25.04.2013 Views

Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

observado presença <strong>de</strong> lesão tumoral em gengiva e mucosa<br />

alveolar nas regiões lingual, distal e vestibular ao 3º molar<br />

inferior, com coloração avermelhada, medindo 4 cm em seu<br />

maior diâmetro, a qual fora submetida à biópsia incisional.<br />

Ao exame histopatológico em HE, foi observado infiltração e<br />

<strong>de</strong>struição do tecido normal, por células pobremente<br />

diferenciadas, com núcleos convolutos, citoplasma <strong>de</strong>nso e<br />

eosinofílico, algumas com características mielomonocíticas.<br />

Ao estudo <strong>de</strong> imuno-histoquímica, observou-se intensa<br />

positivida<strong>de</strong> para CD68, e marcação mo<strong>de</strong>rada para CD45 e<br />

mieloperoxidase, concluindo se tratar <strong>de</strong> um sarcoma<br />

granulocítico, associado à uma LMA-M5. Uma semana após<br />

a biópsia incisional a paciente evoluiu à óbito.<br />

52-Título: OSTEOSSARCOMA INCIPIENTE EM MAXILA<br />

SEMELHANTE CLINICAMENTE A LESÃO FIBRO-ÓSSEA<br />

BENIGNA<br />

Autores: Camila <strong>de</strong> Oliveira RODINI; Tessa Lucena<br />

BOTELHO; Camila <strong>de</strong> Barros GALLO; Norberto Nobuo<br />

SUGAYA; Marília Trierveiler MARTINS<br />

Osteossarcoma é a segunda neoplasia óssea maligna<br />

primária mais freqüente mas é rara nos maxilares,<br />

compreen<strong>de</strong>ndo cerca <strong>de</strong> 6,5% dos casos. Nessa localização<br />

acomete pacientes <strong>de</strong> 10 a 15 anos mais velhos do que<br />

quando atinge ossos longos e apresenta taxa <strong>de</strong> sobrevida<br />

<strong>de</strong> 40% em 5 anos. Paciente do sexo feminino, leuco<strong>de</strong>rma,<br />

18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> que, ao exame clínico, apresentava nódulo<br />

submucoso em maxila esquerda, com dois meses <strong>de</strong><br />

evolução, <strong>de</strong> consistência firme à palpação, pouco<br />

sintomático e com discreto afastamento dos <strong>de</strong>ntes 23 e 24.<br />

A radiografia periapical revelou área <strong>de</strong> radioluci<strong>de</strong>z difusa<br />

mal <strong>de</strong>limitada, esten<strong>de</strong>ndo-se da distal do 21 até a mesial<br />

do 25, e com aumento do espaço do ligamento periodontal<br />

do <strong>de</strong>nte 23. Com a hipótese clínica <strong>de</strong> lesão fibro-óssea<br />

benigna foi realizada biópsia incisional. O exame<br />

histopatológico revelou neoplasia maligna <strong>de</strong> origem<br />

mesenquimal caracterizada pela proliferação <strong>de</strong> células com<br />

aspecto variando <strong>de</strong> oval a fusiforme e estrelar, exibindo<br />

pleomorfismo, hipercromatismo e mitoses atípicas, além <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> osteói<strong>de</strong>, tendo sido diagnosticada como<br />

osteossarcoma. Proce<strong>de</strong>u-se, então, à ressecção em bloco<br />

da maxila esquerda e quimioterapia adjuvante. Após 7 meses<br />

a paciente prossegue sem recidiva. A recorrência local dos<br />

osteossarcomas dos maxilares é a principal causa <strong>de</strong> óbito<br />

dos pacientes, sendo que o diagnóstico precoce e a excisão<br />

cirúrgica associada à quimioterapia adjuvante aumentam as<br />

taxas <strong>de</strong> sobrevida.<br />

53-Título: LEISHMANIOSE MUCOCUTÂNEA ORAL. RELATO<br />

DE UM CASO.<br />

Autores: Marco Antônio Portela ALBUQUERQUE; Tatiana<br />

Nayara LIBÓRIO dos Santos; Fábio DAUMAS Nunes; Marise<br />

CAMACHO<br />

Paciente do gênero masculino, 28 anos, feo<strong>de</strong>rma,<br />

apresentou-se com a queixa <strong>de</strong> uma úlcera no lábio inferior<br />

com 3 semanas <strong>de</strong> evolução. Relatou que a lesão apresentou<br />

um crescimento bastante rápido e contínuo, tendo ela surgido<br />

após uma picada <strong>de</strong> um inseto no lábio. À oroscopia observouse<br />

uma úlcera recoberta por uma crosta hemorrágica,<br />

medindo aproximadamente 2,5cm associada a e<strong>de</strong>ma e<br />

inflamação do lábio inferior e <strong>de</strong>scarga purulenta. À ectoscopia<br />

foi observado linfonodos submandibulares com<br />

características inflamatórias. Com a hipótese diagnóstica <strong>de</strong><br />

Leishmaniose Mucocutânea foi realizado biópsia incisional<br />

da lesão, sendo que o anatomopatológica revelava lâmina<br />

própria constituída por tecido <strong>de</strong> granulação apresentando<br />

intenso infiltrado inflamatório misto, permeado por<br />

numerosos grânulos basofílicos, interpretados como<br />

amastigotas do protozoário Leishmania. O paciente foi<br />

também submetido à intra<strong>de</strong>rmorreação <strong>de</strong> Montenegro com<br />

XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />

16<br />

resultado positivo. O PCR da peça foi processado sendo<br />

positivo para Leishmania. Com a confirmação do diagnóstico<br />

<strong>de</strong> Leishmaniose Mucocutânea o tratamento proposto para<br />

o paciente foi Antimoniato <strong>de</strong> Meglumina sistêmico durante<br />

30 dias consecutivos e intermitentes. Houve cicatrização<br />

completa da úlcera do lábio inferior sem sinais <strong>de</strong> recidiva<br />

da doença após 6 meses <strong>de</strong> acompanhamento. O <strong>de</strong>staque<br />

do caso resi<strong>de</strong> na infreqüência <strong>de</strong> manifestações bucais<br />

<strong>de</strong>sta patologia, <strong>de</strong>vendo o diagnóstico diferencial ser sempre<br />

consi<strong>de</strong>rado quando observamos ulcerações inespecíficas<br />

em pacientes resi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> regiões endêmicas para<br />

Leishmaniose.<br />

54-Título: CONDROSARCOMA EM MANDÍBULA: RELATO DE<br />

CASO CLÍNICO<br />

Autores: Rodrigo Calado Nunes e SOUZA*; José Higino<br />

STECK*; E<strong>de</strong>r Magno Ferreira OLIVEIRA; Andrea MANTESSO<br />

Paciente M.S.F., gênero feminino, 44 anos, procurou nosso<br />

serviço em 2003 com queixa <strong>de</strong> abaulamento ósseo em<br />

região <strong>de</strong> parassínfise mandibular direita com evolução <strong>de</strong> 4<br />

meses, causando <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> facial. Ao exame clínico<br />

notava-se aumento <strong>de</strong> volume ósseo também em região intraoral<br />

com apagamento <strong>de</strong> fundo <strong>de</strong> sulco, mas sem<br />

<strong>de</strong>slocamento dos <strong>de</strong>ntes. A imagem radiográfica<br />

<strong>de</strong>monstrava lesão radiotransparente preenchida por zonas<br />

<strong>de</strong> calcificação e sem bordas <strong>de</strong>finidas. O resultado da<br />

biópsia incisional foi <strong>de</strong> condrosarcoma grau I histológico. A<br />

paciente foi submetida a uma hemimandibulectomia com<br />

reconstrução imediata com placa 2.4 previamente moldada<br />

em mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> prototipagem. Em virtu<strong>de</strong> da invasão muscular<br />

e da pele pelo tumor, foi necessária a rotação <strong>de</strong> retalho<br />

peitoral para fechamento da ferida cirúrgica. Conjuntamente<br />

ao tratamento cirúrgico foi realiza radioterapia. No 3º ano pósoperatório<br />

a paciente apresentou infecção local na placa <strong>de</strong><br />

reconstrução não responsiva ao tratamento com antibóticos<br />

e irrigação e sinais <strong>de</strong> recidiva do tumor em exame<br />

tomográfico. Foi então realizada exérese da lesão recidivante<br />

e remoção placa <strong>de</strong> reconstrução com rotação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

dorsal. A paciente realizou ainda 3 sessões <strong>de</strong> quimioterapia,<br />

não sendo possível continuida<strong>de</strong> do tratamento em virtu<strong>de</strong><br />

da imunossupressão severa. O diagnóstico histopatológico<br />

foi <strong>de</strong> condrosarcoma grau II com infiltração perineural e sem<br />

metástase. Atualmente a paciente apresenta-se em<br />

tratamento com quadro <strong>de</strong> recidiva com envolvimento do<br />

mastói<strong>de</strong> e pare<strong>de</strong> lateral/posterior <strong>de</strong> seio maxilar.<br />

55-Título: MIOEPITELIOMA DE CÉLULAS PLASMOCI-TÓIDES:<br />

RELATO DE CASO CLÍNICO<br />

Autores: Sofia Paiva <strong>de</strong> ARAÚJO ; Ana Terezinha Marques<br />

MESQUITA; Cássio Roberto Rocha dos SANTOS; João Luiz<br />

<strong>de</strong> MIRANDA; Jorge Esquiche LEÓN<br />

O mioepitelioma é um tumor benigno raro das glândulas<br />

salivares, freqüentemente localizado na parótida, ou intraoralmente<br />

nas glândulas salivares menores, e composto<br />

predominante ou inteiramente <strong>de</strong> células mioepiteliais.<br />

Paciente do gênero feminino, melano<strong>de</strong>rma, 20 anos,<br />

encaminhada pelo seu cirurgião-<strong>de</strong>ntista para avaliação <strong>de</strong><br />

um nódulo no palato. Durante a anamnese, a paciente relatou<br />

que a lesão era indolor e apresentava seis anos <strong>de</strong> evolução.<br />

Ao exame extrabucal, não se evi<strong>de</strong>nciou alteração clínica. Ao<br />

exame intrabucal, observou-se um nódulo arredondado, <strong>de</strong><br />

coloração esbranquiçada, base séssil e consistência<br />

borrachói<strong>de</strong>, localizado no palato duro. A punção aspirativa<br />

foi negativa para líquido. Clinicamente, suspeitou-se <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>noma pleomórfico ou neoplasia maligna <strong>de</strong> glândula<br />

salivar. Foi realizada uma biópsia incisional e o espécime foi<br />

fixado em formol a 10% e encaminhado para exame<br />

histopatológico. Microscopicamente, foram observadas<br />

células arredondadas, com núcleos excêntricos, citoplasma<br />

abundante e eosinofílico, conhecidas por células hialinas,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!