Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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GONÇALVES; Valfrido Antonio Pereira FILHO ; Maria Regina<br />
SPOSTO; Cláudia Maria NAVARRO<br />
A Histoplasmose é uma infecção fúngica crônica causada<br />
pelo Histoplasma capsulatum, aparecendo como uma<br />
infecção oportunista em pacientes imunossuprimidos. O<br />
objetivo <strong>de</strong>ste é relatar um caso <strong>de</strong> histoplasmose em<br />
paciente com AIDS. Paciente J.A.M., 49 anos, gênero<br />
masculino, fumante e usuário <strong>de</strong> drogas. Compareceu ao<br />
Serviço <strong>de</strong> Medicina Bucal (SMB), com queixa <strong>de</strong> dor na<br />
gengiva que o impedia <strong>de</strong> se alimentar há 40 dias,<br />
apresentando emagrecimento acentuado e tosse. O paciente<br />
relatou usar antibióticos por conta própria. No exame clínico<br />
extrabucal foram <strong>de</strong>tectados linfonodos infartados e febre<br />
alta. No exame intrabucal observou-se úlcera <strong>de</strong> leito necrótico,<br />
<strong>de</strong> bordas elevadas e eritematosas no palato e gengiva.<br />
Po<strong>de</strong>-se visualizar também candidose no palato mole<br />
exten<strong>de</strong>ndo-se para orofaringe. Foram solicitados exames<br />
laboratoriais para pesquisa <strong>de</strong> HIV, sorologia para fungos,<br />
cultura e exame micológico direto da lesão da boca. Como o<br />
paciente se apresentava muito <strong>de</strong>bilitado e confuso, foi<br />
solicitada hospitalização para a realização <strong>de</strong> biópsia e<br />
<strong>de</strong>mais exames complementares. A biópsia revelou infiltrado<br />
inflamatório crônico sugestivo <strong>de</strong> Paracoccidioidomicose, a cultura<br />
e sorologia mostraram a presença <strong>de</strong> infecção por Histoplasma<br />
capsulatum. Foi confirmada também a infecção pelo HIV. O<br />
paciente foi mantido em regime hospitalar sob os cuidados <strong>de</strong><br />
médico infectologista. Esse caso ilustra a importância das lesões<br />
bucais para diagnóstico <strong>de</strong> doenças sistêmicas graves como<br />
a AIDS, em paciente com infecção oportunista.<br />
134-Título: ADENOMA PLEOMÓRFICO EM PALATO MOLE:<br />
ASPECTO CLÍNICO, RADIOGRÁFICO E HISTOPATOLÓGICO.<br />
Autores: Estevam Rubens UTUMI; Camila Eduarda ZAMBON;<br />
Irineu Grenanin PEDRON; Marcelo Gusmão Paraíso<br />
CAVALCANTI; André Caroli ROCHA<br />
-A<strong>de</strong>noma pleomórfico (AP) é a neoplasia <strong>de</strong> glândula salivar<br />
mais freqüente. A lesão apresenta-se como uma massa firme<br />
<strong>de</strong> crescimento lento e indolor. po<strong>de</strong> ocorrer em qualquer<br />
ida<strong>de</strong>, sendo mais comum em adultos jovens entre 30 e 50<br />
anos. O sítio intraoral mais comum é o palato, seguido do<br />
lábio superior, mucosa jugal, assoalho <strong>de</strong> boca, língua e<br />
área retromolar. Paciente gênero feminino, 36 anos,<br />
melano<strong>de</strong>rma, foi encaminhado para avaliação <strong>de</strong> lesão<br />
indolor em palato com história <strong>de</strong> 5 anos <strong>de</strong> evolução. Ao<br />
exame físico intra-oral, foi observado um nódulo localizado<br />
em palato mole, lateralmente ao plano mediano à esquerda,<br />
medindo cerca <strong>de</strong> 3 cm <strong>de</strong> diâmetro e com mucosa <strong>de</strong><br />
recobrimento íntegra. à palpação apresentava-se indolor e<br />
<strong>de</strong> consistência fibroelástica. A TC com contraste endovenoso<br />
<strong>de</strong>monstrou lesão lobulada circunscrita hiperatenuante em<br />
relação às estruturas vizinhas permitindo a avaliação precisa<br />
da real extensão da lesão. Realizou-se biópsia excisional<br />
que mostrou neoplasia constituída por uma mistura <strong>de</strong><br />
componente epitelial, glandular, mioepitelial e estroma<br />
mesenquimal com áreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>generação mixói<strong>de</strong>. Junto ao<br />
componente mioepitelial notava-se hialinização do estroma,<br />
confirmando o diagnóstico <strong>de</strong> AP. Sob anestesia geral foi<br />
realizada exérese da lesão por meio <strong>de</strong> uma incisão retilínea<br />
em mucosa palatina e divulsão cuidadosa dos tecidos. Na<br />
análise macroscópica, a lesão era lisa, <strong>de</strong> aspecto multinodular.<br />
após 2 anos <strong>de</strong> acompanhamento, a paciente<br />
encontra-se em controle ambulatorial sem indícios <strong>de</strong><br />
recidiva. Bolsista: CAPES- mestrado<br />
135-Título: REABSORÇAO MANDIBULAR NA ESCLEROSE<br />
SISTÊMICA PROGRESSIVA (ESCLERODERMIA): RELATO DE<br />
CASO<br />
Autores: Erika Natália Lourenço SOUZA; Franklin Regazzone<br />
Pereira LOPES; Tarciana Santana GUEDES; Eduardo Bauml<br />
CAMPAGNOLI; Sonia Maria Soares FERREIRA<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
49<br />
Esclero<strong>de</strong>rmia doença crônica imunologicamente mediada,<br />
caracterizada pela gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> colágeno nos tecidos<br />
corporais. Condição rara, que acomete principalmente<br />
mulheres entre 30 e 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Reabsorção<br />
mandíbular na esclero<strong>de</strong>rmia é incomum sendo relatado em<br />
apenas 10% dos casos. G.C.S, sexo feminino, 38 anos,<br />
leuco<strong>de</strong>rma, encaminhada pelo reumatologista ao serviço<br />
<strong>de</strong> estomatologia <strong>de</strong>vido à presença <strong>de</strong> úlceras bucais<br />
recorrentes. Paciente diagnosticada há quatro anos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
então faz uso <strong>de</strong> quimioterapia com ciclofosfamida. Ao exame<br />
extra-bucal notou-se: assimetria facial, microstomia, trismo,<br />
hipossalivaçao e uma lesão nodular em mucosa <strong>de</strong> lábio<br />
inferior, diagnosticada como mucocele. Embora relatasse<br />
ulcerações recorrentes, estas não foram verificadas. A<br />
radiografia panorâmica mostrou reabsorções ósseas<br />
bilaterais em região do ângulo e ramo <strong>de</strong> mandíbula com<br />
perda do côndilo esquerdo, com prevalência <strong>de</strong> uma<br />
osteólise sem limites <strong>de</strong>finidos e bordas irregulares,<br />
alargamento do espaço do ligamento periodontal em<br />
algumas áreas e calcificação do ligamento estilói<strong>de</strong> direito e<br />
esquerdo. A radiografia panorâmica é essencial para<br />
<strong>de</strong>tecção precoce da reabsorção <strong>de</strong> mandíbula para prevenir<br />
possíveis conseqüências, como fratura patológica.<br />
Atualmente a paciente encontra-se bem, em<br />
acompanhamento médico e estomatológico para minimizar<br />
as injúrias bucais <strong>de</strong>correntes da doença. Esse relato teve<br />
como finalida<strong>de</strong> alertar os profissionais sobre esta patologia,<br />
bem como, <strong>de</strong>stacar a importância da integração do<br />
cirurgião-<strong>de</strong>ntista <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma equipe multidisciplinar.<br />
136-Título: CISTO ÓSSEO SIMPLES: RELATO DE CASO<br />
INICIALMENTE DIAGNOSTICADO COMO LESÃO PERIAPICAL<br />
CRÔNICA<br />
Autores: Izadora Palma PASCHOAL*; Eduardo Rodrigues<br />
FREGNANI; Flávia Maria <strong>de</strong> Moraes RAMOS; Yara Teresinha<br />
Correa Silva SOUSA; Danyel Elias da Cruz PEREZ<br />
O cisto ósseo simples (COS) é uma cavida<strong>de</strong> intra-óssea<br />
geralmente vazia, <strong>de</strong> etiologia incerta, incomum na maxila e<br />
mandíbula. O diagnóstico preciso <strong>de</strong> COS é importante, pois<br />
evita intervenções <strong>de</strong>snecessárias, como tratamento<br />
endodôntico <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes adjacentes à lesão. O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
trabalho é <strong>de</strong>screver um caso <strong>de</strong> COS inicialmente<br />
diagnosticado como lesão periapical crônica. Um paciente<br />
com 18 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, gênero masculino, foi encaminhado<br />
por um clínico geral a um endodontista para realizar o<br />
tratamento endodôntico do <strong>de</strong>nte 47, pois o paciente relatava<br />
dor associada à presença <strong>de</strong> lesão radiolúcida periapical.<br />
No exame extra-bucal observou-se a presença <strong>de</strong> um discreto<br />
aumento <strong>de</strong> volume indolor na cortical basal da mandíbula.<br />
Já no exame intra-bucal não foi observado nenhuma<br />
alteração da mucosa. Diante do teste térmico com frio o <strong>de</strong>nte<br />
apresentava vitalida<strong>de</strong> pulpar. Radiograficamente, a referida<br />
lesão apresentava 1,5 cm <strong>de</strong> diâmetro, bem circunscrita,<br />
margens escleróticas, regulares e provocava a<strong>de</strong>lgaçamento<br />
e discreta expansão da cortical basal. As hipóteses <strong>de</strong><br />
diagnóstico foram queratocisto odontogênico, COS e lesão<br />
central <strong>de</strong> células gigantes. Sob anestesia local, foi realizada<br />
exploração cirúrgica da lesão, que revelou a presença <strong>de</strong><br />
uma cavida<strong>de</strong> óssea vazia, confirmando o diagnóstico <strong>de</strong><br />
COS. Foi realizada curetagem da cavida<strong>de</strong>, permitindo o seu<br />
preenchimento por coágulo e posterior reparação. Atualmente,<br />
o paciente está sob controle clínico e radiográfico e não há<br />
evidências <strong>de</strong> recidiva da lesão após 24 meses <strong>de</strong> tratamento.<br />
137-Título: LESÃO FIBRO-ÓSSEA DE ASPECTO INCOMUM<br />
Autores: Renata Falchete do PRADO; Luis Felipe das Chagas<br />
e Silva <strong>de</strong> Carvalho; Vanessa Ávila Sarmento Silveira; Marcelo<br />
Marotta Araujo; Yasmin Rodarte Carvalho<br />
Paciente do sexo feminino, 23 anos, leuco<strong>de</strong>rma, apresentou<br />
lesão assintomática <strong>de</strong> crescimento lento, nodular, bem