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Não conte a ninguém

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uma sensação esquisita. O suor começou a fluir de minhas<br />

axilas. – Ela quis ajudar. Por isso, fez esse seguro alto.<br />

– Muito boazinha – observou Carlson.<br />

– Boazinha mesmo – acrescentou Stone.<br />

– A família é muito importante, não acha?<br />

Fiquei calado. Carlson voltou a se sentar no canto da mesa.<br />

O sorriso desaparecera de novo.<br />

– Olhe para mim, doutor.<br />

Obedeci. Seus olhos se fixaram nos meus. Consegui manter<br />

o contato visual a duras penas.<br />

– Desta vez responda à minha pergunta – disse ele lentamente.<br />

– E não se faça de chocado ou ofendido. Alguma vez<br />

você bateu em sua mulher?<br />

– Nunca – respondi.<br />

– Nenhuma vez?<br />

– Nenhuma vez.<br />

– Nem a empurrou?<br />

– Nunca.<br />

– Ou teve um acesso de raiva? Cara, isso a<strong>conte</strong>ce com todo<br />

mundo! Um tapa rápido. <strong>Não</strong> há nenhum crime nisso. É<br />

natural nas questões passionais, entende o que quero dizer?<br />

– Eu nunca bati na minha mulher – afirmei. – Nunca a<br />

empurrei, nem dei um tapa nela, nem tive nenhum acesso de<br />

raiva. Jamais.<br />

Carlson olhou para Stone.<br />

– Assunto encerrado, Tom?<br />

– Claro, Nick. Se ele diz que nunca bateu nela, assunto<br />

encerrado.<br />

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