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1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana

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<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 153 -<br />

Praça Internacional<br />

A Praça e o Obelisco perpetra<strong>do</strong>s juntos, foi<br />

uma obra projetada pelo Arq. uruguaio<br />

Mo<strong>de</strong>sto Páes Seré como uma antítese à 2ª<br />

Guerra Mundial. Foi inaugura<strong>do</strong> em 26 <strong>de</strong><br />

fevereiro <strong>de</strong> 1943 pelo Ministro <strong>do</strong> Interior <strong>do</strong><br />

Brasil, o Dr. Alejandro M. Filho representan<strong>do</strong><br />

o Pres. Getúlio Dornelles Vargas e o Ministro<br />

<strong>do</strong> Interior <strong>do</strong> Uruguay o Esc. Héctor Gerona<br />

representan<strong>do</strong> o Pres. Alfre<strong>do</strong> Bal<strong>do</strong>mir. O<br />

evento foi muito festeja<strong>do</strong> o qual por Decreto nº 117 <strong>de</strong> 25/Fev/43 <strong>do</strong> Prefeito Crisanto <strong>de</strong> Paula<br />

Dias, foi <strong>de</strong>creta<strong>do</strong> feria<strong>do</strong> municipal. A Praça foi construída em três planos com um marco<br />

divisor triangular (3 é número da inteligência <strong>do</strong> Universo, usa<strong>do</strong> na Maçonaria e também<br />

representa a Santíssima Trinda<strong>de</strong>). No primeiro plano o Obelisco (ver pgs. 100 e 150), no<br />

segun<strong>do</strong> plano uma Fonte Luminosa e no terceiro plano a base <strong>de</strong> sustentação <strong>do</strong> conjunto com<br />

a estátua A Mãe (pg. 151).<br />

A origem da Praça Internacional foi a <strong>de</strong> construir um passeio internacional para regularizar o<br />

Trata<strong>do</strong> <strong>de</strong> Limites <strong>de</strong> 1851 (ver p.95) entre os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil e a República<br />

Oriental <strong>do</strong> Uruguay. Para tanto se realizou em 27/12/1916 uma Convenção que se esten<strong>de</strong>u<br />

até 26/06/1919 e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com esta formou-se uma Comissão Mista <strong>de</strong> Limites com o<br />

objetivo <strong>de</strong> caracterizar melhor a fronteira. O divisor <strong>de</strong> água era o critério <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a não<br />

prejudicar nenhuma proprieda<strong>de</strong>, mas na área urbana, a partir <strong>do</strong> Cerro <strong>do</strong> Caqueiro até o<br />

Cerro <strong>do</strong> Marco numa extensão <strong>de</strong> 4 km, era consi<strong>de</strong>rada terra <strong>de</strong> ninguém <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> as muitas<br />

proprieda<strong>de</strong>s que ali se embaralhavam. Finalmente este problema ficou resolvi<strong>do</strong> em 1923<br />

com execução <strong>de</strong> um “Parque Internacional” o qual assim era chama<strong>do</strong> popularmente. O<br />

referi<strong>do</strong> espaço então, discuti<strong>do</strong> por 20 anos entre os Delega<strong>do</strong>s chefes ministros: Don Vigilio<br />

Sampognano e o Marechal Gabriel Souza Pereira Botafogo. O gesto sem prece<strong>de</strong>ntes é<br />

necessário <strong>de</strong>stacar pela magnitu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s senhores <strong>de</strong>lega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> terem a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> ali resolverem<br />

o impasse <strong>de</strong> limites com a criação <strong>de</strong> um passeio único para os <strong>do</strong>is povos fronteiriços.<br />

Praça General Osório<br />

O local era conheci<strong>do</strong> como praça das carretas, foi o ponto<br />

escolhi<strong>do</strong> para a concentração <strong>do</strong> grosso <strong>do</strong> exército <strong>de</strong> Caxias<br />

que chegou em Sant’Ana no dia 10 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1851,<br />

acompanha<strong>do</strong> pelo segun<strong>do</strong> regimento <strong>de</strong> Cavalaria e alojan<strong>do</strong>-se<br />

com o seu esta<strong>do</strong> maior em uma casa da praça que tomou o nome<br />

<strong>de</strong> "Praça <strong>de</strong> Caxias" (hoje Gal. Osório). As forças que o<br />

acompanhavam foram acampar mais ao sul às margens <strong>do</strong> arroio<br />

Cuñapirú. Depois <strong>de</strong> remo<strong>de</strong>lada em 1942 se notabilizou pelo<br />

gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> homenagens a ilustres que por aqui passaram<br />

e também por árvores centenárias como as palmeiras quan<strong>do</strong> da visita <strong>de</strong> D. Pedro II em 1865. Com a construção<br />

<strong>do</strong> Carramanchão no centro da praça, a estátua <strong>do</strong> General Osório foi <strong>de</strong>slocada para junto à pira das chamas <strong>do</strong>s<br />

festejos da pátria. Na história, o General foi um <strong>do</strong>s mais astuciosos combatentes. Manuel Luís Osório, primeiro e<br />

único barão, viscon<strong>de</strong> e marquês <strong>do</strong> Herval, foi militar, político e monarquista brasileiro. Participou <strong>do</strong>s principais<br />

eventos militares <strong>do</strong> fim <strong>do</strong> século XIX, sen<strong>do</strong> herói da Guerra da Tríplice Aliança.

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