Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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Barros MOURÃO; Wagner PEREIRA; Teresa Cristina Ribeiro<br />
Bartholomeu dos SANTOS ; Fabio Ramoa PIRES<br />
A tuberculose ganglionar é uma etiologia importante para os<br />
aumentos <strong>de</strong> volume na região cervical. O objetivo <strong>de</strong>ste<br />
trabalho é relatar 6 pacientes, incluindo 4 homens e 2<br />
mulheres, com média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 32 anos, que procuraram<br />
o ambulatório <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong> queixando-se <strong>de</strong> aumento<br />
<strong>de</strong> volume cervical, com média <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> 2 meses e<br />
sem queixas sistêmicas. Ao exame físico extra-bucal, os<br />
pacientes apresentavam múltiplos aumentos <strong>de</strong> volume<br />
cervicais, móveis e <strong>de</strong> consistência fibrosa, sem supuração,<br />
e recobertos por pele normal em 5 casos e pele eritematosa<br />
em 1 caso. Foi realizada ultrassonografia da região cervical<br />
em todos os casos, mostrando áreas hiperecóicas com<br />
região central hipoecóica, sugestiva <strong>de</strong> necrose central em 5<br />
casos. Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) foi realizada<br />
em todos os casos, mostrando esfregaços compatíveis com<br />
doença granulomatosa nos 6 casos. Quatro pacientes foram<br />
também submetidos a excisão cirúrgica dos linfonodos<br />
afetados, confirmando o diagnóstico <strong>de</strong> tuberculose<br />
ganglionar. Após o diagnóstico, todos os pacientes foram<br />
encaminhados para confirmação da extensão da doença e<br />
tratamento no Hospital Universitário. Nenhum paciente<br />
apresentava indícios <strong>de</strong> doença pulmonar, e todos receberam<br />
protocolo padrão <strong>de</strong> tratamento para tuberculose por seis<br />
meses, estando atualmente em acompanhamento clínico.<br />
Tuberculose ganglionar <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada no diagnóstico<br />
diferencial dos aumentos <strong>de</strong> volume submersos da região<br />
cervical e a PAAF mostrou-se um método diagnóstico auxiliar<br />
útil em seu diagnóstico.<br />
208-Título: O USO DE ÁCIDO RETINÓICO EM QUEILITE<br />
ACTÍNICA<br />
Autores: Silvana da SILVA*; Therezinha PASTRE; Wilson<br />
Denis Benato MARTINS; Júlio César BISINELLI; Marina <strong>de</strong><br />
Oliveira RIBAS<br />
O objetivo do tratamento <strong>de</strong> lesões pré-malignas é prevenir a<br />
transformação maligna. A escolha do tratamento <strong>de</strong>ve ser<br />
feita com base no conhecimento sobre a doença e também<br />
através <strong>de</strong> uma avaliação cuidadosa sobre possíveis efeitos<br />
adversos. Diversos tipos <strong>de</strong> tratamento têm sido sugeridos,<br />
tais como remoção cirúrgica (laser, crioterapia) e terapias<br />
sistêmicas (incluindo agentes antiinflamatórios e vitaminas),<br />
mas, sempre que possível, <strong>de</strong>ve-se optar por terapias não<br />
invasivas. Desta forma, a vitamina A e seus compostos<br />
relacionados estão sendo estudados como agentes<br />
potenciais na forma <strong>de</strong> administração tópica, por regularem<br />
a taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> vários tipos celulares. Paciente<br />
masculino, 60 anos, leuco<strong>de</strong>rma, apresentou-se para<br />
consulta com queixa <strong>de</strong> “ferida no lábio”. Observou-se extensa<br />
lesão atrófica ocupando, quase que totalmente, o vermelhão<br />
do lábio inferior. Foi prescrito ácido retinóico (Hipoglós®) por<br />
quinze dias e, após reavaliação e significativa melhora, por<br />
mais quinze. Após um mês utilizando a medicação, <strong>de</strong>tectouse,<br />
ainda uma pequena área crostosa com aspecto<br />
endofítico. Removida a lesão por biópsia excisional, foi<br />
observado displasia leve. Após um ano <strong>de</strong> proservação e<br />
uso <strong>de</strong> filtro solar labial, paciente apresenta região do<br />
vermelhão do lábio inferior com aspecto normal.<br />
209-Título: ACUPUNTURA COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA NO<br />
TRATAMENTO DE UAR<br />
Autores: Fabricia Porto COSTA*; Camila <strong>de</strong> Barros GALLO;<br />
Fábio Florence BRAGA; Adriana Oliveira TERCI; Norberto<br />
Nobuo SUGAYA<br />
A estomatite aftosa recorrente (UAR) é uma doença<br />
inflamatória crônica <strong>de</strong> etiologia ainda obscura e terapêutica<br />
freqüentemente insatisfatória. Tal situação motiva a<br />
investigação <strong>de</strong> tratamentos alternativos entre eles a<br />
acupuntura, técnica milenar oriental com penetração<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
66<br />
crescente nos meios científicos oci<strong>de</strong>ntais. Relatamos o<br />
caso <strong>de</strong> paciente feminino com 32 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, portadora<br />
<strong>de</strong> quadro severo <strong>de</strong> UAR há cinco anos, refratário aos<br />
tratamentos usuais disponíveis (corticoterapia tópica e<br />
sistêmica, colchicina). Além <strong>de</strong> fumante, a paciente exibia<br />
lesões em mucosa queratinizada que motivaram inclusive a<br />
execução <strong>de</strong> biópsia. Estabelecemos protocolo <strong>de</strong> terapia<br />
por acupuntura em pontos distais e auriculares, com uma<br />
sessão semanal durante 8 semanas. Obtivemos diminuição<br />
do número <strong>de</strong> lesões, do tempo <strong>de</strong> permanência e melhora<br />
significativa da sintomatologia dolorosa verificada em<br />
escalas visuais analógicas lineares. As bases terapêuticas<br />
da acupuntura nos quadros <strong>de</strong> UAR estariam relacionadas à<br />
liberação <strong>de</strong> neuropeptí<strong>de</strong>os, controle <strong>de</strong> fatores psíquicos,<br />
modulação da resposta imune, aumento da velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cicatrização, aumento do fluxo sanguíneo local e ao estímulo<br />
direto <strong>de</strong> fibras nervosas. A acupuntura mostrou-se um<br />
método efetivo no tratamento <strong>de</strong>sta paciente portadora <strong>de</strong><br />
UAR severa, sugerindo a ampliação do estudo a fim <strong>de</strong><br />
permitir conclusões mais abrangentes.<br />
210-Título: LINFANGIOMA EM PALATO<br />
Autores: Elisangela NOBORIKAWA; Maria Angela Martins<br />
MIMURA; Marília Trierveiler MARTINS; Ricardo Carneiro<br />
BORRA; Mônica Andra<strong>de</strong> LOTUFO<br />
Linfangioma são tumores hamartomatosos benignos<br />
congênitos do sistema linfático, diagnosticado na infância<br />
ou adolescência. Preferencialmente o local intrabucal mais<br />
acometido é a língua nos dois terços anteriores dos casos,<br />
outros sítios são mais raros. Paciente do sexo masculino,<br />
13 anos, leuco<strong>de</strong>rma compareceu a Clínica <strong>de</strong><br />
<strong>Estomatologia</strong>, na anamnese os pais relataram que notaram<br />
uma lesão há seis anos localizada no palato mole com<br />
história <strong>de</strong> regressão e <strong>de</strong>saparecimento com retorno da<br />
mesma no último mês. Anteriormente já havia procurado outros<br />
serviços que receitaram medicações à base <strong>de</strong> corticói<strong>de</strong> com<br />
relato <strong>de</strong> melhora e bochechos com antifúngicos, mas sem<br />
diagnóstico clínico. O paciente não apresentava queixa <strong>de</strong><br />
sintomatologia. Ao exame clinico intra-oral constatamos uma<br />
lesão <strong>de</strong> aproximadamente 2cm em sua maior extensão com<br />
múltiplas vesículas cuja coloração variava do amarelo ao<br />
transparente com poucas áreas avermelhadas. A hipótese<br />
diagnóstica foi linfangioma e infecção viral. Realizamos a<br />
biópsia incisional, as características histológicas mostraram<br />
canais linfáticos forrados por endotélio distribuído <strong>de</strong> modo<br />
difuso. Frente ao diagnóstico final <strong>de</strong> linfangioma e a pouca<br />
colaboração do paciente, o mesmo está em controle clínico.<br />
O tratamento do linfangioma <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tamanho, da<br />
apresentação clínica, localização e risco <strong>de</strong> complicações. A<br />
terapia po<strong>de</strong> ser cirúrgica com tentativa <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong><br />
estruturas nervosas e vasculares envolvidas, porém outras<br />
formas terapêuticas, como a aplicação <strong>de</strong> agentes<br />
esclerosantes po<strong>de</strong> ser utilizada.<br />
211-Título: TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATÓIDE<br />
FOLICULAR- RELATO DE DOIS CASOS<br />
Autores: Veronica Ferreira <strong>de</strong> Souza FERNANDES; Adna<br />
Conceição BARROS; Fátima Karoline DULTRA; Joaquim<br />
Almeida DULTRA; Jean Nunes dos SANTOS<br />
O Tumor Odontogênico A<strong>de</strong>nomatoi<strong>de</strong> (TOA) é uma lesão<br />
benigna, não-invasiva, <strong>de</strong> crescimento lento e acomete<br />
principalmente a região anterior <strong>de</strong> maxila <strong>de</strong> pacientes<br />
jovens, po<strong>de</strong>ndo ou não estar associado a <strong>de</strong>ntes não<br />
irrompidos. CASO 1. Paciente, sexo masculino, 12 anos, com<br />
aumento <strong>de</strong> volume indolor em região <strong>de</strong> mandíbula, lado<br />
direito, foi encaminhado pelo ortodontista para o Serviço <strong>de</strong><br />
Cirurgia para avaliação <strong>de</strong> uma lesão radiolúcida unilocular,<br />
com discretos pontos <strong>de</strong> calcificação, envolvendo e<br />
<strong>de</strong>slocando a unida<strong>de</strong> 4.4. Sob suspeita diagnóstica <strong>de</strong> TOA<br />
foi realizada biópsia incisional. O exame histomorfológico