Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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Oncologia <strong>de</strong> Cabeça e Pescoço, sendo submetido à<br />
ressecção cirúgica com esvaziamento cervical e a tratamento<br />
radioterápico. Após acompanhamento há 1 ano, o paciente<br />
encontra-se sem sinais <strong>de</strong> recidiva e metástase.<br />
216-Título: CISTO DENTÍGERO E ODONTOMA COMPOSTO<br />
OCORRENDO SIMULTANEAMENTE<br />
Autores: Adriana Terezinha Neves Novellino ALVES; Nelson<br />
GRAÇA; Marcelle Bairral ECARD<br />
Vários são os motivos que servem <strong>de</strong> obstáculos para a<br />
erupção <strong>de</strong>ntária, <strong>de</strong>ntre eles o Odontoma e o Cisto Dentígero.<br />
O odontoma, classificado como tumor odontogênico misto e<br />
que para muitos se trata <strong>de</strong> um hamartoma, é uma lesão<br />
que freqüentemente encontra-se associada com <strong>de</strong>ntes não<br />
erupcionados. Outra lesão odontogênica <strong>de</strong> natureza cística,<br />
intimamente relacionada com <strong>de</strong>ntes inclusos é o cisto<br />
<strong>de</strong>ntígero, classificado como o cisto odontogênico <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento mais freqüente. Relatamos aqui um caso<br />
<strong>de</strong> odontoma composto ocorrendo simultaneamente e<br />
próximo a cisto <strong>de</strong>ntígero em paciente, sexo feminino,<br />
feo<strong>de</strong>rma, 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, com queixa principal <strong>de</strong> retardo<br />
na erupção <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte permanente. Anamnese, história médica<br />
pregressa e exame fico extra-bucal normais. Ao exame intrabucal<br />
evi<strong>de</strong>nciamos ausência clínica do <strong>de</strong>nte 43 e<br />
permanência do 83, e ligeiro aumento <strong>de</strong> volume por<br />
vestibular. Solicitamos rx panorâmico que nos revelou<br />
múltiplas pequenas estruturas radiopacas circundadas por<br />
halo radiolúcido logo abaixo da raiz do <strong>de</strong>nte 83. Em posição<br />
mais inferior <strong>de</strong>stas estruturas, observamos o <strong>de</strong>nte 43<br />
incluso, ligeiramente horizontalizado, com lesão radiolúcida<br />
unilocular envolvendo totalmente sua coroa. Foi realizada a<br />
cirurgia para remoção das lesões e do <strong>de</strong>nte 43 incluso e<br />
curetagem da loja cirúrgica. Todo material foi encaminhado<br />
para exame histopatológico, confirmando assim, os<br />
diagnósticos <strong>de</strong> odontoma e <strong>de</strong> cisto <strong>de</strong>ntígero. Muito embora<br />
sejam freqüentes os casos <strong>de</strong> cisto <strong>de</strong>ntígero e <strong>de</strong><br />
odontomas não se tem muitos relatos <strong>de</strong>stas lesões<br />
ocorrendo simultaneamente<br />
217-Título: CISTO PARADENTÁRIO SIMULANDO LESÃO<br />
PERIAPICAL: RELATO DE CASO CLÍNICO<br />
Autores: Renata Cor<strong>de</strong>iro TEIXEIRA; Gustavo <strong>de</strong> Almeida<br />
Camargo LAUTENSCHLAGER; José Humberto DAMANTE;<br />
Alberto CONSOLARO; Izabel Regina Fischer RUBIRA-BULLEN<br />
O cisto para<strong>de</strong>ntário, assim como o cisto periapical, é uma<br />
lesão odontogênica <strong>de</strong> origem inflamatória. Tal cisto<br />
representa uma lesão <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> uma pericoronarite<br />
crônica em <strong>de</strong>ntes parcialmente irrompidos, com vitalida<strong>de</strong><br />
pulpar, sendo os terceiros molares inferiores os mais<br />
acometidos, mas po<strong>de</strong> associar-se, mais raramente, ao<br />
segundo ou primeiro molar. Radiograficamente caracterizase<br />
por uma radioluci<strong>de</strong>z bem <strong>de</strong>finida na região pericoronária.<br />
O paciente do gênero masculino, melano<strong>de</strong>rmo, 13 anos,<br />
compareceu à clínica <strong>de</strong> Radiologia para exame radiográfico<br />
prévio a tratamento <strong>de</strong>ntário. Foi <strong>de</strong>tectado, na radiografia<br />
panorâmica, uma lesão radiolúcida bem <strong>de</strong>finida envolvendo<br />
completamente as raízes do <strong>de</strong>nte 47, com cerca <strong>de</strong> 1 cm <strong>de</strong><br />
diâmetro, assintomática, sem sinais <strong>de</strong> inflamação e<br />
normalida<strong>de</strong> da mucosa adjacente. Clinicamente o <strong>de</strong>nte<br />
estava semi-irrompido, com vitalida<strong>de</strong> e mobilida<strong>de</strong>. Foram<br />
realizadas radiografias periapical e oclusal da região que<br />
mostraram radioluci<strong>de</strong>z na região <strong>de</strong> periápice e expansão<br />
da cortical óssea vestibular. A lâmina dura do referido <strong>de</strong>nte<br />
mostrava-se íntegra e o mesmo respon<strong>de</strong>u positivamente<br />
ao teste <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>. O primeiro molar adjacente estava<br />
<strong>de</strong>struído por cárie e apresentava reação crônica periapical<br />
e osteíte esclerosante. A hipótese diagnóstica inicial foi <strong>de</strong><br />
uma lesão odontogênica. O tratamento instituído foi remoção<br />
da lesão por curetagem e exodontia do primeiro molar. O<br />
diagnóstico foi <strong>de</strong> cisto para<strong>de</strong>ntário. O paciente encontra-se<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
68<br />
sob acompanhamento há 2 meses, sem sinais <strong>de</strong> recidiva.<br />
218-Título: PENFIGÓIDE CICATRICIAL – MANIFESTAÇÕES<br />
BUCAIS E OFTALMOLÓGICAS<br />
Autores: Ana Paula Ribeiro BRAOSI; Allan Fernando<br />
Giovanini; Rodrigo Alberto Pereira Gomes; Lucienne Ulbrich;<br />
Acir José Dirschnabel<br />
O penfigói<strong>de</strong> cicatricial é uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m mucocutânea<br />
crônica, progressiva, <strong>de</strong> natureza auto-imune, geralmente<br />
com início na ida<strong>de</strong> adulta e com prognóstico variável.<br />
Clinicamente se apresenta como gengivite <strong>de</strong>scamativa,<br />
bolhas e erosões na mucosa oral e fibrose. Este é o relato<br />
do caso da paciente J. G. F., leuco<strong>de</strong>rma, sexo feminino, 65<br />
anos, que se apresentou à unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com queixa <strong>de</strong><br />
muitas “aftas” por toda a boca, o que dificultava a mastigação<br />
e higiene. Ao exame intrabucal, observaram-se muitas lesões<br />
ulcerativas por toda a mucosa jugal, palato e gengiva<br />
inserida, além <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> bolha <strong>de</strong> sangue na mucosa<br />
jugal. A gengiva apresentava-se com aspecto eritematoso,<br />
bastante doloroso, produzindo-se, pela simples manipulação<br />
dos tecidos, algumas bolhas, caracterizando o sinal <strong>de</strong><br />
Nickolski positivo. A paciente relatou que era a primeira vez<br />
que as lesões se produziam e, indagada sobre problemas<br />
sistêmicos, disse que sempre apresentava uma alergia ao<br />
sabão em pó, o que causava alguns problemas oculares,<br />
como uma “<strong>de</strong>scamação do olho”. Não havia lesões cutâneas<br />
ou em outras membranas mucosas. A paciente foi submetida<br />
à biópsia incisional, cujo laudo histopatológico revelou<br />
penfigói<strong>de</strong> cicatricial, confirmando os achados clínicos. A<br />
paciente foi esclarecida quanto à doença e encaminhada<br />
para um <strong>de</strong>rmatologista da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, sendo<br />
instaurada a corticoterapia sistêmica, aliada à aplicação tópica<br />
<strong>de</strong> triancinolona e bochechos com clorhexidina a 0,12%. A<br />
paciente encontra-se em acompanhamento médico e em<br />
tratamento odontológico, para manutenção da saú<strong>de</strong> bucal.<br />
219-Título: TUMOR ODONTOGÊNICO CERATOCÍSTICO –<br />
DESCOMPRESSÃO E CIRURGIA<br />
Autores: Ana Paula Ribeiro BRAOSI; Acir José<br />
DIRSCHNABEL; Paulo Henrique TOMAZINHO; Flávia Sens<br />
FAGUNDES; Daniel OGATA<br />
O ceratocisto odontogênico ou tumor odontogênico<br />
ceratocístico (TOC) é uma lesão <strong>de</strong> natureza peculiar por ter<br />
um comportamento clinicamente agressivo e<br />
progressivamente recorrente. Este é o relato do caso do<br />
paciente O. S., leuco<strong>de</strong>rma, sexo masculino, 78 anos, que<br />
procurou atendimento com queixa <strong>de</strong> sinusite recorrente. Ao<br />
exame intrabucal, observou-se um aumento <strong>de</strong> volume em<br />
maxila <strong>de</strong>s<strong>de</strong>ntada, lado esquerdo, sem comunicação com<br />
o meio externo, mas com uma pequena área <strong>de</strong> crepitação<br />
em fundo <strong>de</strong> vestíbulo. Ao exame radiográfico, havia uma<br />
área extensa radiolúcida unilocular, com halo radiopaco,<br />
muito próxima ao seio maxilar. O paciente queixava-se <strong>de</strong><br />
drenagem via nasal, com peso na fronte e <strong>de</strong>sconforto. Como<br />
o paciente é cardiopata, com o uso <strong>de</strong> medicações<br />
anticoagulantes e ida<strong>de</strong> avançada, optou-se por fazer a<br />
<strong>de</strong>scompressão antes da enucleação completa cirúrgica.<br />
Numa primeira sessão, realizou-se a abertura da<br />
comunicação oral e cística, com a drenagem <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> secreção ceratinosa. Ao paciente foram dadas<br />
instruções <strong>de</strong> higienização com clorhexidina e soro fisiológico<br />
na cavida<strong>de</strong> cística, que foram seguidas com cuidado, durante<br />
2 meses, observando-se um diminuição significativa do<br />
volume cístico. Foi realizada, então a cirurgia <strong>de</strong> remoção do<br />
restante do cisto, com margem <strong>de</strong> segurança. Observa-se,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, a completa regeneração óssea da região, com<br />
alívio dos sintomas <strong>de</strong> sinusite e possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> confecção<br />
<strong>de</strong> uma nova prótese total. O paciente está em<br />
acompanhamento clínico e radiográfico, com boa evolução,<br />
sem sinais <strong>de</strong> recidiva, há 1 ano.