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— 52 — (4) EDUARDO DE SA diz na sua biographia, impressa nas poesias colleecionadas por elle, que foin'esse dia. O Sr.LNNO- CENCio DA SILVA, no seu Diccionario bibliographico traz a data de 8 de Julho. (5) EDUARDO DE SÁ, na biographia citada. (6) Elie mesmo o diz no Meu segredo: Estas rugas, que trago sobre as faces Os modos distrahidos, A constante desordem do semblante, Dos gestos, dos vestidos... Revela tudo um segredo Que o mundo não sabe 1er, etc. (7) Eis aqui alguns d'esses improvisos que nos foram conservados pela memoria de EDUARDO DE SÁ, um de seus amigos e seu biographo edictor: MOTE Soa o bronze, expira o dia, Eu triste fico a gemer ; Eis qual vive o infeliz Eis aqui pois meu viver. GLOSA Ja luziu no firmamento Do sol a luz radiante, Já seu raio fulgurante Deu ao mundo luzimento ; Com sublime encantamento Já espargiu a allegria ; Porem, oh ceo, quem diria Que o sol havia expirar ?! Lá o vejo descambar, Boa o bronze, expira o dia.
— 53 — Vendo pois da natureza O quadro todo mudado Comparo-me ao seu estado, Me punge mortal tristeza' Já não vendo essa belleza Que o sol faz o mundo ter, Vendo a noite já deseer Com suas cores de morte, Lendo n'ella a minha sorte. Eu triste fico a gemer. Assim entreguo ao azar Triste victima do fado, Vivo sempre contristado, E de continuo a penar; Debalde busco encontrar Da felicidade o matiz Tudo que me cerca diz: « Ve lá das trevas no horror A imagem triste da dor; Eis qual vive o infeliz. » Ouço a sentença da sorte, Mais se magoa o meu peito, E ainda á vida sujeito Lamento não ver a morte; De dor em vivo transporte, So desejo não morrer; Desejo então mais soffrer, Porém <strong>com</strong>o sou captivo Nem posso morrer nem vivo Eis aqui pois meu viver. O seguinte mote: Junto de uma sepultura, A' sombra de seu salgueiro, Lamentando a minha sorte, Chorei o meu captiveiro. «
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