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Não conte a ninguém

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– <strong>Não</strong> vejo nada nessa ficha que contradiga aquela<br />

conclusão.<br />

– O laudo não é compatível com os outros assassinatos.<br />

– Discordo – afirmou Hoyt. – O que não pareceu compatível<br />

foi a força de minha filha.<br />

– <strong>Não</strong> sei se estou entendendo.<br />

– Sei que Kellerton gostava de torturar suas vítimas – disse<br />

Hoyt. – E sei que ele costumava marcá-las com ferro em<br />

brasa enquanto ainda estavam vivas. Mas nossa teoria é que<br />

Elizabeth tentou escapar ou, pelo menos, reagiu. Achamos<br />

que ela prendeu a mão dele. Ele teve de subjugá-la e, com<br />

isso, acabou matando-a. Isso explica os ferimentos de faca<br />

nas mãos dela e por que ela foi marcada post mortem.<br />

– Entendo. – Um gancho de esquerda inesperado. Carlson<br />

tentou manter o domínio. Fazia sentido. Mesmo as menores<br />

vítimas podem dar um trabalhão. Essa explicação tornava<br />

maravilhosamente coerentes todas as aparentes incoerências.<br />

Mas ainda havia problemas. – Então, como é que você explica<br />

o exame toxicológico?<br />

– Irrelevante – respondeu Hoyt. – É como perguntar a<br />

uma vítima de estupro sobre seu histórico sexual. <strong>Não</strong> importa<br />

se minha filha era ou não viciada em crack.<br />

– Ela era o quê?<br />

– É irrelevante – ele repetiu.<br />

– Nada é irrelevante numa investigação de homicídio. Você<br />

sabe disso.<br />

Hoyt tornou-se mais agressivo.<br />

– Tome cuidado – disse.<br />

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