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Não conte a ninguém

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36<br />

LARRY GANDLE ESTAVA SENTADO DIANTE de Griffin Scope.<br />

Estavam ao ar livre, no pórtico do jardim atrás da mansão<br />

dos Scope. A noite já caía, cobrindo de sombras os gramados<br />

bem cuidados. Grilos cantavam uma melodia quase bonita,<br />

como se os ricos pudessem manipular até aquilo. Uma tilintante<br />

música de piano escapava pelas portas de vidro<br />

corrediças. As lâmpadas de dentro da casa proporcionavam<br />

um grau rigorosamente calculado de iluminação, projetando<br />

agradáveis sombras vermelhas e amarelas.<br />

Ambos os homens vestiam calças cáqui. Larry usava uma<br />

camisa polo. Griffin ostentava uma bata de seda de seu alfaiate<br />

de Hong Kong. Larry aguardava com um copo de cerveja<br />

na mão. Ele observava o homem mais velho, cuja silhueta<br />

lembrava a figura na moeda de cobre de 1 centavo de dólar,<br />

sentado de frente para seu vasto quintal, o nariz ligeiramente<br />

inclinado para cima, as pernas cruzadas. Sua mão direita<br />

pendia do braço da cadeira, uma bebida marrom-amarelada<br />

rodopiando na taça de conhaque.<br />

– Você não tem nenhuma ideia de onde ele esteja? – perguntou<br />

Griffin.<br />

– Nenhuma.<br />

– E esses dois negões que o salvaram?<br />

– <strong>Não</strong> tenho a menor ideia de como eles se envolveram.<br />

Mas Wu está investigando.

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