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Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

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mandíbula à esquerda. Apresentou aspecto fistuloso em<br />

rebordo, na região do 35/36. Mantida sob controle clínico,<br />

após quatro meses evoluiu com dor, a qual piorou nos meses<br />

seguintes, quando ocorreu aumento volumétrico <strong>de</strong> 40mm<br />

<strong>de</strong> extensão com apagamento do sulco vestibular. Nesta<br />

ocasião a mucosa apresentava coloração normal, resiliente<br />

á palpação, evi<strong>de</strong>nciando-se discreta exposição óssea na<br />

região da fístula, acompanhada <strong>de</strong> dor pulsátil e contínua.<br />

Em exame radiográfico panorâmico apresentou imagem<br />

radiolúcida <strong>de</strong> contorno difuso em corpo <strong>de</strong> mandíbula<br />

esquerda. Com a suspeita <strong>de</strong> tumor metastático foi executada<br />

biópsia incisional, cuja análise anatomo-patológica revelou<br />

fragmento <strong>de</strong> tecido ósseo sem vitalida<strong>de</strong> circundado por<br />

colônias bacterianas e tecido conjuntivo <strong>de</strong>nso exibindo um<br />

intenso infiltrado inflamatório mononuclear com coleções<br />

neutrofílicas, compatível com osteonecrose associada ao uso<br />

<strong>de</strong> bifosfonato. Diante <strong>de</strong>ste resultado a terapêutica foi<br />

modificada e a paciente segue sob proservação, <strong>de</strong>stacandose<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> controle dos pacientes submetidos a<br />

terapia com bifosfonatos.<br />

68-Título: TRATAMENTO CIRÚRGICO DE MIXOMA<br />

ODONTOGÊNICO: RELATO DE CASO<br />

Autores: Pietro MAINENTI*; Rodrigo Dias NASCIMENTO*;<br />

Fernando Augusto Cervantes Garcia <strong>de</strong> SOUSA; Elaine Dias<br />

do CARMO; Luiz Eduardo Blumer ROSA<br />

Os mixomas odontogênicos são neoplasias intra-ósseas<br />

maxilo-mandibulares que acometem adultos jovens em uma<br />

média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 30 anos. Paciente G.R.H., 16 anos, gênero<br />

masculino, melano<strong>de</strong>rma, foi encaminhado pelo ortodontista<br />

para exodontia do <strong>de</strong>nte 38 incluso e assintomático. Foi<br />

solicitada a radiografia panorâmica para planejamento da<br />

exodontia, na qual se constatou lesão radiolúcida entre os<br />

<strong>de</strong>ntes 37 e 38. O paciente foi submetido à punção aspirativa,<br />

sendo o resultado negativo para líquido, e à biópsia incisional<br />

com exodontia do <strong>de</strong>nte 38. O material coletado foi enviado a<br />

um laboratório <strong>de</strong> patologia bucal. O laudo revelou lesão<br />

compatível com mixoma odontogênico. Novos exames <strong>de</strong><br />

imagem foram solicitados para avaliar a extensão da lesão<br />

para a região <strong>de</strong> furca do <strong>de</strong>nte 37. Por meio <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong><br />

tomografia computadorizada verificou-se extensão da lesão<br />

para a região <strong>de</strong> periápice do segundo molar. Assim sendo,<br />

o paciente foi submetido a novo procedimento cirúrgico para<br />

exodontia <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>nte e à enucleação, com curetagem<br />

marginal, da lesão remanescente. O pós-operatório não<br />

revelou intercorrências. O material coletado, na segunda<br />

cirurgia, também foi enviado para exame histopatológico no<br />

qual se confirmou o diagnóstico <strong>de</strong> lesão neoplásica benigna<br />

compatível com mixoma odontogênico. O paciente encontrase<br />

sob controle clínico e radiográfico há 18 meses, sendo<br />

possível verificar a reparação óssea pelos exames <strong>de</strong> imagem.<br />

As consultas periódicas se mostram <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância<br />

pós-operatória <strong>de</strong>vido à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrência da lesão.<br />

69-Título: CISTO ODONTOGÊNICO CALCIFICANTE COM<br />

PROLIFERAÇÃO AMELOBLASTOMATOSA NA PAREDE:<br />

RELATO DE CASO CLÍNICO<br />

Autores: Danielle CAMISASCA *; Danielle CASTEX Con<strong>de</strong>;<br />

Adriana Raymundo BEZERRA; Daniela OTERO Pereira da<br />

Costa *; Simone Queiroz Chaves LOURENÇO<br />

O cisto odontogênico calcificante foi primeiramente <strong>de</strong>scrito<br />

por Gorlin e col, em 1962. Des<strong>de</strong> então, inúmeras<br />

classificações e nomenclaturas foram propostas, retratando<br />

as discussões em torno da sua natureza neoplásica ou<br />

cística e suas variantes histopatológicas. Em 2005, a OMS<br />

<strong>de</strong>nominou a variante cística <strong>de</strong> tumor odontogênico cístico<br />

calcificante e a variante sólida <strong>de</strong> tumor <strong>de</strong>ntinogênico <strong>de</strong><br />

células fantasmas, embora consi<strong>de</strong>re ambas <strong>de</strong> natureza<br />

neoplásica. Em classificações anteriores foi citada uma<br />

variante ameloblastomatosa, on<strong>de</strong> se observa uma<br />

XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />

34<br />

proliferação semelhante a um ameloblastoma na pare<strong>de</strong><br />

cística, a qual não tem sido relacionada com piora no<br />

prognóstico. Relata-se o caso <strong>de</strong> um paciente do sexo<br />

masculino, 25 anos, assintomático, apresentando em<br />

radiografia panorâmica para início <strong>de</strong> tratamento<br />

odontológico, uma lesão radiolúcida, unilocular, com 3,5 cm<br />

em seu maior diâmetro, localizada na distal do elemento 47,<br />

o qual apresentava vitalida<strong>de</strong>. As hipóteses diagnósticas<br />

foram: ameloblastoma unicístico e tumor odontogênico<br />

ceratocístico. O resultado histopatológico do material obtido<br />

em biópsia excisional foi <strong>de</strong> cisto odontogênico calcificante<br />

com proliferação ameloblastomatosa na pare<strong>de</strong> cística. Há<br />

poucos casos semelhantes a esse <strong>de</strong>scritos na literatura,<br />

sendo importante sua divulgação para ampliar o<br />

conhecimento da evolução e comportamento <strong>de</strong>ssa lesão.<br />

70-Título: ASPERGILOSE INTRA-ÓSSEA.<br />

Autores: Lília Alves ROCHA*; Alan Roger dos Santos SILVA;<br />

Adriele Ferreira GOVÊA; Ricardo Della COLETTA; Jacks<br />

JORGE Júnior<br />

A aspergilose é uma doença fúngica que raramente ocorre<br />

em indivíduos imunologicamente competentes. É<br />

consi<strong>de</strong>rada uma doença oportunista capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o<br />

paciente gravemente <strong>de</strong>bilitado, sendo o pulmão o órgão<br />

mais freqüentemente afetado. Os Aspergillus constituem um<br />

grupo <strong>de</strong> fungos filamentosos, sendo as espécies A.<br />

fumigatus, A. flavus, A. niger e A. terreus, as mais<br />

freqüentemente isoladas. Paciente E.S.C, 61 anos, gênero<br />

feminino; foi encaminhada ao serviço <strong>de</strong> diagnóstico oral<br />

para avaliação <strong>de</strong> lesão em região anterior <strong>de</strong> mandíbula,<br />

com hipótese <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> osteomielite. A paciente<br />

relatou que foi submetida a vários procedimentos cirúrgicos<br />

e antibioticoterapia sem resultados significativos. Ao exame<br />

clínico foi observada drenagem <strong>de</strong> material purulento em<br />

região anterior <strong>de</strong> mandíbula. Os exames radiográficos<br />

revelaram reabsorção óssea na região <strong>de</strong> crista alveolar. Foi<br />

realizada a curetagem da área atingida e o material coletado<br />

foi encaminhado para a análise histopatológica, sendo<br />

compatível com aspergilose. A paciente foi encaminhada ao<br />

médico infectologista e o medicamento <strong>de</strong> escolha foi a<br />

anfotericina B, com resolução do caso. A aspergilose intraoral<br />

é rara e as formas agressivas da doença po<strong>de</strong>m atingir<br />

tecidos moles e duros. Apesar das características clínicas<br />

serem sugestivas <strong>de</strong> lesão infecciosa, o diagnostico é<br />

confirmado com o exame histopatológico e microbiológico.<br />

71-Título: FIBROSSARCOMA: RELATO DE CASO CLÍNICO<br />

Autores: Cristina WERKMAN; Carlos Eduardo Dias Colombo;<br />

Rubens Guimarães Filho; Caio Luis Soubria Nunes; Rosilene<br />

Fernan<strong>de</strong>s da Rocha<br />

O fibrossarcoma é uma neoplasia maligna mesenquimal<br />

rara que acomete cabeça e pescoço em 10% dos casos.<br />

Freqüentemente, origina-se em nariz e seios paranasais,<br />

resultando em sintomas obstrutivos. Apresentamos caso<br />

clínico <strong>de</strong> homem, A.M.S., 70 anos, branco, que procurou um<br />

cirurgião-<strong>de</strong>ntista <strong>de</strong>vido queixar-se <strong>de</strong> dor na face em região<br />

do seio maxilar esquerdo, on<strong>de</strong> percebe-se pequeno<br />

aumento <strong>de</strong> volume. O paciente relatou historia <strong>de</strong> dor na<br />

face há 04 anos com diagnóstico <strong>de</strong> sinusite e informou que<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então é tratado para essa doença. O exame extra-oral<br />

não <strong>de</strong>monstrou qualquer achado digno <strong>de</strong> nota e no exame<br />

intra-oral foi observado discreto aumento <strong>de</strong> volume na região<br />

<strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> saco sem fístula, levando a hipótese diagnóstica<br />

<strong>de</strong> cisto. A punção aspirativa da lesão foi negativa para<br />

líquidos. O paciente foi encaminhado para biopsia. Uma<br />

incisão em fundo <strong>de</strong> saco revelou massa sólida da qual foram<br />

removidos fragmentos para exame anatomopatológico.<br />

Observou-se neoplasia mesenquimal constituída por células<br />

fusiformes, com extensas áreas <strong>de</strong> necrose. As células<br />

neoplásicas apresentavam pleomorfismo mo<strong>de</strong>rado, discreto

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