosa a mil thesou
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A SAUDADE BRANCA (*) Que tens, mimo
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DOUS IMPOSSÍVEIS Jamais! quando a
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Pode queixar-se inteira a felicidad
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— 175 — Criança mas sem veres
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Dahi vem que o espirito, voando Do
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