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(14) São meus prazeres
Um banquete de lagrymas!
A minha vida.
(15) Único vivo,
Ein pé sobre um rochedo
0 meu segredo.
(16) Eu triste, cujo fraco pensamento
Do desgosto gelou fatal quebranto
Que de tanto gemer desfallecido
Nem se quer movo os echos com meu pranto!
O que são meus versos.
(17) Actor no palco estreito da desgraça,
So espero a coroa do martyrio.
O que são meus versos.
(18) Sahiu uma vez sem gravata e um amigo lhe notando
esta falta, respondeu Laurindo :« Ora e isso o que importa?
A sociedade exige tanto e não dá nada! »
(19) Alto e por demais magro, seu corpo se requebrava a
cada passo, como se desengonçando ; applicaram-lhe por
isso o alcunha de poeta lagartixa.
(20) O septenario poético foi impresso como obra do famigerado
poetaço Ignacio José Ferreira Maranhense.
(21) O Sr. Innocencio da Silva crta no seu Diccionario
bibliographico, t. V, p. 169 os seguintes jornaes como collaborados
por elle c publicados em 1849. O sino dos barbadinhoS)
politico e A voz da juventude, recreativo. O primeiro era
uma folha de publicação irregular, organi das especulações
e traíicancias de um individuo, como ainda hoje inuitoâ
maranhenses lhe seguem o exemplo. O segundo pertencia a
muitos moços, que ahi imprimiam os seus ensaios juvenis.
Auibos são raros até nas nossas melhores bibliotecas !