Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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(células claras) em um estroma contendo material<br />
semelhante a amilói<strong>de</strong> e áreas <strong>de</strong> calcificação. A lesão foi<br />
tratada por curetagem e tratamento da loja cirúrgica com<br />
ostectomia periférica e solução <strong>de</strong> Carnoy. A paciente<br />
encontra-se em controle clínico e radiográfico após 60 dias<br />
da cirurgia, sem sinais <strong>de</strong> recidiva.<br />
45-Título: HISTOPLASMOSE COMO PRIMEIRA<br />
MANIFESTAÇÃO DA AIDS.<br />
Autores: Fabiana Martins e MARTINS*; Marina Helena Cury<br />
Gallottini <strong>de</strong> MAGALHÃES; Brunno Santos <strong>de</strong> Freitas SILVA*;<br />
Décio dos Santos PINTO JR; Karem López ORTEGA<br />
A histoplasmose é uma doença fúngica que tem como agente<br />
etiológico o Histoplasma capssulatum que tem sido <strong>de</strong>scrita<br />
em associação com a síndrome da imuno<strong>de</strong>ficiência adquirida<br />
(AIDS). Paciente do sexo feminino, 33 anos, feo<strong>de</strong>rma foi<br />
encaminhada para diagnóstico <strong>de</strong> lesões <strong>de</strong> boca com<br />
sintomatologia dolorosa há 15 dias. A paciente <strong>de</strong>clarou ser<br />
soropositiva para o HIV há 2 anos, porém sem<br />
acompanhamento médico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então. Ao exame físico intrabucal<br />
foi constatada a presença <strong>de</strong> múltiplas lesões ulceradas<br />
em palato e rebordo alveolar superior do lado direito e<br />
esquerdo. Com a hipótese <strong>de</strong> diagnóstico <strong>de</strong> infecção fúngica<br />
foi executada biópsia incisional. O material foi fixado em formol<br />
a 10% e foi enviado para análise. Microscopicamente, a lesão<br />
apresentava intenso infiltrado inflamatório mononuclear<br />
predominantemente linfo-plasmocitário, apresentando alguns<br />
macrófagos esparsos, e em colorações especiais foram<br />
i<strong>de</strong>ntificadas leveduras <strong>de</strong> Histoplasma capssulatum. Com o<br />
diagnóstico <strong>de</strong> histoplasmose, a paciente foi encaminhada<br />
para o infectologista. Iniciou terapia antirretroviral, e antifúngica<br />
com Anfotericina, seguida <strong>de</strong> itraconazol. Após 15 dias <strong>de</strong><br />
tratamento, a paciente apresentou ótima resposta terapêutica<br />
com remissão total das lesões <strong>de</strong> boca.<br />
46-Título: LESÃO RECORRENTE NO SEIO MAXILAR – RELATO<br />
DE UM CASO EM PROSERVAÇÃO<br />
Autores: Elen <strong>de</strong> Souza TOLENTINO; Erick Nelo PEDREIRA;<br />
Camila Lopes CARDOSO; Eduardo SANT’ANA; Luís Antônio<br />
<strong>de</strong> Assis TAVEIRA<br />
Paciente <strong>de</strong> 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, do gênero masculino, procurou<br />
a clínica <strong>de</strong> Pós-graduação <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong> da Faculda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Odontologia <strong>de</strong> Bauru-USP, com queixa <strong>de</strong> dor esporádica<br />
na região do seio maxilar esquerdo, parestesia ocasional<br />
nos pré-molares superiores do mesmo lado e aumento <strong>de</strong><br />
volume na região, percebido há cerca <strong>de</strong> 18 meses, quando,<br />
após biópsia no seio maxilar, em outro serviço, o diagnóstico<br />
foi <strong>de</strong> Mucocele. Foi solicitado exame radiográfico do paciente,<br />
baseado na indicação <strong>de</strong> radiografia panorâmica e tomografia<br />
computadorizada em cortes coronais e axiais, com espessura<br />
<strong>de</strong> corte <strong>de</strong> 3 milímetros. Durante a avaliação dos exames<br />
imaginológicos, observou-se imagem hipo<strong>de</strong>nsa com<br />
aumento <strong>de</strong> volume na região <strong>de</strong> soalho e pare<strong>de</strong> lateral <strong>de</strong><br />
seio maxilar. Em razão dos limites anatômicos da lesão, e<br />
da aspiração <strong>de</strong> fluido seroso intra lesional, optou-se por<br />
uma abordagem conservadora, por meio da<br />
marsupialização, na qual seria obtido material significativo<br />
para exame anatomopatológico, além da <strong>de</strong>scompressão<br />
da lesão. Os achados microscópicos revelaram o diagnóstico<br />
final <strong>de</strong> Queratocisto Odontogênico. O paciente apresentase<br />
sobre controle, sem queixas álgicas, sem queixas <strong>de</strong><br />
novas tumefações e controles periódicos, <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong><br />
ser uma lesão com gran<strong>de</strong> potencial <strong>de</strong> recidiva.<br />
47-Título: ODONTOMA COMPLEXO ASSOCIADO A TERCEIRO<br />
MOLAR RETIDO: RELATO DE CASO<br />
Autores: Elen <strong>de</strong> Souza TOLENTINO; Osny FERREIRA JR;<br />
Reinaldo MAZZOTTINI; Alberto CONSOLARO; Ana Lúcia<br />
Álvares CAPELOZZA<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
29<br />
Odontomas são tumores odontogênicos mistos,<br />
diferenciados segundo suas apresentações anatômicas em<br />
odontoma composto e complexo. O odontoma complexo é<br />
mais raro e normalmente apresenta curso evolutivo<br />
assintomático, po<strong>de</strong>ndo ocasionar impacção, mau<br />
posicionamento <strong>de</strong>ntário e aumento <strong>de</strong> volume local. A<br />
terapêutica inclui exérese completa da lesão. Avaliação<br />
histológica é importante, <strong>de</strong>vido à rara possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se<br />
tratar <strong>de</strong> um odontoma ameloblástico. O presente trabalho<br />
apresenta o caso <strong>de</strong> uma paciente <strong>de</strong> 18 anos, encaminhada<br />
por um cirurgião-<strong>de</strong>ntista para avaliação <strong>de</strong> uma lesão na<br />
mandíbula do lado direito. Na imagem radiográfica<br />
panorâmica, observou-se uma extensa área radiopaca<br />
irregular, <strong>de</strong> evolução in<strong>de</strong>terminada, com aproximadamente<br />
5 cm <strong>de</strong> diâmetro, na região <strong>de</strong> corpo e ângulo mandibular<br />
direito. O <strong>de</strong>nte 48 retido e rechaçado para a base da<br />
mandíbula, circunscrito por uma área radiolúcida e <strong>de</strong>nte 47<br />
ausente. Ao exame físico intrabucal, observamos uma<br />
tumefação dura à palpação na superfície lingual <strong>de</strong>sta região.<br />
O diagnóstico presuntivo foi <strong>de</strong> odontoma complexo e cisto<br />
<strong>de</strong>ntígero envolvendo o terceiro molar. O exame microscópico<br />
revelou presença <strong>de</strong> folículo pericoronário envolvendo o <strong>de</strong>nte<br />
48 e, no interior da massa removida, presença <strong>de</strong><br />
conglomerado irregular <strong>de</strong> esmalte, <strong>de</strong>ntina, cemento e tecido<br />
pulpar. O diagnóstico final foi <strong>de</strong> odontoma complexo. A<br />
paciente encontra-se em proservação <strong>de</strong> 5 anos, sem sinais<br />
clínicos e radiográficos <strong>de</strong> recidiva.<br />
48-Título: FIBROMA AMELOBLÁSTICO: RELATO DE CASO<br />
CLÍNICO<br />
Autores: Mônica Diuana CALASANS-MAIA; Daniela OTERO<br />
Pereira da Costa; Ricardo CRUZ; Simone <strong>de</strong> Queiroz Chaves<br />
LOURENÇO; Eliane Pedra DIAS<br />
O fibroma ameloblástico é um tumor odontogênico benigno<br />
representando apenas 2% <strong>de</strong> todos os tumores<br />
odontogênicos. Essa entida<strong>de</strong> acomete predominantemente<br />
pacientes jovens, sem predileção por sexo e raça, com<br />
localização preferencial na mandíbula, na região <strong>de</strong> prémolares<br />
e molares. A lesão apresenta crescimento lento,<br />
contínuo, causando expansão óssea assintomática. Esse<br />
trabalho relata o caso <strong>de</strong> um paciente do sexo masculino,<br />
leuco<strong>de</strong>rma, 8 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sem sintomatologia, referido<br />
ao <strong>de</strong>ntista para tratamento <strong>de</strong> rotina. Na anamnese, não<br />
foram constatadas alterações sistêmicas ou uso <strong>de</strong><br />
medicamentos. Durante o exame clínico intra-bucal verificouse<br />
discreta tumefação na região do elemento 26, ausente ao<br />
exame, sendo solicitado exame radiográfico panorâmico. A<br />
radiografia revelou imagem radiolúcida bem <strong>de</strong>limitada<br />
associada à coroa do <strong>de</strong>nte 26, sugerindo um cisto <strong>de</strong>ntígero.<br />
O exame tomográfico também revelou as mesmas<br />
características. Realizou-se biópsia excisonal da lesão e o<br />
material foi submetido à análise histopatológica.<br />
Macroscopicamente, observou-se um fragmento circunscrito<br />
e encapsulado, medindo 2,5 x 1,5 cm. Ao exame microscópio,<br />
i<strong>de</strong>ntificou-se a presença <strong>de</strong> tecido mesenquimal, lembrando<br />
a papila <strong>de</strong>ntária, junto com a proliferação <strong>de</strong> epitélio<br />
odontogênico, caracterizando o fibroma ameloblástico.<br />
Atualmente, o paciente encontra-se em acompanhamento<br />
clínico-radiográfico não apresentando recidiva da lesão e com<br />
o <strong>de</strong>nte 26 em processo <strong>de</strong> erupção. Esse caso se <strong>de</strong>staca<br />
pela sua rarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> manifestação, sua localização atípica e<br />
diagnóstico diferencial.<br />
49-Título: PERIODONTITE APICAL CRÔNICA POR<br />
CORPÚSCULO DE RUSSEL- RELATO DE CASO<br />
Autores: Clarissa Araújo S. GURGEL; André FREITAS;<br />
Eduardo Antônio Gonçalves RAMOS; Iêda CRUSOÉ-<br />
REBELLO; Jean Nunes dos SANTOS<br />
Os Corpúsculos <strong>de</strong> Russel são acúmulos <strong>de</strong><br />
imunoglobulinas no interior <strong>de</strong> células plasmáticas e linfói<strong>de</strong>s