Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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mucosite oral po<strong>de</strong> causar dor intensa, comprometimento<br />
da nutrição, infecções locais e/ou sistêmicas e até mesmo<br />
interrupção ou modificação do protocolo terapêutico. Este<br />
caso mostra uma paciente do sexo feminino, 10 anos,<br />
portadora <strong>de</strong> leucemia linfói<strong>de</strong> aguda, em tratamento segundo<br />
o protocolo GBTLI-99, que na fase <strong>de</strong> intensificação recebeu<br />
methotrexate (MTX) em alta dose. Foi internada após 72 horas<br />
da quimioterapia com quadro <strong>de</strong> vômitos, <strong>de</strong>sidratada, com<br />
insuficiência renal aguda e mucosite oral severa. Apresentava<br />
dor intensa em cavida<strong>de</strong> oral, sangramento espontâneo e<br />
dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>glutição. Foi realizada higiene oral com<br />
solução antimicrobiana e aplicações diárias <strong>de</strong> laser em<br />
baixa intensida<strong>de</strong> (685 nm; 35 mW; 25J/cm2). As aplicações<br />
foram pontuais em mucosa jugal, ventre lingual, assoalho<br />
bucal e lábios durante 12 dias consecutivos, observando<br />
redução da sintomatologia dolorosa e controle do processo<br />
inflamatório; remissão total das lesões foi observada 20 dias<br />
após inicio da laserterapia. Estudos têm mostrado que o<br />
laser <strong>de</strong> baixa intensida<strong>de</strong> propicia alívio da dor, controle da<br />
inflamação e auxilia no processo <strong>de</strong> cicatrização das lesões<br />
e, <strong>de</strong>sta forma, <strong>de</strong>ve ser utilizado no cuidado bucal ao paciente<br />
oncológico, na prevenção e no tratamento da mucosite oral.<br />
229-Titulo: CISTO DA BIFURCAÇÃO VESTIBULAR: RELATO<br />
DE CASO<br />
Autores: Camilla Borges Ferreira GOMES*; Lucio Mitsuo<br />
KURITA; Renato Luiz Maia NOGUEIRA; Eveline TURATTI;<br />
Roberta Barroso CAVALCANTE<br />
O cisto da bifurcação vestibular é um cisto odontogênico<br />
inflamatório incomum que ocorre, predominantemente, em<br />
crianças ente 6 e 8 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, na face vestibular do<br />
primeiro molar permanente inferior. Várias teorias foram<br />
propostas para explicar a etiopatogênese <strong>de</strong>ste cisto, sendo<br />
a mais aceita, resposta inflamatória à erupção <strong>de</strong>ntária em<br />
torno do tecido folicular. Na maioria dos casos relatados<br />
realiza-se a exodontia do <strong>de</strong>nte envolvido. O presente relato<br />
<strong>de</strong>screve o caso <strong>de</strong> uma criança do sexo feminino, com 7<br />
anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> apresentando lesão indolor em região vestibular<br />
do <strong>de</strong>nte 36 irrompido. Intra-oralmente observou-se aumento<br />
<strong>de</strong> volume recoberto por mucosa íntegra, medindo<br />
aproximadamente 1,0 cm. O exame radiográfico panorâmico<br />
revelou imagem radiolúcida sobreposta a raiz distal e cortes<br />
tomográficos computadorizados <strong>de</strong>monstraram <strong>de</strong>struição da<br />
cortical vestibular. Com a hipótese diagnóstica <strong>de</strong> cisto<br />
periodontal lateral realizou-se, sob anestesia geral, a excisão<br />
da lesão, com a manutenção do <strong>de</strong>nte. O material foi enviado<br />
para exame microscópico o qual revelou cápsula cística<br />
revestida por epitélio pavimentoso estratificado não<br />
ceratinizado exibindo focos <strong>de</strong> hiperplasia e projeções<br />
arciformes, além mo<strong>de</strong>rado infiltrado inflamatório<br />
mononuclear concentrado sob o epitélio. A partir da associação<br />
das características clínicas e histopatológicas foi estabelecido<br />
o diagnóstico <strong>de</strong> cisto da bifurcação vestibular. A paciente<br />
encontra-se em proservação sem sinais <strong>de</strong> recidiva.<br />
230-Título: TRATAMENTO DE FRATURA DE MANDÍBULA<br />
ASSOCIADA A CISTO DENTÍGERO ENVOLVENDO COROA DE<br />
TERCEIRO MOLAR INCLUSO.<br />
Autores: Raquel Medina SAVIANI*; André fioco RONDINO;<br />
Régis Penha PIMENTA*; Cláudio Roberto Pacheco JODAS;<br />
Rubens Gonçalves TEIXEIRA<br />
Os cistos <strong>de</strong>ntígeros são os segundos mais frequentes<br />
cistos odontogênicos do complexo maxilo-facial, é <strong>de</strong>finido<br />
como um cisto que envolve a coroa <strong>de</strong> um <strong>de</strong>nte não irrompido<br />
estando preso ao seu colo na junção amelocementária. O<br />
tratamento <strong>de</strong> eleição para os cistos <strong>de</strong>ntígeros é a excisão<br />
cirúrgica completa, juntamente com o <strong>de</strong>nte envolvido. O caso<br />
clínico apresenta paciente que procurou o Centro <strong>de</strong> Pòs-<br />
Graduação em Odontologia São Leopoldo mandic com<br />
sintomatologia dolorosa em região <strong>de</strong> trígono retro-molar<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
71<br />
esquerdo com drenagem espontânea <strong>de</strong> aspecto amarelo<br />
sanguinolento, ao exame radiográfico notou-se a presença<br />
do <strong>de</strong>nte 38 incluso com coroa envolvida por uma lesão<br />
unilocular, radiolúcida circunscrita por um halo radiopaco.<br />
Foi realizada biópsia incisional tendo como diagnóstico cisto<br />
<strong>de</strong>ntígero. Decidiu-se então pelo tratamento cirúrgico,<br />
enucleação cística e remoção do <strong>de</strong>nte 38 incluso. Após 60<br />
dias o paciente retornou a faculda<strong>de</strong> com queixa <strong>de</strong> trismo,<br />
dor, e<strong>de</strong>ma e parestesia em região <strong>de</strong> ângulo mandibular<br />
esquedo. Foi solicitada uma tomografia computadorizada<br />
Newton 3G e foi verificado a presença <strong>de</strong> fratura patológica<br />
mandibular em região <strong>de</strong> ângulo mandibular esquerdo com<br />
lise óssea na linha <strong>de</strong> fratura sugerindo uma osteomielite.<br />
Foi planejada ressecção em bloco da lesão na região da<br />
fratura e reconstrução da mandíbula com placa reconstrutiva<br />
2.4. O bloco ósseo removido foi encaminhado para análise<br />
anatomopatológica tendo como resultado osteomielite. O<br />
paciente permanece sendo acompanhado e obteve o<br />
restabelecimento <strong>de</strong> suas funções estéticas e funcionais.<br />
231-Título: SARCOMA OSTEOGÊNICO DE MAXILA: RELATO<br />
DE CASO CLÍNICO<br />
Autores: Acir José DIRSCHNABEL*; Marina <strong>de</strong> Oliveira<br />
RIBAS; Cintia Mussi Milani CONTAR; Carla MAFFEI; Magna<br />
THIELE<br />
Os neoplasmas malignos não-odontogênicos dos maxilares<br />
são raros, se comparados com tumores que surgem nos<br />
tecidos moles circunvizinhos. O sarcoma osteogênico é um<br />
tumor mesenquimal maligno cujas células cancerosas<br />
produzem matriz osteói<strong>de</strong>. É o neoplasma ósseo primário<br />
maligno mais comum, ocorrendo principalmente nos ossos<br />
longos e, ocasionalmente, na área maxilofacial, aon<strong>de</strong> 5%<br />
iniciam-se nos ossos maxilares, sendo o corpo da mandíbula,<br />
seio maxilar e processo alveolar da maxila as áreas mais<br />
afetadas. O presente trabalho relata um caso <strong>de</strong> sarcoma<br />
osteogênico na maxila <strong>de</strong> uma jovem <strong>de</strong> 17 anos, feo<strong>de</strong>rma,<br />
que chegou à emergência com aumento <strong>de</strong> volume não<br />
doloroso no lado esquerdo da face, apagamento do sulco<br />
nasolabial e levantamento da asa do nariz. Radiograficamente<br />
apresentava uma lesão osteoproliferativa junto ao corpo da<br />
maxila invadindo o seio maxilar e com extensa reabsorção<br />
das raízes <strong>de</strong>ntárias contíguas. Foi realizada a biópsia<br />
incisional e no exame anátomo-patológico observou-se áreas<br />
basófilas <strong>de</strong> calcificação em meio aos blocos <strong>de</strong> células<br />
neoplásicas e algumas áreas <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> osteói<strong>de</strong>. Com<br />
base nestes dados, foi estabelecido o diagnóstico <strong>de</strong> sarcoma<br />
osteogênico. A paciente foi encaminhada para o serviço <strong>de</strong><br />
oncologia e foi tratada por quimio e radioterapia, seguida <strong>de</strong><br />
cirurgia <strong>de</strong> ressecção <strong>de</strong> hemimaxila e reconstrução com telas<br />
<strong>de</strong> titânio. A mesma sobreviveu por quatro anos, quando então<br />
veio a óbito por metástase cerebral.<br />
232-Titulo: CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE DE CÉLULAS<br />
CLARAS: RELATO DE CASO<br />
Autores: Débora <strong>de</strong> Melo TÁVORA*; Jayara Taline Martins <strong>de</strong><br />
MATOS; Márcia Cristina da Costa MIGUEL; Renato Luiz Maia<br />
NOGUEIRA; Roberta Barroso CAVALCANTE<br />
O carcinoma mucoepi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> é a neoplasia maligna mais<br />
comum das glândulas salivares, ocorrendo entre a segunda<br />
e sétima décadas <strong>de</strong> vida. Caracteristicamente apresenta<br />
células mucosas, epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong>s e intermediárias e apenas<br />
ocasionalmente observa-se predominância <strong>de</strong> células claras.<br />
O prognóstico <strong>de</strong>sta neoplasia está relacionado com a<br />
gradação histológica e a presença <strong>de</strong> células claras indica<br />
baixo grau <strong>de</strong> malignida<strong>de</strong>. Nestes casos, o carcinoma <strong>de</strong><br />
células claras e o carcinoma epitelial-mioepitelial <strong>de</strong>vem ser<br />
consi<strong>de</strong>rados como parte do diagnóstico microscópico<br />
diferencial. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é relatar o caso <strong>de</strong><br />
paciente do sexo feminino, 24 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, com queixa <strong>de</strong><br />
aumento volumétrico associado a leve <strong>de</strong>sconforto na região