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Não conte a ninguém

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– Bonita festa, Griff.<br />

Griffin agradeceu e continuou andando. As mulheres estavam<br />

primorosamente penteadas e trajavam vestidos que<br />

realçavam seus adoráveis ombros nus. Elas combinavam bem<br />

com as várias esculturas de gelo – uma das predileções de Allison,<br />

esposa de Griffin – que derretiam lentamente sobre<br />

toalhas de linho importadas. A sonata de Mozart deu lugar à<br />

peça de Chopin. Garçons de luvas brancas circulavam com<br />

bandejas de prata repletas de camarões da Malásia, filémignon<br />

de Omaha e uma miscelânea de canapés esquisitos<br />

que pareciam sempre <strong>conte</strong>r tomates secos.<br />

Ele se aproximou de Linda Beck, a jovem que dirigia o<br />

fundo de caridade da Fundação Brandon. O pai de Linda fora<br />

um de seus velhos colegas de turma em Newark, e ela, como<br />

tantos outros, parecia fazer parte do império dos Scope.<br />

Linda começara a trabalhar para diversas empresas da<br />

família durante o curso secundário. Ela e o irmão puderam<br />

estudar graças às bolsas de estudo dos Scope.<br />

– Você está divina – observou ele, embora no fundo<br />

achasse que tinha um ar cansado.<br />

Linda Beck sorriu para ele:<br />

– Obrigada, Sr. Scope.<br />

– Quantas vezes já lhe disse para me chamar de Griff?<br />

– Umas mil vezes – respondeu ela.<br />

– Como anda Shauna?<br />

– Meio indisposta, infelizmente.<br />

– Diga que estimo sua melhora.<br />

– Direi sim, obrigada.<br />

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