1823 Sant'Ana do Livramento - Filhos de Santana
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Gran<strong>de</strong> qe. divi<strong>de</strong> o Esta<strong>do</strong> Cisplatino, correu d’Oeste para Leste até a vertente <strong>do</strong> Banha<strong>do</strong><br />
Upamaroti qe. <strong>de</strong>ce o rumo <strong>do</strong> Norte a entrar no Ibiquy <strong>do</strong> Passo da d’Armada, e seguin<strong>do</strong> por este<br />
até as barras <strong>do</strong> Vacacaí, e continuan<strong>do</strong> pr. Este acima a rumo d’Oeste até a Serra a procurar a<br />
vertente mais próxima d’Ibiraouitan Xico, e <strong>de</strong>cen<strong>do</strong> pr. Este até a confluência com Ibirapuitan Cr.<br />
E, voltan<strong>do</strong> pr. esta a rumo <strong>de</strong> Su<strong>do</strong>este até a sua vertente em um ramo da dita coxila Gre. E<br />
voltan<strong>do</strong> esta a procurar a próxima vertente <strong>do</strong> galho <strong>do</strong> Quaraim <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Sarandi. Decen<strong>do</strong><br />
pr. Este até a sua entrada no dito Quarain qe. fica imediata a confluência <strong>do</strong> arroio – Catalam – e<br />
continuan<strong>do</strong> pr. este acima até a sua vertente na supradita Coxilha Gre. qe. divi<strong>de</strong> o Esta<strong>do</strong><br />
Cisplatino, e daqui procuran<strong>do</strong> a vertente <strong>do</strong> Mata-olho qe. vai a entrar no Rio Arapui, qe. divi<strong>de</strong> a<br />
Província Cisplatina e pr. esta forma se dizignarão os limites <strong>do</strong> território qe. fica pertencen<strong>do</strong> ao<br />
sobre dito Cura<strong>do</strong>, Era ut Supra – o Vigário da Vara José Paim Coelho <strong>de</strong> Souza – Antonio Pinto<br />
d’Azambuja – Belarmino Coelho da Silva – Manoel Cavalheiro d’Oliveira – Mel Alz Coelho <strong>de</strong><br />
Morais – João da Costa Leite – Francº Roiz’ da Sª - Marcos Gulharte Pinto – Roling Feª <strong>de</strong> Bairros<br />
– Custodio Teixeira Pinto – Joaquim da Ctª Leite – o Cura Frei Bernar<strong>do</strong> das Dores – registram-se<br />
os limites retro especializa<strong>do</strong>s e <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s neste cartório, e nos <strong>do</strong>is cartórios d’Alegrete, e<br />
<strong>Livramento</strong>. Alegrete 25 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1824 – Paim – E nada ms. Se continha no termo qe. <strong>de</strong>zignava<br />
os ditos limites, escritos e assina<strong>do</strong>s no Rmo. Sr. Cônego Provisor, Verso na provisão <strong>do</strong> Ilmo.<br />
Vigário Geral <strong>de</strong>sta Província Antº Vieira da Soleda<strong>de</strong>.<br />
Pela qual elevou a qla. Capela a Categoria <strong>de</strong> Curato. O referi<strong>do</strong> passo no verd. Qe. afirmo<br />
in find Parrochi.<br />
Alegrete 26 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1824<br />
O Rdº José Paim Coelho <strong>de</strong> Souza.<br />
Antonio Luiz Pentea<strong>do</strong>.<br />
Cura <strong>de</strong> Livramtº”<br />
A confirmação <strong>de</strong> <strong>do</strong>ação da área<br />
Antônio José <strong>de</strong> Menezes - que <strong>de</strong>teria grau <strong>de</strong> parentesco com o Luis Teles - foi um<br />
<strong>do</strong>s agracia<strong>do</strong>s com acres <strong>de</strong> sesmarias, em 1814. Há, entretanto, uma dúvida<br />
histórica nesse ponto: teria si<strong>do</strong> o pai <strong>de</strong> Luis Teles, Fernão - o 4º Marquês <strong>do</strong><br />
Alegrete o <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r, bem antes, em 1739, porém somente houve o convencimento<br />
por parte <strong>de</strong> Antônio José e outros, vários anos <strong>de</strong>pois. Luís Teles teria honra<strong>do</strong> os<br />
votos <strong>do</strong> pai, renovan<strong>do</strong> a <strong>do</strong>ação, finalmente aceita pelos recebe<strong>do</strong>res, os quais<br />
<strong>de</strong>cidiram estabelecer-se nas terras. Se isso é verda<strong>de</strong> histórica, ou não, até hoje,<br />
não houve confirmação oficial como fato. Vale lembrar que Marquês <strong>de</strong> Alegrete foi<br />
um título nobiliárquico português cria<strong>do</strong> por D. Pedro II, rei <strong>de</strong> Portugal por carta<br />
<strong>de</strong> 19-08-1687 a favor <strong>de</strong>: Manuel Teles da Silva, o 1º marquês <strong>de</strong> Alegrete *1641.<br />
Luis Teles da Silva Caminha e Menezes foi o 5º marquês <strong>de</strong> Alegrete *1775. Segun<strong>do</strong> Ivo Caggiani,<br />
existe uma incontestável e vigorosa prova <strong>de</strong> que Antônio José <strong>de</strong> Menezes foi o autor da <strong>do</strong>ação <strong>do</strong><br />
terreno não só para a Capela <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>, como também para a respectiva<br />
povoação. Daí a razão <strong>de</strong>le ser, com justiça, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> o funda<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>Sant'Ana</strong> <strong>do</strong> <strong>Livramento</strong>.<br />
<strong>1823</strong> - Carlos Alberto Potoko - 71 -