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Não conte a ninguém

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Beck tinha vindo. Ele usava o mais esdrúxulo dos disfarces,<br />

já que o e-mail alertara que ele poderia estar sendo seguido.<br />

Ela pôde vê-lo sentado no banco, sozinho, esperando, a perna<br />

direita balançando para cima e para baixo. A perna dele<br />

sempre fazia isso quando ele estava nervoso.<br />

– Ah, Beck…<br />

Ela conseguia ouvir a dor, a amarga agonia em sua própria<br />

voz. Continuou olhando para ele.<br />

O que ela havia feito?<br />

Que loucura.<br />

Ela se forçou a olhar em outra direção. Suas pernas se dobraram<br />

e ela escorregou, as costas apoiadas na parede, até se<br />

sentar no chão. Beck viera vê-la.<br />

Mas eles também tinham vindo.<br />

Tinha certeza disso. Vira três deles, pelo menos. Provavelmente<br />

mais. Também vira a caminhonete da B&T Pinturas.<br />

Ligou para o telefone do adesivo da caminhonete, mas estava<br />

desativado. Consultou o serviço de informações. <strong>Não</strong> existia<br />

nenhuma B&T Pinturas.<br />

Eles os haviam encontrado. Apesar de suas precauções,<br />

eles estavam ali.<br />

Fechou os olhos. Loucura. Tremenda loucura achar que ela<br />

conseguiria levar a cabo aquele plano. Como tinha deixado<br />

aquilo a<strong>conte</strong>cer? A ânsia havia cegado seu julgamento.<br />

Estava claro agora. De algum modo, ela se iludira ao achar<br />

que conseguiria transformar uma catástrofe devastadora – os<br />

dois corpos descobertos perto do lago – em algum tipo de dádiva<br />

divina.<br />

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