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Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

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Hoje se sabe que este quadro clínico está presente em<br />

diferentes grupos étnicos. O termo “Doença <strong>de</strong> Heck” foi<br />

estabelecido em homenagem ao Dr. John Heck que<br />

i<strong>de</strong>ntificou esta condição em 1961. Os locais <strong>de</strong> predileção<br />

para esta lesão são as superfícies ceratinizadas e não<br />

ceratinizadas, observa-se ainda relação com tipos <strong>de</strong><br />

papilomavírus humano (HPV). Este relato <strong>de</strong> caso clínico tem<br />

como objetivo apresentar as características clínicas e<br />

histopatológicas <strong>de</strong> uma paciente do sexo feminino, 18 anos<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> índios potiguares, que ao exame<br />

clínico foi constatada a presença <strong>de</strong> nódulos <strong>de</strong> superfície<br />

lisa, em sua maioria séssil embora alguns se<br />

apresentassem pediculados, exibindo formas arredondadas<br />

on<strong>de</strong> muitos coalesciam, com coloração variada entre áreas<br />

esbranquiçadas, a áreas exibindo mesma coloração da<br />

mucosa. O exame histopatológico confirmou a hipótese<br />

clínica <strong>de</strong> Doença <strong>de</strong> Heck. Neste caso optamos em fazer o<br />

acompanhamento da paciente, visto que há relatos na<br />

literatura <strong>de</strong> regressão espontânea após meses ou anos e<br />

parece não haver potencial <strong>de</strong> transformação maligna;<br />

ficando a excisão cirúrgica indicada para fins <strong>de</strong> diagnóstico,<br />

estéticos, ou quando estas lesões interferirem na função<br />

mastigatória ou forem constantemente submetidas a trauma,<br />

já que a recorrência é mínima.<br />

190-Título: MANCHA FACTÍCIA – RELATO DE CASO EM<br />

PROSERVAÇÃO<br />

Autores: Camila Lopes CARDOSO; Letícia Rodrigues NERY;<br />

Florence Zumbaio MISTRO; Sérgio KIGNEL<br />

A mancha factícia é provocada <strong>de</strong> forma involuntária e<br />

inconsciente, por um hábito comum e rotineiro do paciente,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser causado por um transtorno psiquiátrico. Não é<br />

comum relatos <strong>de</strong> caso clínico na literatura, por isso uma<br />

anamnese <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>ve ser realizada para um diagnóstico<br />

final correto. Paciente melano<strong>de</strong>rma, 23 anos, sexo feminino,<br />

proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Araras/SP, procurou a clínica <strong>de</strong> estomatologia<br />

com queixa principal <strong>de</strong> “bolhas na boca há 2 meses”. Relatou<br />

que a primeira vez que notou, estava na praia e tinha tomado<br />

caipirinha e também que ao ingerir cebola, sente sua gengiva<br />

e lábios incharem. A lesão regrediu espontaneamente,<br />

voltando a ter recidiva. Nos antece<strong>de</strong>ntes mórbidos, paciente<br />

relata ser muito nervosa e ansiosa. Nos hábitos e vícios, é<br />

tabagista á 12 anos. Ao exame físico extrabucal observou-se<br />

mancha acastanhada retilínea e contínua na região peribucal,<br />

e múltiplas manchas acastanhadas na mucosa labial<br />

superior e inferior. As lesões eram assintomáticas. A hipótese<br />

<strong>de</strong> diagnóstico foi <strong>de</strong> mácula melanótica. Foi realizada biópsia<br />

incisional das lesões, com diagnóstico final confirmando a<br />

hipótese <strong>de</strong> diagnóstico. Porém, durante a proservação do<br />

caso, observou-se mudança clínica em algumas máculas,<br />

com quadros clínicos <strong>de</strong> remissão e exacerbação das<br />

mesmas, notando-se que a paciente tinha o vício <strong>de</strong> ume<strong>de</strong>cer<br />

seus lábios com a língua. Assim o diagnóstico clínico foi <strong>de</strong><br />

mancha factícia, e a terapêutica proposta foi à utilização <strong>de</strong><br />

uma pomada a base <strong>de</strong> vaselina/lanolina e glicerina, e<br />

remoção do vício. As lesões regrediram num prazo <strong>de</strong> 9 meses<br />

<strong>de</strong> proservação.<br />

191-Título: DOENÇA DE HECK: RELATO DE CASO<br />

Autores: Marta Rabello PIVA*; Cristina Ruan F <strong>de</strong> ARAÚJO;<br />

Liane Maciel A SOUZA; Paulo Nand KUMAR; Lélia Batista <strong>de</strong><br />

SOUZA<br />

A doença <strong>de</strong> Heck é uma condição rara que ocorre na mucosa<br />

oral <strong>de</strong> indivíduos jovens <strong>de</strong> certos grupos raciais e está<br />

etiologicamente relacionada com o Papilomavirus Humano,<br />

sendo confundida com outras lesões <strong>de</strong>sta natureza, mais<br />

comuns na cavida<strong>de</strong> oral. Essa patologia é caracterizada por<br />

múltiplas lesões papilomatosas que, no caso aqui <strong>de</strong>scrito,<br />

ocorreu em uma paciente <strong>de</strong> 13 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, envolvendo a<br />

região intra-oral dos lábios superior e inferior, incluindo as<br />

XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />

62<br />

comissuras. Embora as lesões possam regredir<br />

espontaneamente, a remoção cirúrgica daquelas que<br />

comprometiam a estética foi efetivada. Apoio CNPq.<br />

192-Título: FIBROMATOSE GENGIVAL HEREDITÁRIA – RELATO<br />

DE CASOS DE DOIS CASOS<br />

Autores: Ana Claudia Santos <strong>de</strong> Azevedo IZIDORO*; Fábio<br />

Alves IZIDORO*; Andressa Marafon SEMPREBOM; Roberta<br />

Targa STRAMANDINOLI; Luciana FERREIRA<br />

A fibromatose gengival hereditária (FGH) é uma condição<br />

bucal rara (1:750.000), <strong>de</strong> herança autossômica dominante<br />

ou recessiva, caracterizada clinicamente pelo crescimento<br />

gengival contínuo e progressivo, indolor, não hemorrágico,<br />

que po<strong>de</strong> recobrir total ou parcialmente as coroas dos <strong>de</strong>ntes.<br />

Sem predileção por sexo, po<strong>de</strong> variar a sua expressão <strong>de</strong><br />

leve a grave em indivíduos <strong>de</strong> uma mesma família. O aumento<br />

gengival é proveniente <strong>de</strong> hiperplasia não inflamatória dos<br />

componentes do tecido conjuntivo, os eventos moleculares<br />

que levam a esse aumento ainda não são totalmente<br />

conhecidos. De acordo com a literatura consultada, a<br />

presença do <strong>de</strong>nte é necessária para que a condição ocorra.<br />

Este painel <strong>de</strong>screve dois casos afetando irmãos, um menino<br />

<strong>de</strong> 6 anos e uma menina <strong>de</strong> 15 anos, da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Curitiba,<br />

Paraná. Ambos apresentavam FGH generalizada, com dois<br />

terços das coroas recobertos por gengiva fibrótica. A mãe<br />

relatou ter sido portadora da forma grave da doença, e que<br />

como antes residia no interior, teve como tratamento a<br />

extração dos <strong>de</strong>ntes e a colocação <strong>de</strong> prótese total. O menino<br />

necessitava <strong>de</strong> tratamento restaurador e a menina tratamento<br />

ortodôntico. O tratamento instituído foi uma associação <strong>de</strong><br />

gengivectomia e gengivoplastia por quadrantes, possibilitando<br />

a realização dos procedimentos necessários. Amostras foram<br />

enviadas para exame anatomopatológico, confirmando o<br />

diagnóstico clínico <strong>de</strong> FGH. A família recebeu orientações sobre<br />

o caráter familial da doença e vem sendo acompanhada<br />

periodicamente, <strong>de</strong>vido à tendência <strong>de</strong> recidivas.<br />

193-Título: RESOLUÇÃO ESPONTÂNEA DE LESÃO CENTRAL<br />

DE CÉLULAS GIGANTES APÓS BIÓPSIA INCISIONAL: RELATO<br />

DE CASO CLÍNICO<br />

Autores: Paulo Henrique Couto SOUZA; Soraya <strong>de</strong> Azambuja<br />

BERTI*; Elcy Pinto ARRUDA; Fernando Henrique<br />

WESTPHALEN; Wilson Denis MARTINS<br />

A lesão central <strong>de</strong> células gigantes é uma lesão intra-óssea,<br />

sendo que a maioria dos casos acomete a mandíbula. A<br />

característica histopatológica mais comum é a presença <strong>de</strong><br />

células gigantes multinucleadas, circundadas por múltiplas<br />

células mesenquimais. Será relatado o caso <strong>de</strong> clínico <strong>de</strong><br />

uma paciente <strong>de</strong> 53 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, sexo feminino,<br />

leuco<strong>de</strong>rma, com queixa <strong>de</strong> lesão intrabucal assintomática,<br />

há mais <strong>de</strong> 6 meses. O exame físico intrabucal revelou um<br />

nódulo em rebordo alveolar inferior direito, correspon<strong>de</strong>nte à<br />

região dos <strong>de</strong>ntes 43, 44 e 45 ausentes, <strong>de</strong> coloração<br />

vermelho-escura, medindo cerca <strong>de</strong> 1,5cm, com base séssil.<br />

A radiografia panorâmica revelou uma área radiolúcida, bem<br />

<strong>de</strong>limitada, medindo aproximadamente 4,0cm. Realizou-se<br />

uma biópsia incisional com confirmação histopatológica para<br />

lesão central <strong>de</strong> células gigantes. Após avaliação<br />

endocrinológica, para <strong>de</strong>scartar o tumor marrom do<br />

hiperparatireoidismo, solicitou-se uma nova radiografia, para<br />

a remoção completa da lesão, que evi<strong>de</strong>nciou áreas <strong>de</strong><br />

radiopacida<strong>de</strong> compatíveis com reparação óssea no local<br />

da biópsia. Proce<strong>de</strong>u-se a remoção cirúrgica apenas do<br />

nódulo e, uma nova biópsia incisional no mesmo local da<br />

primeira intervenção. O diagnóstico histopatológico confirmou<br />

novamente a presença <strong>de</strong> lesão central <strong>de</strong> células gigantes<br />

para o nódulo e, <strong>de</strong> tecido ósseo normal para região<br />

anteriormente acometida pela lesão. A paciente encontra-se<br />

em acompanhamento há 3 anos.

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