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Não conte a ninguém

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– Faço o possível.<br />

– Pois eu não. Nem um pouquinho. Essa história de<br />

paparicar não é comigo. Portanto, vamos pular todo esse “me<br />

desculpe” e “sinto muito” e toda essa palhaçada, certo? Apenas<br />

responda às minhas perguntas. A história do acidente de<br />

carro que você contou para eles é verdade?<br />

– É.<br />

– Porque os tiras vão checar todos os fatos. Você sabe<br />

disso, não sabe?<br />

– Sei.<br />

– Quanto a isso, então, tudo bem. – Crimstein fez uma<br />

pausa. – Talvez sua mulher tenha pedido a um amigo para<br />

tirar as fotos – prosseguiu ela, sem muita convicção. – Por<br />

causa do seguro ou coisa assim. Para a eventualidade de<br />

querer mover uma ação. Isso pode fazer sentido, se a polícia<br />

perguntar.<br />

Para mim não fazia nenhum sentido, mas preferi não dizer<br />

nada.<br />

– Portanto, a pergunta número um: onde estavam essas fotos,<br />

Beck?<br />

– <strong>Não</strong> sei.<br />

– Dois e três: Como foi que os tiras as conseguiram? Por<br />

que elas estão aparecendo agora?<br />

Fiz um gesto indicando que não sabia.<br />

– E, mais importante, por que eles estão querendo pressionar<br />

você? Sua mulher está morta há oito anos. É um pouco<br />

tarde para acusá-lo de violência doméstica. – Ela relaxou e<br />

refletiu a respeito durante alguns minutos. Depois, olhou<br />

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