Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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tecidual. A condição mostrou-se mais freqüente em<br />
leuco<strong>de</strong>rmas 83% (n=49), melano<strong>de</strong>rmas 15% (n=9) e<br />
xanto<strong>de</strong>rmas 2% (n=1). A ida<strong>de</strong> variou <strong>de</strong> 4 a 81, com média<br />
<strong>de</strong> 38,5 anos. O gênero mostrou-se equivalente (30 homens<br />
e 29 mulheres). Quanto à localização obteve-se 45,7% em<br />
palato (n=27), língua 18,6% (n=11), lábios 15,2% (n=9),<br />
gengiva 8% (n=5), mucosa jugal 5% (n=3), região retromolar<br />
3,3% (n=2), freio e assoalho 1,6% (n=2). Em relação ao<br />
aspecto clínico da lesão, 100% (n=59) apresentavam-se<br />
nodulares e pediculadas. Quanto aos aspectos histológicos<br />
as células bi ou multinucleadas estavam em 74% (n= 44)<br />
das lâminas e cariorrex 40% (n=24). A disqueratose foi<br />
presente em 52% (n=31) e alteração <strong>de</strong> cromatina em 76%<br />
(n=45). O hipercromatismo nuclear esteve em 91% (n=54) e<br />
coilocitose obteve-se expressivos 96% das lâminas estudadas<br />
(n=57). Quando pesquisada a história médica <strong>de</strong> possíveis<br />
alterações relacionadas à ocorrência <strong>de</strong> papilomas, apenas<br />
um caso foi digno <strong>de</strong> nota envolvendo um condiloma peniano.<br />
É lícito concluir que a alteração apresenta características<br />
clínicas e epi<strong>de</strong>miológicas e histológicas padronizadas e na<br />
maioria das vezes, o mesmo perfil clínico.<br />
85-Título: MARCAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA PARA<br />
VIMENTINA E PAN-CITOCERATINA EM CARCINOMAS DE<br />
BOCA POUCO DIFERENCIADOS<br />
Autores: Rhayany LINDENBLATT; José <strong>de</strong> Assis SILVA<br />
JÚNIOR*; Danielle Resen<strong>de</strong> CAMISASCA; Paulo Antônio<br />
Silvestre <strong>de</strong> FARIA; Simone <strong>de</strong> Queiroz Chaves LOURENÇO<br />
Há um espectro <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> diferenciação nos carcinomas<br />
<strong>de</strong> células escamosas (CCE) <strong>de</strong> boca do bem, seguido do<br />
mo<strong>de</strong>radamente e atingindo o pouco diferenciado. O<br />
carcinoma <strong>de</strong> células fusiformes, um subtipo <strong>de</strong>ssa neoplasia,<br />
po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado o extremo <strong>de</strong>sse espectro, com<br />
comportamento mais agressivo e um componente <strong>de</strong> células<br />
fusiformes malignas. Na análise por imuno-histoquímica, as<br />
células epiteliais apresentam imunomarcação para pancitoceratina<br />
em até 85% dos casos, bem como para vimentina<br />
no componente <strong>de</strong> células fusiformes. Consi<strong>de</strong>rando-se o<br />
componente fusiforme responsável pela maior agressivida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sses tumores, o presente estudo avaliou a<br />
imunopositivida<strong>de</strong> para pan-citoceratina e vimentina em 14<br />
casos com áreas <strong>de</strong> CCE pouco diferenciados, <strong>de</strong> 94<br />
pacientes operados <strong>de</strong> CCE <strong>de</strong> boca, em 1999, numa<br />
instituição. Todos os casos apresentaram positivida<strong>de</strong><br />
marcante para citoceratina, e também para vimentina,<br />
focalmente, com marcação fraca em células malignas. Ao<br />
excluir pacientes com margens acometidas, sem<br />
esvaziamento cervical e com acompanhamento inferior a 12<br />
meses, foi feita a análise <strong>de</strong> sobrevida em 53 casos. Dos 7<br />
casos pouco diferenciados, 6 sofreram recidiva e 3 morreram<br />
do câncer. A análise <strong>de</strong> Kaplan-Meier, com o teste <strong>de</strong> log<br />
rank, não mostrou associação significativa entre áreas <strong>de</strong><br />
pouco diferenciado e sobrevida total (p=0,86) ou sobrevida<br />
livre <strong>de</strong> doença (p=0,068). Conclui-se que a marcação para<br />
vimentina e pan-citoceratina não foi suficiente para classificar<br />
um CCE como fusiforme sendo os aspectos clínicos e<br />
morfológicos fundamentais para <strong>de</strong>finir tal entida<strong>de</strong>.<br />
86-Título: LESÕES BUCAIS EM PACIENTES<br />
PEDIÁTRICOS: ESTUDO RETROSPECTIVO DE 620<br />
BIÓPSIAS<br />
Autores: Sergio SARGENTI-NETO*; Rosana ONO; Kelen<br />
Christine do Nascimento SOUZA; Paulo Rogério <strong>de</strong> FARIA;<br />
Adriano Mota LOYOLA<br />
Na Odontologia existem poucos dados sobre as lesões orais<br />
em pacientes pediátricos. Os estudos objetivando este<br />
conhecimento são escassos, limitando-se àqueles <strong>de</strong> caráter<br />
epi<strong>de</strong>miológico <strong>de</strong> base populacional ou a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> casos<br />
clínicos isolados. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi realizar um<br />
estudo epi<strong>de</strong>miológico retrospectivo das doenças bucais em<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
113<br />
ida<strong>de</strong> pediátrica (0 a 14 anos), baseado no levantamento<br />
dos diagnósticos <strong>de</strong> laudos histopatológicos no período entre<br />
1978 e 2004 e classificados utilizando os critérios <strong>de</strong><br />
Happonen et al (1982) modificado. Para tanto, foram<br />
levantados 7292 casos, <strong>de</strong>ste total, 620 biópsias, satisfizeram<br />
os critérios da faixa etária limítrofe e <strong>de</strong> situarem-se nos<br />
tecidos bucais. Os resultados mostraram que a maioria dos<br />
casos se concentrou entre 10-14 anos (375/620), o sexo<br />
feminino foi o mais afetado (356/620) e o lábio inferior foi a<br />
localização mais freqüente (198/620). As lesões distribuíramse<br />
entre lesões hiperplásicas e reacionais <strong>de</strong> tecidos moles<br />
(20,2%); tumores benignos dos tecidos moles (7,0%); lesões<br />
da mucosa oral (3,4%); cistos dos maxilares e tecidos moles<br />
orais (14,4%); doenças periapicais e cicatriz fibrosa (4,2%);<br />
tumores odontogênicos (6,1%); lesões ósseas (2,7%); lesões<br />
<strong>de</strong> glândulas salivares (35,5%); lesões malignas (0,9%) e<br />
espécimes <strong>de</strong>ntais e tecidos normais (5,5%). As doze lesões<br />
mais freqüentes foram responsáveis por 74% <strong>de</strong> toda a<br />
amostra. A mucocele foi a entida<strong>de</strong> mais prevalente (33,7%)<br />
em todo o estudo seguida pelo cisto <strong>de</strong>ntígero (6,8%) e<br />
hiperplasia fibrosa (5,3%).<br />
87-Título: ESTUDO COMPARATIVO DA EXPRESSÃO DA<br />
CASPASE 3 CLIVADA EM LESÕES HIPERPLÁSICAS,<br />
CANCERIZÁVEIS E CARCINOMAS BUCAIS<br />
Autores: Ana Flávia SCHUELER <strong>de</strong> Assumpção Leite*;<br />
Vagner Gonçalves BERNARDO; José <strong>de</strong> Assis SILVA<br />
JÚNIOR; Eliene Carvalho da FONSECA; Simone <strong>de</strong> Queiroz<br />
Chaves LOURENÇO<br />
Alterações moleculares que impe<strong>de</strong>m a apoptose fisiológica<br />
estão relacionadas à carcinogênese bucal. Durante esse<br />
processo <strong>de</strong> morte celular ocorre a ativação das caspases,<br />
sendo a proteína caspase 3 a principal efetora na cascata<br />
da apoptose. O estudo da caspase 3 clivada (c-cas-3) nas<br />
lesões cancerizáveis e nos carcinomas bucais po<strong>de</strong>m auxiliar<br />
no conhecimento da etiopatogenia <strong>de</strong>ssas lesões,<br />
melhorando seu tratamento e prognóstico. Esse estudo<br />
avaliou a expressão da c-cas-3 em lesões hiperplásicas,<br />
cancerizáveis e carcinomas. Foram selecionados 20 blocos<br />
parafinados <strong>de</strong> cada lesão: hiperplasia fibrosa inflamatória<br />
intra-bucal e do lábio inferior; queilite actínica e leucoplasia<br />
intra-bucal e carcinoma <strong>de</strong> células escamosas intra-bucal e<br />
do lábio inferior. A técnica <strong>de</strong> imuno-histoquímica realizada<br />
utilizou o anticorpo anti-c-cas-3, sendo os resultados<br />
avaliados quantitativamente utilizando o Software Image Proplus<br />
4,5 (área imunopositiva/área total do epitélio analisada<br />
= Índice <strong>de</strong> área apoptótico - IAA) e estatisticamente. Foi<br />
observada uma correlação entre o IAA e o grupo <strong>de</strong> lesões<br />
estudadas. Os carcinomas bucais apresentaram IAA<br />
superiores às <strong>de</strong>mais lesões e as lesões cancerizáveis<br />
obtiveram IAA maiores, embora não estatisticamente<br />
significativa, que as hiperplasias. Os carcinomas em lábio<br />
inferior obtiveram menor IAA que os intra-bucais. Esses<br />
resultados indicam que a apoptose acontece em proporções<br />
diferentes <strong>de</strong> acordo com o tipo <strong>de</strong> lesão e com os fatores<br />
etiológicos, sendo necessárias mais investigações para sua<br />
aplicação como fator prognóstico.<br />
88-Título: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA RETROSPECTIVA<br />
DE LESÕES BUCAIS DIAGNOSTICADAS HISTOPATO-<br />
LOGICAMENTE.<br />
Autores: Felipe Rodrigues <strong>de</strong> MATOS*; Ana Terezinha<br />
Marques MESQUITA; Nádia Lages LIMA; Mireile São Geraldo<br />
dos Santos SOUZA; João Luiz <strong>de</strong> MIRANDA<br />
O objetivo <strong>de</strong>sse trabalho foi realizar um levantamento<br />
epi<strong>de</strong>miológico dos dados contidos nas fichas <strong>de</strong> biópsias e<br />
seus respectivos laudos histopatológicos arquivados entre<br />
1986 e 2006 no Laboratório <strong>de</strong> Patologia. De um total <strong>de</strong><br />
3100 fichas, 1989 eram <strong>de</strong> amostras teciduais intrabucais e<br />
966 extrabucais, sendo que 145 não <strong>de</strong>screviam a localização