Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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apresentava evolução <strong>de</strong> 10 meses e ausência <strong>de</strong> sinais<br />
radiográficos. O diagnóstico presuntivo foi <strong>de</strong> lesão benigna<br />
<strong>de</strong> tecido conjuntivo, e foi realizada uma biópsia excisional<br />
da lesão, que se apresentou bem <strong>de</strong>limitada, não<br />
encapsulada e livre dos tecidos adjacentes. Os cortes<br />
microscópicos revelaram uma lesão composta por inúmeras<br />
células fusiformes, arranjadas ora aleatoriamente, ora em<br />
feixes entrelaçados, algumas vezes em padrão estoriforme.<br />
Observaram-se discreto pleomorfismo e número aumentado<br />
<strong>de</strong> mitoses, sendo poucas atípicas. No tecido conjuntivo<br />
fibroso havia escassas células inflamatórias mononucleares<br />
e eritrócitos extravasados. A imuno-histoquímica <strong>de</strong>monstrou<br />
marcação positiva para actina muscular (HHF-35), sugerindo<br />
uma origem miofibroblástica à lesão. O diagnóstico<br />
estabelecido foi <strong>de</strong> fascite nodular, que é uma lesão benigna<br />
proliferativa dos tecidos moles. O tratamento <strong>de</strong> escolha é a<br />
excisão cirúrgica e a recorrência é rara. Esta lesão po<strong>de</strong> ser<br />
clinicamente e microscopicamente alarmante <strong>de</strong>vido ao seu<br />
rápido crescimento, alta celularida<strong>de</strong>, margens infiltrativas e<br />
presença <strong>de</strong> mitoses, po<strong>de</strong>ndo ser confundida com uma<br />
neoplasia maligna. Portanto, um diagnóstico cuidadoso é<br />
importante para evitar um tratamento agressivo<br />
<strong>de</strong>snecessário. A paciente está em acompanhamento e a<br />
lesão não apresenta recorrência no período <strong>de</strong> 3 anos.<br />
181-Título: LINFOMA DE BURKITT: RELATO DE CASO CLÍNICO.<br />
Autores: Preiscilla Gomes Benício <strong>de</strong> ARAÚJO*; José Luiz<br />
LELES; Jacks Jorge JÚNIOR; Claudio Maranhão PEREIRA;<br />
Tessa <strong>de</strong> Lucena BOTELHO<br />
O linfoma <strong>de</strong> Burkitt é uma malignida<strong>de</strong> originada <strong>de</strong> linfócitos<br />
B, que representa um linfoma indiferenciado. No relato original<br />
este tipo <strong>de</strong> linfoma foi <strong>de</strong>scrito em crianças africanas e<br />
parecia ter predileção por ossos gnáticos. Acredita-se que<br />
esta malignida<strong>de</strong> esteja relacionada com o vírus EBV, pois<br />
mais <strong>de</strong> 90% das células tumorais mostram expressivida<strong>de</strong><br />
para o antígeno nuclear EBV. Clinicamente a gran<strong>de</strong> maioria<br />
acomete ossos maxilares, <strong>de</strong> crianças do gênero masculino<br />
<strong>de</strong> regiões da Africa Central. A maxila é mais acometida que<br />
a mandíbula, sendo que eventualmente os quatro quadrantes<br />
po<strong>de</strong>m estar acometidos. O crescimento da massa tumoral<br />
po<strong>de</strong> produzir tumefação facial e proptose. Dor, sensibilida<strong>de</strong><br />
e parestesia são normalmente mínimos, entretanto po<strong>de</strong><br />
gerar <strong>de</strong>struição óssea agressiva. O objetivo <strong>de</strong>ste caso foi<br />
relatar um paciente <strong>de</strong> 4 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> com Linfoma <strong>de</strong><br />
Burkitt em mandíbula direita. Após história <strong>de</strong> exodontia <strong>de</strong><br />
molar inferior, fopi observado rápido crescimento tumoral na<br />
região com evolução <strong>de</strong> 2 semanas. A lesão era<br />
assintomática, com aspecto vegetante e dificultava a<br />
realização das funções estomatognáticas do paciente. após<br />
analíse histoquímica e imunohistoquímica foi concluído<br />
diagnóstico <strong>de</strong> Linfoma <strong>de</strong> Burkitt. O pácinte está em<br />
trratamento oncológico e, até o presente momento, a lesão<br />
respon<strong>de</strong> bem ao tratamento.<br />
182-Título: OSTEOMIELITE REFRATÁRIA ASSOCIADA AO<br />
USO DE BIFOSFONADOS: DIAGNÓSTICO E MANEJO –<br />
RELATO DE CASO CLÍNICO<br />
Autores: Bárbara Mayoral Pedroso WEYLL; Patrícia Leite<br />
Ribeiro LAMBERTI *; Clarissa Araújo Silva GURGEL; Jener<br />
Gonçalves <strong>de</strong> FARIAS; Luciana Maria Pedreira RAMALHO<br />
A osteomielite é um processo inflamatório do tecido ósseo<br />
usualmente associado à presença <strong>de</strong> infecção. Entretanto,<br />
tem sido relatado na literatura casos <strong>de</strong> osteomielite dos<br />
maxilares associados ao uso <strong>de</strong> bifosfonados. Esses<br />
fármacos, normalmente bem tolerados pelo indivíduo, são<br />
amplamente utilizados no tratamento quimioterápico <strong>de</strong><br />
pacientes oncológicos. Caso clínico: Paciente C.N.P., 82<br />
anos, melano<strong>de</strong>rma, gênero masculino, apresentou queixa<br />
principal <strong>de</strong> sintomatologia dolorosa em região mandibular<br />
posterior e trismo. Na história médico-odontológica relatou<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
60<br />
encontrar-se sob tratamento quimioterápico para controle <strong>de</strong><br />
carcinoma <strong>de</strong> próstata fazendo uso <strong>de</strong> bifosfonado. Além<br />
disso realizou extração <strong>de</strong>ntária há 06 meses do momento<br />
da consulta, da unida<strong>de</strong> 47, sem cicatrização da área operada.<br />
Clinicamente, verificou-se exposição <strong>de</strong> osso necrótico na<br />
referida região e aumento <strong>de</strong> volume da mucosa jugal da<br />
área associada. Aos exames imaginológicos, observou-se<br />
rarefação óssea difusa na região <strong>de</strong> molares inferiores direito<br />
(radiografia panorâmica) e área hiper<strong>de</strong>nsa compatível com<br />
seqüestro ósseo mandibular, sem presença <strong>de</strong> metástases<br />
na mucosa jugal (tomografia computadorizada). Os exames<br />
complementares hematológicos situaram-se <strong>de</strong>ntro dos<br />
valores <strong>de</strong> referência e, após o contato com oncologista,<br />
proce<strong>de</strong>u-se a biópsia excisional da área e prescrição <strong>de</strong><br />
antibioticoterapia. O exame anátomo-patológico confirmou o<br />
diagnóstico <strong>de</strong> osteomielite crônica e atualmente, o paciente<br />
encontra-se em acompanhamento sem evidências clínicas<br />
<strong>de</strong> recidiva da lesão.<br />
183-Título: CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR: RELATO DE<br />
CASO CLÍNICO<br />
Autores: Águida Cristina Gomes HENRIQUES*; Cláudia<br />
Cazal LIRA; Martinho DINOÁ; Alessandra <strong>de</strong> A. Tavares<br />
CARVALHO; Jurema Freire Lisboa <strong>de</strong> CASTRO<br />
O Cisto Glandular Odontogênico (GOC) é uma lesão rara do<br />
<strong>de</strong>senvolvimento que aparenta ser uma entida<strong>de</strong> distinta por<br />
causa <strong>de</strong> suas características histopatológicas incomuns.<br />
Existem algumas coincidências histológicas com outras<br />
lesões, tornando o seu diagnóstico histopatológico<br />
<strong>de</strong>safiador para alguns patologistas. Essa lesão po<strong>de</strong><br />
envolver ambos os maxilares, sendo a região anterior da<br />
mandíbula a área mais acometida, afetando pessoas <strong>de</strong> faixa<br />
etária distintas, com ida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 50 anos, além <strong>de</strong><br />
apresentar tendência à recidiva quando instituído tratamento<br />
conservador. Acredita-se que a baixa prevalência do GOC na<br />
literatura <strong>de</strong>va-se a sua rarida<strong>de</strong> e principalmente ao fato <strong>de</strong><br />
suas principais características serem encontradas em outras<br />
entida<strong>de</strong>s patológicas, po<strong>de</strong>ndo gerar dúvidas. Esse trabalho<br />
tem como objetivo relatar um caso <strong>de</strong> GOC em uma paciente<br />
do sexo feminino, 40 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, apresentando lesão<br />
intra-óssea, localizada na região mandibular anterior.<br />
Inicialmente, a hipótese diagnóstica foi <strong>de</strong> cisto ósseo<br />
traumático. Porém, após biópsia excisional o espécime<br />
corado em HE pela técnica do PAS confirmou-se o diagnóstico<br />
<strong>de</strong> GOC. Complementarmente foi realizado painel<br />
imunohistoquímico, sendo positivo para os marcadores Ki-<br />
67, p53 e a citoqueratina.<br />
184-Título: MIXOMA ODONTOGÊNICO MANDIBULAR: RELATO<br />
DE CASO<br />
Autores: Suely Baptista Oliveira SZAFER; Águida Cristina<br />
Gomes HENRIQUES; Alessandra <strong>de</strong> A. Tavares CARVALHO*;<br />
Andreza Veruska Lira da SILVA; Jurema Lisboa Freire <strong>de</strong><br />
CASTRO<br />
O mixoma odontogênico é uma lesão benigna rara. Apresenta<br />
imagem radiolúcida uni ou multiloculada com aspecto<br />
semelhante a “raquete <strong>de</strong> tênis”. Relatamos um caso <strong>de</strong><br />
mixoma odontogênico em região mandibular. O paciente R.S.,<br />
masculino, 21 anos, feo<strong>de</strong>rma, estudante, procurou o serviço<br />
<strong>de</strong> Cirurgia do Hospital da Face, com queixa <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong><br />
volume indolor na região mandibular há 08 meses. Ao exame<br />
extra-bucal, apresentava aumento <strong>de</strong> volume endurecido à<br />
palpação <strong>de</strong> aproximadamente 06 cm na região <strong>de</strong> corpo<br />
mandibular esquerdo. A mucosa apresentava-se íntegra. Os<br />
elementos <strong>de</strong>ntários 35, 36 e 37 apresentavam mobilida<strong>de</strong><br />
grau II e respondiam positivamente aos testes <strong>de</strong> vitalida<strong>de</strong><br />
pulpar. O exame radiográfico apresentou imagem radiolúcida<br />
multilocular, a qual se estendia da região <strong>de</strong> elemento 34 ao<br />
38, respeitando as raízes.Realizada biópsia incisional foi<br />
dado o diagnóstico <strong>de</strong> Mixoma. O tratamento proposto foi a