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Não conte a ninguém

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Carlson tinha preocupações mais importantes do que o sono<br />

tranquilo dos outros.<br />

Estava prestes a tocar a campainha quando a porta se abriu.<br />

Hoyt Parker surgiu. Por um momento, os dois homens<br />

ficaram parados, dois boxeadores encarando-se no centro do<br />

ringue, enquanto o juiz reiterava instruções inúteis sobre<br />

golpes baixos e socos nos intervalos.<br />

Carlson foi direto ao assunto:<br />

– Por acaso sua filha usava drogas?<br />

Hoyt Parker não pareceu muito abalado com a pergunta.<br />

– Por que você quer saber?<br />

– Posso entrar?<br />

– Minha mulher está dormindo – informou Hoyt, saindo<br />

para a rua e fechando a porta. – Importa-se de conversar<br />

aqui fora?<br />

– Tudo bem.<br />

Hoyt cruzou os braços e ficou balançando o corpo para a<br />

frente e para trás por um momento. Tratava-se de um sujeito<br />

robusto, de calça jeans e com uma camiseta que devia ter sido<br />

bem mais confortável quando ele pesava cinco quilos menos.<br />

Carlson sabia que Hoyt Parker era um tira veterano. Armadilhas<br />

e sutilezas não funcionariam com ele.<br />

– Você vai responder à minha pergunta? – indagou<br />

Carlson.<br />

– Você vai me dizer por que quer saber? – replicou Hoyt.<br />

Carlson decidiu mudar de tática.<br />

– Por que você retirou as fotos do relatório da autópsia de<br />

sua filha?<br />

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