Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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da região <strong>de</strong> canino a molares do lado direito; pobre higiene<br />
bucal e <strong>de</strong>ntes em péssimo estado <strong>de</strong> conservação,<br />
mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntária e raízes residuais. O diagnóstico clínico<br />
<strong>de</strong> melanoma bucal foi confirmado pela análise<br />
anatomohistopatológica. A paciente foi orientada e<br />
encaminhada para o serviço <strong>de</strong> cabeça e pescoço. A paciente<br />
foi submetida a tratamento cirúrgico, mas foi a óbito onze<br />
meses após a consulta inicial. A publicação <strong>de</strong>ste caso<br />
justifica-se pelo fato <strong>de</strong> ser uma lesão rara e ilustrar seu<br />
pobre prognóstico, especialmente quando tardiamente<br />
diagnosticado. Muitas vezes o diagnóstico <strong>de</strong> melanoma é<br />
feito pela presença <strong>de</strong> lesão pigmentada pré-existente <strong>de</strong><br />
origem <strong>de</strong>sconhecida frequentemente encontrada no palato<br />
duro e na mucosa alveolar da maxila, sendo o diagnóstico<br />
precoce fundamental para a sobrevida dos pacientes.<br />
107-Título: FIBROMA DESMOPLÁSTICO DE MANDÍBULA:<br />
RELATO DE CASO<br />
Autores: Lyziane Cristina Malta BITAR*; Cinthya Araújo LOBO;<br />
José <strong>de</strong> Amorim Lisboa NETO; Edmundo Melo JUNIOR; Sonia<br />
Maria Soares FERREIRA<br />
O Fibroma Desmoplástico é um tumor raro, localmente<br />
agressivo, que acomete geralmente pessoas abaixo <strong>de</strong> 30<br />
anos e frequentemente acomete os ossos gnáticos. O caso<br />
relatado é <strong>de</strong> paciente do sexo feminino 30anos, feo<strong>de</strong>rma,<br />
encaminhada ao Serviço <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong> com queixa <strong>de</strong><br />
caroço que surgiu após exodontia dos molares inferiores<br />
lado esquerdo. O procedimento havia sido realizado há um<br />
ano e meio evoluindo com falta <strong>de</strong> cicatrização e crescimento<br />
tecidual. A paciente procurou vários profissionais que<br />
prescreveram antibióticos e antiinflamatórios, sem<br />
resultados. Não havia na história médica nada relevante para<br />
o caso. Foi observada discreta assimetria facial do lado<br />
esquerdo. Ao exame bucal, observou-se uma lesão tumoral,<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5 cm, indolor, <strong>de</strong> consistência firme, coloração<br />
da mucosa, com en<strong>de</strong>ntações, envolvendo a região <strong>de</strong> corpo<br />
<strong>de</strong> mandíbula esquerda. A análise das imagens, radiografia<br />
convencional e tomografia computadorizada evi<strong>de</strong>nciaram<br />
uma extensa imagem radiolúcida, com pontos radiopacos,<br />
expansiva, com a<strong>de</strong>lgaçamento <strong>de</strong> corticais e reabsorção<br />
óssea esten<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2º pré-molar até o 3º molar,<br />
com <strong>de</strong>slocamento do feixe vásculo-nervoso alveolar inferior.<br />
O diagnóstico clínico foi <strong>de</strong> fibroma ameloblástico,<br />
ameloblastoma, e tumor epitelial calcificante. Realizou-se<br />
biópsia incisional com resultado histopatológico <strong>de</strong> Fibroma<br />
Desmoplástico. Foi realizada enucleação cirúrgica e a<br />
paciente encontra-se bem. O relato <strong>de</strong>ste caso justifica-se<br />
pela natureza incomum da lesão e pela dificulda<strong>de</strong> que a<br />
paciente encontrou para elucidação do caso, aumentado a<br />
morbida<strong>de</strong>.<br />
108-Título: DISPLASIA FIBROSA ÓSSEA E A FORMAÇÃO DE<br />
SEQÜESTRO ÓSSEO. RELATO DE CASO CLÍNICO.<br />
Autores: Roberta Targa STRAMANDINOLI; Ana Cáudia dos<br />
Santos <strong>de</strong> Azevedo IZIDORO; Lúcia Fátima <strong>de</strong> Castro ÁVILA;<br />
Andressa M. SEMPREBOM; Marina <strong>de</strong> Oliveira RIBAS<br />
As lesões fibro-ósseas constituem um grupo <strong>de</strong> patologias<br />
caracterizadas pela substituição <strong>de</strong> tecido ósseo normal por<br />
tecido fibroso benigno contendo quantida<strong>de</strong>s variadas <strong>de</strong><br />
material mineralizado. A displasia fibrosa óssea (DFO) é um<br />
processo malformativo benigno, que acomete principalmente<br />
ossos craniofaciais, constituído <strong>de</strong> tecido fibroso com<br />
trabéculas <strong>de</strong> osso imaturo, não lamelar, po<strong>de</strong>ndo ser<br />
encontradas esférulas calcificadas. As DFO acometem com<br />
maior freqüência mulheres negras <strong>de</strong> meia ida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo<br />
envolver um ou mais quadrantes dos maxilares. Caracterizase<br />
radiograficamente pela presença <strong>de</strong> massas radiopacas<br />
<strong>de</strong> cemento e osso, com aumentos <strong>de</strong> volume clinicamente,<br />
muitas vezes causando assimetrias faciais com<br />
comprometimento estético. Normalmente são<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
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assintomáticas e <strong>de</strong>scobertas em radiografias <strong>de</strong> rotina. A<br />
complicação mais comum da DFO é a infecção secundária,<br />
em função da escassa irrigação sangüínea do osso afetado<br />
e conseqüente formação <strong>de</strong> seqüestros ósseos. Será<br />
relatado um caso típico e bem <strong>de</strong>finido <strong>de</strong> DFO, em mulher<br />
negra, 67 anos, com presença massas radiopacas<br />
envolvendo os quatro quadrantes dos maxilares. Na região<br />
posterior da mandíbula, lado direito, a lesão apresentava-se<br />
exposta à cavida<strong>de</strong> bucal, com presença <strong>de</strong> seqüestro ósseo<br />
presença <strong>de</strong> secreção purulenta. Foi realizada remoção<br />
cirúrgica dos seqüestros ósseos para recobrimento mucoso<br />
da área displásica, e acompanhamento clínico-radiográfico.<br />
A análise histológica dos fragmentos confirmou o diagnóstico<br />
<strong>de</strong> DFO. O pós-operatório <strong>de</strong> um ano mostra mucosa íntegra<br />
sem nenhuma área <strong>de</strong> exposição óssea.<br />
109-Título: XEROSTOMIA: TRATAMENTO INTEGRADO ENTRE<br />
ESTOMATOLOGIA E PSICOLOGIA<br />
Autores: Cinthia Maria BUZZÁ*; Gustavo VICOLA; Mirian<br />
Aparecida ONOFRE<br />
O objetivo <strong>de</strong>ste estudo é relatar o tratamento integrado entre<br />
a estomatologia e a psicologia na melhora dos sintomas <strong>de</strong><br />
pacientes com xerostomia. Cinco pacientes, do sexo<br />
feminino, foram inicialmente atendidos pelos cirurgiões<strong>de</strong>ntistas<br />
que realizaram exame clínico, aplicação do<br />
questionário XI <strong>de</strong> Thomson et. al, da Escala Analógica Visual<br />
(EAV) <strong>de</strong> Pai et. al e do questionário clínico elaborado<br />
especificamente para avaliar essa doença. Após a instituição<br />
do tratamento clínico específico para xerostomia, as pacientes<br />
foram encaminhadas para atendimento psicológico e<br />
submetidas a atendimento individual com um mínimo <strong>de</strong><br />
oito sessões, utilizando-se o método <strong>de</strong> atendimento breve<br />
com orientação psicanalítica. Os psicodiagnósticos das<br />
pacientes foram: distimia, transtorno hipocondríaco,<br />
transtorno <strong>de</strong>pressivo recorrente com episódio atual<br />
mo<strong>de</strong>rado, transtorno <strong>de</strong> adaptação e ansieda<strong>de</strong><br />
generalizada. O tratamento psicológico confirmou, a partir da<br />
história pessoal, que havia indícios das pacientes estarem<br />
<strong>de</strong>senvolvendo uma doença bucal <strong>de</strong> caráter psicossomático.<br />
Observou-se que todas as pacientes apresentavam algum<br />
grau <strong>de</strong> insatisfação com suas vidas e gran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong><br />
em lidar com conflitos emocionais. Além disso, havia<br />
agravamento dos sintomas bucais em momentos <strong>de</strong> forte<br />
tensão ou tristeza. As pacientes respon<strong>de</strong>ram bem ao<br />
tratamento estomatológico e psicológico integrados, havendo<br />
melhora dos sintomas relacionados à xerostomia e a autoestima.<br />
Concluímos que o acompanhamento psicológico<br />
po<strong>de</strong> auxiliar no tratamento e elevar os índices <strong>de</strong> sucesso<br />
no tratamento <strong>de</strong>ssa doença.<br />
110-Título: SÍNDROME TRICO-DENTO-ÓSSEA OU<br />
AMELOGÊNESE IMPERFEITA COM TAURODONTISMO?<br />
Autores: Estela KAMINAGAKURA; Lêda Maria DAHER*;<br />
Cléber Dias <strong>de</strong> CASTRO; Leandro Faria <strong>de</strong> MATOS; Luciano<br />
José PEREIRA<br />
A síndrome Trico-<strong>de</strong>nto-óssea é uma <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m autossômica<br />
dominante rara, caracterizada por hipoplasia do esmalte,<br />
alargamento das câmaras pulpares, taurodontismo,<br />
aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> óssea e cabelos anelados ao<br />
nascimento. Diferenciação entre esta síndrome e a<br />
amelogênese imperfeita com taurodontismo é muitas vezes<br />
difícil. Sugere-se que amelogênese imperfeita seja alélica à<br />
síndrome Trico-<strong>de</strong>nto-óssea com mudanças dos vários<br />
domínios no gene DLX3 que resultam em manifestações<br />
clínicas diferentes nos cabelos, ossos e <strong>de</strong>ntes.O propósito<br />
<strong>de</strong>ste estudo é apresentar dois irmãos com esmalte<br />
hipoplásico, <strong>de</strong>ntes com taurodontismo, mas sem alterações<br />
ósseas. Paciente <strong>de</strong> 9 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, apresentou<br />
clinicamente esmalte hipoplásico, rugoso e <strong>de</strong> coloração<br />
marrom-amarelada nos <strong>de</strong>ntes permanentes. Ao exame