Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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PAINÉIS CIENTÍFICOS<br />
1- Título: INFECÇÃO POR HPV E SUA CORRELAÇÃO COM<br />
FATORES CLINICOPATOLÓGICOS NO CARCINOMA<br />
EPIDERMÓIDE ORAL<br />
Autores: Lucinei Roberto OLIVEIRA; Alfredo RIBEIRO-<br />
SILVA; Aguinaldo Luiz SIMÕES; Sergio ZUCOLOTO<br />
Estudos realizados em diversas populações ainda não<br />
elucidaram o envolvimento do papilomavírus humano (HPV)<br />
na carcinogênese oral. O presente estudo teve como<br />
objetivos investigar a freqüência da infecção pelo HPV em<br />
pacientes com carcinoma epi<strong>de</strong>rmói<strong>de</strong> oral (CEO),<br />
estabelecer um perfil clinicopatológico e examinar a possível<br />
influência <strong>de</strong>sta infecção na sobrevida dos pacientes, através<br />
da <strong>de</strong>tecção do HPV em tumores primários (TP) e suas<br />
respectivas amostras pareadas (AP) <strong>de</strong> recidivas, metástases<br />
e necrópsias. Foram investigadas pela reação em ca<strong>de</strong>ia da<br />
polimerase 174 amostras parafinizadas correspon<strong>de</strong>ntes aos<br />
TP e AP <strong>de</strong> 87 pacientes com CEO. Os seguintes dados foram<br />
avaliados: ida<strong>de</strong>, gênero, consumo <strong>de</strong> tabaco, localização<br />
tumoral, grau histológico, recidivas, metástases, sobrevida<br />
livre da doença (SLD) e sobrevida total (ST). O vírus foi<br />
encontrado em 18 (10,4%) amostras <strong>de</strong> CEO,<br />
correspon<strong>de</strong>ndo a 17 (19,5%) pacientes. Foram encontradas<br />
amostras positivas em 10 (11,5%) TP e em 8 (9,2%) AP.<br />
Foram i<strong>de</strong>ntificados os subtipos <strong>de</strong> HPV 16 e 18 em 4 (22.2%)<br />
e 3 (16.7%) das amostras positivas, respectivamente. Em 6<br />
(33.3%) amostras foi encontrada a presença <strong>de</strong> ambos os<br />
subtipos e em 5 (27.8%) amostras não foi i<strong>de</strong>ntificado. Não<br />
houve associação significativa da infecção pelo HPV<br />
conforme gênero, ida<strong>de</strong>, tipo histológico, SLD e ST. As<br />
amostras positivas foram significativamente mais<br />
encontradas em pacientes não fumantes. Embora uma<br />
possível influência não possa ser excluída, a baixa taxa <strong>de</strong><br />
infecção nesta população sugere pouca participação do HPV<br />
nos aspectos clinicopatológicos do CEO.<br />
2-Título: SÍNDROME DE VAN DER WOUDE –<br />
CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS E GENÉTICAS DE<br />
FAMÍLIAS AFETADAS PELA DOENÇA.<br />
Autores: Hercílio Martelli JÚNIOR; Suelleng Cunha Santos*;<br />
Marcelo Chaves; Ricardo Della Coletta; Roseli Teixeira <strong>de</strong><br />
Miranda<br />
Síndrome <strong>de</strong> van <strong>de</strong>r Wou<strong>de</strong> (svw) (MIM #119300) é uma<br />
alteração genética rara (1:60.000), autossômica dominante,<br />
que caracteriza clinicamente pela presença <strong>de</strong> fossetas<br />
labiais bilaterais, presença ou não <strong>de</strong> fissuras labiais e<br />
palatais e alterações <strong>de</strong>ntais (hipodontia). Aproximadamente<br />
30-50% dos casos da svw representam novas mutações,<br />
enquanto os <strong>de</strong>mais casos parecem associados a alterações<br />
no cromossomo 1. O objetivo <strong>de</strong>ste estudo foi avaliar os<br />
aspectos clínicos e genéticos <strong>de</strong> duas extensas famílias<br />
portadoras da svw. A partir da construção dos heredogramas<br />
<strong>de</strong> ambas famílias, verificou-se que a primeira apresentou<br />
54 <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, distribuídos em cinco gerações, com 12<br />
(22,23%) indivíduos afetados. A segunda família apresentou<br />
17 <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes, com 8 (47,06%) afetados, distribuídos em<br />
quatro gerações. Em ambas famílias, os pacientes<br />
apresentaram fossetas labiais, bilaterais, congênitas e<br />
fissuras lábio-palatais. A doença foi transmitida como herança<br />
autossômica dominante, com baixa penetrância na primeira<br />
família e elevada penetrância na segunda família. Todos os<br />
pacientes receberam atendimento multidisciplinar, incluindo<br />
reparação das fissuras lábio-palatais e orientação genética sobre<br />
a condição que possuem. Todas avaliações clínicas e genéticas<br />
das referidas famílias estudadas contaram com o aval do Comitê<br />
<strong>de</strong> Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos.<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
93<br />
3-Título: FISSURAS LÁBIO-PALATAIS, NÃO<br />
SINDRÔMICAS. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NO SUL DO<br />
ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL.<br />
Autores: Carlos Antônio Rocha Carvalho*; Amanda Beatriz<br />
<strong>de</strong> Freitas; Julian Orsi Júnior; Letízia Monteiro <strong>de</strong> Barros;<br />
Hercílio Martelli JÚNIOR<br />
Fissuras orofaciais constituem as alterações congênitas mais<br />
comuns. Dentre estas <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s crânio-faciais, <strong>de</strong>stacamse<br />
as fissuras <strong>de</strong> lábio e/ou palato (FLP). Clinicamente, as<br />
FLP são observadas pela falta <strong>de</strong> fusão do lábio e/ou palato<br />
e surgem na vida pré-natal. A ocorrência <strong>de</strong> FLP varia entre<br />
as populações e sua etiologia é multifatorial. O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
estudo foi avaliar a incidência <strong>de</strong> FLP, não sindrômicas, em<br />
adolescentes, adultos e idosos tratados no Centro Pró-Sorriso<br />
– “Centrinho”. Foram avaliados 154 portadores <strong>de</strong> FLP, não<br />
sindrômicas. A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> entre os pacientes foi <strong>de</strong> 27,25<br />
anos, variando <strong>de</strong> 12 a 78 anos. Com relação ao gênero, 88<br />
(57,14%) indivíduos eram masculino e 66 (42,85%) feminino.<br />
Aproximadamente, 95% da população estudada era<br />
melano<strong>de</strong>rma. Os pacientes apresentavam condições sócioeconômicas<br />
similares. Com relação à distribuição anatômica<br />
das fissuras, verificou-se a ocorrência em or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente<br />
<strong>de</strong> FLP (52,60%), FL (33,12%) e FP (14,28%). As FL foram<br />
categorizadas em completa unilateral, completa bilateral,<br />
incompleta unilateral e incompleta bilateral, sendo que a<br />
completa unilateral foi a mais comum, representando 54,90%<br />
<strong>de</strong>ste grupo. No grupo <strong>de</strong> pacientes portadores <strong>de</strong> FLP,<br />
verificou-se predomínio das fissuras unilaterais (71,60%). As<br />
FP isoladas foram classificadas apenas em relação ao gênero<br />
dos pacientes, sendo que das 22 (14,28%) FP encontradas<br />
no presente estudo, 15 ocorreram no gênero feminino e 7 no<br />
masculino. Os pacientes e seus familiares continuam<br />
assistidos pelo Centrinho.<br />
4- Título: VARIANTES DO P21/WAF1 E DA CICLINA D1 EM<br />
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS DE BOCA<br />
Autores: Carolina Cavalieri GOMES*; Ricardo Alves<br />
MESQUITA; Anna Lucia Melo IGDAL; Carlos Inacio<br />
ANDRADE; Ricardo Santiago GOMEZ<br />
O carcinoma <strong>de</strong> células escamosas <strong>de</strong> boca (CCEB) é uma<br />
neoplasia epitelial maligna que tem como principais fatores<br />
etiológicos o fumo e o álcool. Entretanto, o CCEB po<strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>senvolver na ausência dos fatores <strong>de</strong> risco, sugerindo a<br />
participação <strong>de</strong> fatores genéticos em sua patogênese. As<br />
proteínas p21 e ciclina D1 são proteínas regulatórias chave<br />
do ciclo celular, sendo codificadas respectivamente pelos<br />
genes P21/WAF1 e CCND1. Os polimorfismos genéticos são<br />
pequenas alterações na seqüência <strong>de</strong> DNA que po<strong>de</strong>m ou<br />
não resultar em alteração funcional da proteína. O objetivo<br />
<strong>de</strong>ste estudo foi avaliar a associação entre os polimorfismos<br />
do CCND1 e do P21/WAF1 e o CCEB, e o impacto do genótipo<br />
na immunoexpressão da proteína. Foram realizadas reações<br />
<strong>de</strong> PCR, seguidas por digestão enzimática em 80 casos <strong>de</strong><br />
CCEB e 80 casos controles pareados por sexo, ida<strong>de</strong> e<br />
hábitos tabagistas. Foram também realizadas reações imunohistoquímicas.<br />
Não foi <strong>de</strong>monstrada associação estatística<br />
entre os genótipos <strong>de</strong> CCND1 e/ou <strong>de</strong> P21 e CCEB, apesar<br />
<strong>de</strong> indivíduos apresentando combinação <strong>de</strong> pelo menos um<br />
dos alelos variantes <strong>de</strong> ambos os genes terem <strong>de</strong>monstrado<br />
1.8 vezes mais chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver CCEB do que aqueles<br />
com o gentótipo referente. Além disto, os tumores <strong>de</strong><br />
indivíduos com o genótipo heterozigoto <strong>de</strong> P21 apresentaram<br />
imunopositivida<strong>de</strong> significativamente maior do que tumores<br />
<strong>de</strong> indivíduos com genótipo selvagem (‘wild-type”),<br />
<strong>de</strong>monstrando que a expressão da proteína p21 em CCEB é<br />
afetada pelo genótipo <strong>de</strong> P21/WAF1. Apoio: CNPq e FAPEMIG<br />
5-Titulo: IMUNOLOCALIZAÇÃO DE DNMT1 E DNMT3A EM<br />
CISTOS E TUMORES ODONTOGÊNICOS<br />
Autores: Carolina Cavalieri GOMES*; Marina Golnçalves